Koetz Internacional e Cível https://koetz.digital/ Escritório especializado em Direito Internacional e Cível Wed, 17 Sep 2025 14:32:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.3 https://koetz.digital/wp-content/uploads/2019/07/cropped-logo-completo-branco-1-32x32.png Koetz Internacional e Cível https://koetz.digital/ 32 32 Modelo de defesa de sindicância CRM: Como funciona e quais os prazos https://koetz.digital/modelo-de-defesa-de-sindicancia-crm-como-funciona-e-quais-os-prazos/ https://koetz.digital/modelo-de-defesa-de-sindicancia-crm-como-funciona-e-quais-os-prazos/#respond Wed, 17 Sep 2025 11:58:11 +0000 https://koetz.digital/?p=51341 Receber em mãos uma notificação do CRM de abertura de sindicância é um susto para todo médico. E não poderia ser diferente. Questionamentos como: “Vão cassar meu registro?” e “isso vai arruinar minha carreira?” São normais, mas calma, sindicância não é sentença e nem significa que você está errado ou será punido. É, na verdade,… Modelo de defesa de sindicância CRM: Como funciona e quais os prazos

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Receber em mãos uma notificação do CRM de abertura de sindicância é um susto para todo médico. E não poderia ser diferente. Questionamentos como: “Vão cassar meu registro?” e “isso vai arruinar minha carreira?” São normais, mas calma, sindicância não é sentença e nem significa que você está errado ou será punido. É, na verdade, uma fase de investigação preliminar que o CRM utiliza para analisar se há fundamento para abrir um processo mais sério.

Ainda assim, um bom trabalho na sindicância é crucial. O que for apresentado como defesa nessa fase preliminar será determinante para um arquivamento da denúncia ou, caso a denúncia prossiga e vire processo, pode ajudar na absolvição ou numa punição mais branda.

Por isso, entender como funciona a sindicância e, principalmente, como montar uma boa defesa é essencial para qualquer médico que queira proteger seu nome e sua profissão.

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O que é sindicância no CRM?

A sindicância é, em termos simples, uma apuração inicial de uma denúncia. Em suma, se alguém apresenta uma denúncia como um médico, o CRM não sai aplicando punições logo de cara. O Conselho primeiro precisa verificar se a denúncia faz sentido. É nesse momento que se abre a sindicância, que nada mais é do que uma investigação preliminar.

Durante a sindicância, o Conselho coletará informações, esclarecimentos e dará ao médico a oportunidade de apresentar sua versão do ocorrido. Se no fim a sindicância concluir que não há indício mínimo de infração ética, o caso é arquivado. Por outro lado, se surgir algum sinal de infração, ela se transforma em um processo ético-profissional.

O texto continua após o vídeo.

Qual a diferença entre sindicância, processo ético-profissional e processo administrativo disciplinar no CRM?

É normal confundir os termos, então vamos deixar claro: como já explicamos, a sindicância é a fase preliminar de investigação, com intenção de apurar se há ao menos indícios de infração ética.

O processo Ético-Profissional (PEP) é o procedimento formal que pode culminar no julgamento e punição. Ele costuma ocorrer após a sindicância.

Processo disciplinar é uma expressão mais usada no serviço público, sendo o famoso PAD. Mas não é um termo que se aplique aos Conselhos de Medicina.

Como funciona uma sindicância no CRM?

A sindicância começa com uma denúncia. Popularmente vemos frases como “vou representar contra aquele médico”. Isso pode ser considerado a denúncia que irá instaurar a sindicância. Essa denúncia chega por escrito, com a identificação de quem está denunciando o relato dos fatos.

A partir da denúncia, o CRM avaliará se a denúncia tem condições mínimas de prosseguir. Se tiver, irá notificar o médico e a partir daí será aberto o prazo para defesa.

Durante a sindicância, tanto o Conselho pode solicitar, quanto o médico pode apresentar documentos, pessoas podem ser ouvidas, prontuários podem ser requisitados e demais provas são produzidas. É um trabalho de investigação preliminar e, dessa forma, o objetivo é apurar os fatos denunciados.

O ponto central é: O médico não pode e nem deve tratar essa fase como mera formalidade e agir de qualquer forma. Isso porque muitas denúncias podem ser arquivadas logo no final da sindicância, portanto, uma sindicância mal defendida pode avançar para um pesado processo sem necessidade e com consequências potencialmente graves.

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Quais são as fases da sindicância no CRM?

Várias são as fases da sindicância. A seguir vamos explicar separadamente cada uma delas.

Instauração

Chama-se instauração a abertura oficial do procedimento, depois que a denúncia é recebida. Nesse momento o médico ainda não foi ouvido, pois continua em trâmites burocráticos internos, mas já existe um número de procedimento e um conselheiro do CRM designado para analisar o caso.

Investigação preliminar

O CRM solicita documentos, laudos, prontuários, etc. Além disso, é feita a coleta de depoimentos, tanto de eventual testemunha quanto do médico. É o coração da sindicância, pois também é nesta fase em que a defesa prévia do médico é utilizada

Relatório conclusivo

Após a investigação e juntada de informações, o conselheiro designado (relator), prepara um relatório que pode sugerir arquivamento do caso ou a instauração do processo ético. Esse documento vai para a análise da Câmara de Sindicância.

Julgamento pela câmara de sindicância

Esse órgão é composto por outros conselheiros que analisarão o relatório e decidirão pelo arquivamento ou abertura do processo ético.

O texto continua após o vídeo.

Qual é o prazo de duração da sindicância?

Na prática, não existe um único prazo no Brasil todo. Cada CRM pode ter suas regras, mas, em geral dura alguns meses. Em casos mais simples, pode ser resolvida de 3 a 6 meses. Naqueles mais complexos, pode levar 1 ano ou até mais.

O ponto é: se a sindicância tem o objetivo de apurar uma infração ética, é conveniente até recomendado que de fato apure a fundo, da maneira mais justa possível. Exatamente por isso os prazos podem variar, pois o CRM julga casos bem diferentes, desde erro médico, até ofensa a paciente.

Como fazer uma defesa de sindicância no CRM?

Inicialmente é importante entender que cada caso é diferente. Então pode ser até leviano falar que “deve ser feito do jeito A ou B”, mas é importante, no mínimo:

Entenda a notificação e o conteúdo da denúncia

É essencial para compreender a extensão da acusação e preparar, ao menos mentalmente, a linha argumentativa de defesa

Reúna toda a documentação pertinente

Toda documentação que ajudar a provar que você não cometeu infração ética é importante, desde prontuários, termos de consentimento, prints, exames, relatórios entre outros.

Acesse o processo

O processo deve ser acessado assim que possível, para que se possa ter conhecimento da denúncia e das provas já juntadas nos autos da sindicância.

Elabore a defesa prévia

Junto da assessoria jurídica especializada, ajude, com seu relato dos fatos, na elaboração da defesa prévia da maneira mais clara e estratégica possível.

O texto continua após o vídeo.

Apresente a defesa e anexe as provas

Apresente nos autos da sindicância a defesa prévia devidamente fundamentada, acompanhada de todas as provas necessárias à comprovar a sua verdade.

Acompanhe o andamento

é recomendável que acompanhe o andamento da sindicância, pois não adianta entregar a defesa e esquecer.

Qual é o prazo para defesa em uma sindicância no CRM?

Geralmente de 30 dias corridos contados da data da notificação. Parece muito, mas passa rápido, especialmente em casos em que é necessário juntar muitos documentos ou utilizar uma estratégia complexa. Além disso, se você não tiver uma assessoria jurídica à disposição, ainda terá que procurar e contratar um advogado.

O que acontece se não apresentar defesa em uma sindicância no CRM ou perder o prazo?

Se o médico não se manifestar, o CRM pode decidir apenas com base na denúncia e nos documentos apresentados pelo denunciante. Isso aumenta e muito a chance de o caso virar processo. Em outras palavras, nesses casos, o silêncio pode pesar contra você.

Além disso, a ausência de defesa pode aparentar descuido ou falta de interesse. E em um cenário em que o Conselho é formado por colegas médicos, pode passar uma impressão ruim.

O texto continua após o infográfico.

A imagem traz um infográfico sobre o Conselho Regional de Medicina. Título: Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? Saiba o que esperar de uma sindicância e como se proteger desde o primeiro momento. Seção 1: O QUE É O CRM E O QUE ELE FAZ? O Conselho Regional de Medicina (CRM) é o braço estadual do Conselho Federal de Medicina; Fiscaliza o exercício ético da medicina e defende a dignidade da categoria; Registra médicos, apura denúncias e julga condutas éticas; Pode aplicar desde advertência até cassação do registro profissional; Não julga indenizações nem aplica penas criminais, isso cabe à Justiça. Seção 2: QUANDO O CRM PODE INVESTIGAR UM MÉDICO? Negligência, imprudência ou imperícia; Violação de sigilo profissional; Publicidade sensacionalista; Assédio moral ou sexual; Abandono de paciente; Prescrição ou tratamento fora da literatura validada; Fraude em atestados ou receitas. Seção 3: COMO FUNCIONA O PROCESSO NO CRM? Denúncia recebida: nem toda denúncia vira processo; Sindicância instaurada: investigação preliminar para apurar a conduta; Resposta do médico: pode encerrar o caso ou levar a processo ético-profissional; Processo ético: análise aprofundada e julgamento pelo CRM; Decisão: arquivamento, advertência, suspensão ou cassação do registro. Seção 4: ALERTAS E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Não subestime a sindicância: ela pode definir todo o rumo do caso; Respeite prazos: ignorar notificações é caminho certo para condenação; Prepare provas desde o início: prontuários, laudos, conversas e documentos de apoio; Trate o CRM como instituição, não como inimigo: postura arrogante prejudica a defesa; Una técnica médica e estratégia jurídica: resposta genérica enfraquece sua posição; Trabalhe com tempo e calma: respostas feitas às pressas tendem a ser incompletas. Seção 5: MELHORES PRÁTICAS PARA UMA DEFESA EFICAZ Busque apoio jurídico especializado desde a primeira notificação; Mantenha prontuários e documentos em ordem; Responda de forma clara, fundamentada e embasada tecnicamente; Seja cordial e objetivo em depoimentos e comunicações; Encare a defesa no CRM como parte da proteção da sua carreira. A cada momento que você passa sem aconselhamento jurídico especializado é um risco! Não deixe sua carreira sofrer as consequências.

Modelo de defesa em sindicância no CRM

Não há um modelo único, pois são milhares os possíveis cenários que podem gerar uma sindicância, mas qualquer defesa bem estruturada deve conter:

  • Qualificação do médico;
  • Síntese da denúncia, descrevendo de forma resumida o que foi alegado;
  • Exposição dos fatos, apresentando a versão do médico para o ocorrido;
  • Fundamentação ética e legal, mostrando que a conduta não feriu o Código de Ética;
  • Provas anexadas;
  • Pedido final, solicitando o arquivamento da sindicância.

Conclusão

A sindicância no CRM é uma fase inicial, investigatória, mas carrega uma importância grande, pois é a chance de mostrar logo no começo que a denúncia deve ser arquivada. Uma defesa bem feita aqui evitará uma dor de cabeça enorme lá na frente.

Portanto, o médico precisa entender que mesmo sem culpa, pode acabar sendo investigado e a melhor estratégia é justamente não menosprezar a investigação. Uma defesa técnica, bem estruturada, com apoio de uma assessoria jurídica especializada é meio caminho andado para solucionar o problema na origem e preservar sua carreira.

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Como contratar um advogado especialista em direito médico: como escolher https://koetz.digital/contratar-advogado-especialista-em-direito-medico/ https://koetz.digital/contratar-advogado-especialista-em-direito-medico/#respond Mon, 15 Sep 2025 11:59:01 +0000 https://koetz.digital/?p=51329 A medicina como profissão é relevante e fascinante, pois mexe com o bem mais valioso do ser humano: a vida. É exatamente por que grande parte dos médicos, mais cedo ou mais tarde, acabará se deparando com aquela sensação de vulnerabilidade, seja por um resultado ruim em um tratamento, uma sindicância, uma notificação inesperada ou… Como contratar um advogado especialista em direito médico: como escolher

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A medicina como profissão é relevante e fascinante, pois mexe com o bem mais valioso do ser humano: a vida. É exatamente por que grande parte dos médicos, mais cedo ou mais tarde, acabará se deparando com aquela sensação de vulnerabilidade, seja por um resultado ruim em um tratamento, uma sindicância, uma notificação inesperada ou até mesmo um processo judicial. E nessas horas vem a pergunta: “Será que preciso de um advogado especialista em direito médico ou qualquer advogado pode resolver? Ou seja, “devo contratar advogado em Direito Médico?”.

Sabemos que você, médico, sabe melhor que ninguém a diferença que uma especialidade faz na hora de tomar uma decisão difícil. Por isso, contar com alguém que entende a rotina da profissão e domina a legislação médica pode ser um diferencial muito grande.

Esse texto é justamente para mostrar o que faz um advogado especializado, quais áreas cobro, quando vale a pena procurar esse tipo de profissional e claro: como não cair em armadilhas.

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O que é um advogado especialista em direito médico?

Um advogado especialista é aquele que foca sua carreira em resolver um determinado tipo de problema ou atender a uma determinada espécie de cliente. No caso de advogado especialista em Direito Médico, têm-se um profissional dedicado a resolver questões ligadas ao exercício da medicina. Este profissional tem um profundo conhecimento e experiência prática nas questões médicas, desde Código de Ética, resoluções do CFM/CRM, até LGPD quando o assunto é prontuário e sigilo de dados.

Essa especialização não surge do nada. Em geral, esses advogados já atuaram em dezenas ou centenas de casos médicos e sabem como os tribunais e Conselhos lidam com cada situação. Isso dá uma vantagem enorme, pois o advogado de Direito Médico atua no ponto exato onde Direito e Saúde se encontram.

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O que um advogado especializado em direito médico faz?

O campo de atuação é amplo. Em primeiro e importante lugar, ele defende o médico em processos ético-disciplinares no Conselho Regional de Medicina quando há denúncia de conduta contrária ao código de ética. Também representa o médico em processos cíveis e até criminais, inclusive quando há solicitado de indenização/prisão por erro médico. Portanto, a importância de contratar advogado em Direito Médico.

Além disso, há uma vertente da advocacia médica que muitas vezes é desconhecida do grande público, que é a advocacia médica não contenciosa. Ou seja, o advogado especialista auxilia o médico na tomada de decisões com repercussão jurídica e até mesmo revisão de documentos com valor legal. 

O advogado consultor pode cuidar de contratos médicos como credenciamento em plano de saúde, contrato de coworking, contrato de plantão e de parceria clínica. Em suma, atuando como um consultor jurídico, informando e orientando o médico sobre a tomada de decisões, pois não se trata somente de apagar incêndio, mas evitar que o fogo comece.

O texto continua após o vídeo.

Quais as áreas e temas do advogado especialista?

Como dito acima, o direito médico não se limita a processos por erro médico, embora eles possam sim ser aqueles que mais repercutem na mídia. Ainda assim, o Direito médico envolve várias frentes, como:

  • Responsabilidade Civil: quando o paciente ou familiar pede indenização, normalmente por erro médico ou dano;
  • Responsabilidade criminal: quando há acusação de crime, seja culposo ou doloso, cometido pelo médico (ou até contra o médico, em determinadas situações);
  • Responsabilidade ética: Atuação em processo no CRM, normalmente envolvendo a defesa de um médico contra uma acusação no Conselho;
  • Contratos médicos: Inclui a análise e confecção (escrita) de contrato médico, desde credenciamento com convênio até parcerias entre clínicas;
  • Difamação e redes sociais: cada vez mais frequente em virtude da popularização da internet, normalmente envolve pacientes ou terceiros atacando a reputação do médico online;
  • Proteção de dados e LGPD: Suporte em prontuários, laudos, informação de pacientes, resguardo de informação dentro de clínicas e hospitais, etc.

O texto continua após o vídeo.

Cada um desses pontos e áreas exige técnica jurídica, é claro, mas também compreensão da realidade da medicina e da praxe comum de entidades de saúde (hospitais, clínicas, Governo).

Portanto, não adianta só conhecer a lei, mas também saber como funciona a prática médica para montar boas estratégias e auxiliar o médico melhor que um profissional generalista.

Quem pode contratar um advogado especialista em Direito Médico?

A primeira vista a resposta pode parecer óbvia: médicos. Mas não só eles. Clínicas, hospitais, cooperativas de saúde, consultórios e até estudantes e residentes podem precisar de orientação jurídica especializada. Imagine um residente denunciado por conduta antiética ou uma clínica acusada de falha estrutural que ocasionou dano ao paciente. Todos esses cenários podem, sim, exigir um advogado de direito médico.

Outro público (embora ainda médico) que procura apoio jurídico especializado são os médicos em início de carreira que querem estruturar sua atuação com apoio na elaboração de contratos de plantão, abertura de consultório, suporte na contratação de pessoal de apoio ao consultório, suporte no credenciamento em plano de saúde, entre outros.

O texto continua após o vídeo.

O ponto central é que a utilização de apoio jurídico especializado em Direito Médico não serve apenas para resolver um problema já instaurado, como uma sindicância, mas também para apoiar o médico também no aspecto consultivo do dia a dia.

Preciso de um advogado apenas para processos judiciais?

Definitivamente não.

Muitos médicos acham que só devem procurar uma assessoria jurídica especializada quando já estão sendo processados, mas o direito médico pode e deve ser muito mais preventivo do que parece. Um bom especialista ajuda a elaborar consentimento informado claro, organizar prontuário sem violar a LGPD, revisar contrato e até mesmo oferecer suporte na contratação dos colaboradores do seu consultório.

O texto continua após imagens.

Como escolher um bom advogado especialista em direito médico?

Ao escolher um bom advogado/assessoria jurídica em direito médico, é importante observar alguns critérios, como: 

Especialização

Não basta se dizer advogado de médicos. É conveniente que haja uma atuação comprovada na área, com publicações, participação em congressos, atuação no CRM e Tribunais.

Atuações recentes

Verificar se o advogado tem casos atuais em andamento.

Capacidade analítica de documentos médicos

Um diferencial enorme é a habilidade de ler e compreender documentos médicos, pois tendem a ter uma linguagem mais específica. Não se pode exigir, claro, que o advogado entenda todos os termos médicos, mas uma compreensão acima da média na interpretação de prontuários, laudos, pareceres e contratos pode ajudar muito no desenvolvimento de um bom trabalho.

Atualização constante

O direito muda muito e a todo tempo. A medicina também. O advogado precisa estar em sintonia com as alterações legislativas relacionadas ao direito médico e também aos entendimentos dos Conselhos e da praxe médica.

Comprometimento

Parece básico, mas não é. O advogado deve estar preferencialmente acessível e comprometido com a causa médica. Explicar de forma clara, tirar dúvidas sem enrolação e acompanhar de perto, pois nada adianta conhecimento técnico sem entrega real.

Quanto custa uma consulta com advogado especialista?

O valor de uma consulta com um advogado especialista em direito médico não é fixo, porque depende de uma série de variáveis e fatores. Cada profissional define seus honorários de acordo com a complexidade da demanda e, muitas vezes, até a forma de atendimento.

Outro ponto é que há diferença entre uma consulta isolada que serve para esclarecer alguns pontos e instruir na tomada de decisões e uma contratação contínua, como quando o médico fecha um pacote de assessoria preventiva.

Na prática, o que realmente importa é enxergar esse investimento como uma forma de proteção, pois uma consulta com um profissional especializado pode evitar anos de um processo judicial longo e desgastante.

O texto continua após o vídeo.

Como funciona o processo judicial por erro médico?

Agora, vou exemplificar como funciona o processo judicial por erro médico. Acompanhe comigo!

Análise inicial da viabilidade do caso

O advogado verifica os fatos, os documentos e depoimentos e monta a estratégia, que pode ser: contestar a culpa, questionar o nexo causal, levantar perícia, entre outras.

Ajuizamento da ação

Se for pelo paciente ou familiar, ele ingressa com a ação e o médico será citado para apresentar sua defesa.

Defesa dos réus

Aqui entra a contestação. É o momento em que o advogado especialista, defendendo o médico, irá preparar a defesa de acordo com documentos, testemunhas, laudos, entre outros.

Sentença ou recurso

Ao final, o juiz pode decidir se condena ou não o médico. Dessa decisão, caberá recurso à instância superior e o processo pode se alongar por alguns anos.

Por isso é essencial ter um advogado que conheça não só o direito, mas a prática médica. Sem isso a defesa pode se perder em detalhes técnicos específicos da profissão médica.

Conclusão

Contratar um advogado especialista em direito médico, não é luxo, mas sim proteção pessoal. O aumento da judicialização de casos médicos e normas cada vez mais rígidas torna indispensável contar com o apoio de quem possa lhe auxiliar na tomada de decisões.

Mas não basta procurar qualquer advogado, é preciso olhar a experiência e comprometimento, afinal, em muitos casos está em jogo a reputação, carreira e até a continuidade da atividade profissional e, convenhamos, ninguém precisa correr esse risco sozinho.

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Exposição médica nas redes sociais. O que diz o CFM e quais as consequências? https://koetz.digital/exposicao-medica-nas-redes-sociais/ https://koetz.digital/exposicao-medica-nas-redes-sociais/#respond Mon, 01 Sep 2025 11:47:05 +0000 https://koetz.digital/?p=51193 Com a popularização das redes sociais, muitos profissionais passaram a utilizá-las como forma de divulgação de seus trabalhos e ainda como meio de conexão com o seu público alvo. Mas como fica a exposição médica nas redes sociais? Os médicos, alinhados a esse cenário de popularização, passaram a compartilhar informações de saúde, fazer lives, mostrar… Exposição médica nas redes sociais. O que diz o CFM e quais as consequências?

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Com a popularização das redes sociais, muitos profissionais passaram a utilizá-las como forma de divulgação de seus trabalhos e ainda como meio de conexão com o seu público alvo. Mas como fica a exposição médica nas redes sociais?

Os médicos, alinhados a esse cenário de popularização, passaram a compartilhar informações de saúde, fazer lives, mostrar seu dia a dia, sempre bom o objetivo de educar, se aproximar de seu público. Esse caminho é excelente e inclusive recomendado em uma sociedade tão conectada como a nossa.

No entanto, a linha entre o que é permitido e o que caracteriza infração ética pode ser tênue. O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu regras claras sobre a publicidade médica, justamente com objetivo de proteger tanto os próprios profissionais, mas também os pacientes.

Nesse texto vamos debater os limites da exposição dos médicos nas redes sociais, apontando os principais riscos de infrações e apresentar orientações práticas para que você, médico, mantenha sua presença digital de forma segura e responsável.

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O que diz o manual de publicidade médica do CFM?

O Conselho Federal de Medicina publicou em 2023 o Manual de Publicidade Médica, que traz regras específicas sobre como os médicos podem e devem se portar em ambientes de rede social. Este documento estabelece os limites éticos, reforça a responsabilidade que o profissional deve ter na projeção e divulgação de informações da área médica e também tem objetivo de proteger os pacientes contra práticas abusivas ou considerada mercantilistas.

O texto continua após o vídeo.

Então este Manual do CFM regulamenta a forma como os médicos podem se comunicar publicamente, especialmente nas redes sociais, sites e material de divulgação. Serve então, de certa forma, como um guia prático para evitar infrações éticas e garantir que a publicidade do Médico seja pautada sempre pela responsabilidade, veracidade e proteção ao paciente.

Um dos principais pontos do manual é a proibição de práticas voltadas para o sensacionalismo ou autopromoção que induza o paciente ao erro ou, eventualmente, virar uma concorrência desleal.

Há ainda regras sobre o uso de imagens e depoimentos de pacientes, os quais são bastante restritos, ainda que com autorização do paciente, já que o direito à privacidade e ao sigilo médico pode vir a se sobrepor a interesses de marketing.

Portanto, o Manual de Publicidade Médica não é tão somente um conjunto de regras burocráticas, mas um reflexo de longos debates sobre a ética nos meios digitais. Saber como lidar com os regramentos e entender os limites é um diferencial significativo para o sucesso do médico.

Fica aqui comigo para saber mais sobre as disposições do Manual de Publicidade Médica.

Médico pode fazer propaganda de produtos?

Uma das vedações mais claras no Manual de Publicidade é quanto à propaganda de produtos. Para o CFM e o CRM também, o médico não deve nunca ser um “propagandista”. Não pode associar sua imagem a marcas comerciais em propaganda de medicamentos, suplementos ou procedimentos estéticos.

A associação da imagem do médico às marcas em um sentido de propaganda caracteriza infração ética, além de gerar conflitos de interesses, sendo passível de punição em processo disciplinar no CRM. Em resumo, o papel do médico é de informar e orientar, não de vender produtos.

É permitido expor pacientes nas redes sociais?

Esse é um ponto sensível, principalmente porque é uma das práticas mais comuns do médico na rede social. É comum vermos, por exemplo, um “antes e depois” de uma cirurgia plástica. Ou então um “antes e depois” de um paciente com neoplasia, mostrando o mesmo abatido e, em ato seguinte, o paciente cheio de vida após a remissão.

Em resumo, ainda que haja autorização expressa, o uso da imagem de pacientes em redes sociais é fortemente desaconselhada pelo CFM, principalmente em situações que envolvem a intimidade ou o sofrimento do paciente.

O sigilo médico é um dos pilares da Medicina e a exposição indevida pode resultar em processo ético-disciplinar e até em ações judiciais.

Quais são as regras para médicos nas redes sociais?

O médico deve, basicamente, manter uma postura ética e responsável, mesmo em ambientes digitais. Para tanto, o CFM veda a atividade mercantilista nas redes sociais, ou seja, a utilização das mídias com a clara intenção de captação indevida de pacientes. Ou seja, cuidando da exposição médica nas redes sociais.

O texto continua após o vídeo.

Isso significa que não é permitido, como já dito, a propaganda de medicamentos, é proibida ainda a divulgação de resultados sem comprovação científica, divulgação de práticas experimentais sem registro e a autopromoção excessiva.

Perfil profissional versus perfil pessoal

É comum que os médicos tenham dois perfis distintos, o pessoal, voltado a amigos próximos e familiares, e o perfil profissional, em que o médico divulgará (dentro das regras) o seu trabalho e se conectará com os pacientes.

No entanto, é importante dizer que o CFM reforça que mesmo em perfis pessoais, a conduta deve respeitar os princípios da medicina. Um deslize em conta particular, que viole a ética médica, pode gerar repercussões junto ao CRM e comprometer a credibilidade do profissional.

Então, ainda que você escolha ter dois perfis, é importante entender que um médico é médico mesmo quando não está vestindo jaleco ou realizando procedimentos. Não é uma mera profissão, é uma vocação de vida. Então por isso, é necessário manter a postura e a ética mesmo em ambientes não puramente profissionais, como o perfil pessoal.

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Divulgação de fotos de antes e depois

É um tema polêmico, pois há muitas nuances envolvendo essa prática. As famosas fotos de “antes e depois”, especialmente em áreas como a dermatologia, cirurgia plástica e odontologia, são proibidas.

Isso porque tais imagens podem induzir falsas expectativas, explorar alguma vulnerabilidade/insegurança do paciente e ferir princípios da medicina baseada em evidências.

De maneira geral é até viável fotos nesse sentido com a intenção clara de instruir ou ensinar algum ponto específico sobre eventual procedimento, mas ainda assim é mais adequado evitar, pois a linha entre o que é permitido ou proibido, quando falamos em fotos de “antes e depois”, é muito tênue.

Publicação de selfies

As selfies em ambiente de trabalho como hospitais e clínicas devem ser avaliadas e encaradas com cautela, especialmente ao se estar em um ambiente de trabalho de propriedade de terceiros. Até porque, há o cuidado com a exposição médica nas redes sociais.

Ambientes hospitalares são locais dotados de diversas regras, principalmente envolvendo a privacidade e sigilo médico, então fotos com pacientes ou em salas de cirurgia podem gerar sanções disciplinares e não são recomendadas.

Consulta por chat ou comentário

O Conselho federal de medicina (CFM) é bem claro, restringindo atendimentos que possam configurar consulta médica por meios informais, como chats, comentários em redes sociais, demais ambientes, ainda que virtuais, mas não destinados à telemedicina, etc.

Isso se dá porque consulta médica exige um contato direto com o paciente (que não precisa ser necessariamente presencial, em caso de telemedicina) e uma anamnese completa sempre que possível, além de exames clínicos e muitas vezes exames complementares que não podem ser substituídos por uma resposta rápida em comentário no Instagram ou pela mensagem direta nos chats.

É claro que um médico pode esclarecer uma dúvida geral, do tipo “Colocar um anticoncepcional Implanon dói?”, pois se trata de um tema/pergunta não específico de um paciente e tem um caráter educativo, mas responder a perguntas individuais sobre diagnóstico ou prescrição de remédio pode caracterizar exercício irregular da medicina e gerar consequências éticas e jurídicas contra o médico.

Divulgação de preços e descontos

Esse é um ponto extremamente sensível no que tange à postura do médico nas redes sociais, pois se trata da publicidade de serviços médicos envolvendo preços, descontos e promoções.

O Manual do Conselho Federal proíbe terminantemente essa prática, equiparando às estratégias indevidas de captação irregular de pacientes e mercantilização da profissão, o que não é permitido.

É preciso entender que diferentemente de outros setores, a saúde e a atividade médica não é e nem pode ser como um produto em prateleira, já que envolve a dignidade humana e a vida, que é um bem essencial.

Por isso, divulgar valores em post já é algo bem sensível e não tão adequado, por poder induzir uma competição desleal, mas divulgar promoções e descontos é ainda mais grave, ao reduzir a atividade médica a uma transação comercial, o que claramente é uma violação ao Código de Ética.

O texto continua após o vídeo.

O que é permitido é a divulgação clara da especialidade do médico, horários de funcionamento, meios de contato, mas sem parecer uma clara intenção da captação de pacientes.

Curtidas e compartilhamentos

Embora pareça um detalhe simples, até mesmo curtidas e compartilhamentos merecem atenção e exigem cautelas. E não é ser alarmista, veja:

O manual prevê que o médico deve evitar expor informações que possam ser vistas como autopromoção ou promessa de resultado. Compartilhar, por exemplo, comentários elogiosos de pacientes de maneira repetitiva pode caracterizar indução de expectativa, algo vedado pelo CFM.

Além disso, curtidas em postagens claramente desumanas, que demonstram práticas ilegais na medicina, medicamentos não validados ou procedimentos sem validação também podem ser interpretados como aquiescência do médico às práticas inadequadas na medicina.

Isso não significa que você, médico, deve se afastar totalmente das interações nas redes sociais, mas sim que deve utilizá-la de maneira equilibrada, valorizando conteúdos de orientação e prevenção em vez de estímulos ou propaganda, ainda que indireta, à própria imagem ou ao próprio trabalho.

Difamação e denúncias

A exposição de colegas de profissão ou de empregadores, como clínicas e hospitais em redes sociais, especialmente com a intenção acusatória, é vedada e perigosa. Neste cenário podemos estar diante não apenas de uma falta ética, mas até mesmo sob risco de um processo criminal. Ou seja, é uma exposição médica nas redes sociais de caráter negativo.

Então trazer esse debate, sobre bons ou maus colegas de profissão, ou ainda sobre locais de trabalho pode ferir a honra de outro profissional. Ou instituição e também abalar a confiança da população na medicina como um todo, portanto é fortemente desaconselhado que o médico promova debate público acerca de más práticas de terceiros.

Tipos ideais de posts

O Manual do Conselho Federal orienta que conteúdos ideias para as redes sociais sejam aqueles de caráter educativo e informativo, mas sempre sem o viés sensacionalista ou com intenção de captação de pacientes. As boas práticas incluem:

  •  Divulgação de campanhas de prevenção;
  • Divulgação de datas e locais de vacinação;
  • Explicação acessível sobre sintomas que demandem atenção médica;
  • Orientações gerais sobre a saúde pública;
  • Explicações gerais sobre exames (se gera dor, como funciona o preparo, o que esperar encontrar na sala de exame, etc);
  • Novidades científicas devidamente referenciadas.

Portanto, o papel do médico é de contribuir para a conscientização da sociedade, mas sempre sem ultrapassar a linha entre informar e diagnosticar, posicionando-se como fonte confiável e responsável de informação.

Linguagem e vocabulário

A forma como o médico se comunica também é relevante e é objeto de atenção do CFM. O uso de linguagem excessivamente alarmista ou apelativa pode criar expectativas irreais, ou um medo sem necessidade. Por isso devem ser evitadas frases exageradas como “cura garantida” ou “resultado imediato”, ou ainda “perigo iminente”.

A linguagem deve, especialmente quando o público alvo são os próprios pacientes ou pessoas em geral da sociedade, ser preferencialmente clara e acessível ao público leigo, mas sem perder a precisão técnica.

O equilíbrio entre a linguagem científica e popular/didática é essencial para que a mensagem seja compreendida pelo público da maneira correta, sem conclusões equivocadas.

O que fazer quando o médico é exposto nas redes sociais?

Com a ampliação do uso das redes, não é incomum que os médicos sejam alvos de críticas públicas, seja por algo que fez ou por algo que potencialmente deixou de fazer. Essas críticas podem vir tanto de pacientes insatisfeitos, familiares dos pacientes ou até mesmo concorrência.

O Manual orienta que o médico não deve responder de maneira impulsiva nem expor detalhes do atendimento para se defender, pois viola o sigilo médico. Ou seja, há a necessidade de zelo com exposição médica nas redes sociais.

O caminho correto é acionar a assessoria jurídica e evitar trocar insultos com o ofensor. Acionada a assessoria jurídica, ela irá tomar as medidas cabíveis, protegendo tanto o médico, quanto a reputação profissional do mesmo.

O que a exposição nas redes sociais pode causar?

A banalização na exposição de médicos nas redes pode gerar sérias consequências. A facilidade que hoje se tem, com muita voz a todo mundo, cenário em que com poucos cliques pode viralizar um “Péssimo atendimento deste profissional”, pode ser devastador ao médico e aos pacientes também, pois pode levá-lo a desistir de tratamentos ou seguir orientações incorretas.

Para o médico, resta o risco de processos éticos, sanções disciplinares ou repercussões gerais negativas. Além disso, a imagem do médico pode ser afetada irreversivelmente por uma postagem inadequada.

Para isso é recomendado que o médico conte sempre com uma assessoria jurídica especializada no Direito Médico a quem possa recorrer sempre que possível a na mesma velocidade em que as informações se espalham nas redes sociais.

O texto continua após o vídeo.

Conclusão

O uso das redes sociais não é proibido. Longe disso. Mas precisa ser pautado na ética e pelas normas do CFM. A linha entre informação e propaganda é muito tênue, por isso a atenção a cada detalhe faz a diferença. Até porque, existe o cuidado sobre a exposição médica nas redes sociais.

Cabe então ao médico enxergar as redes sociais como uma extensão da sua responsabilidade ética e médica, não como vitrine mercadológica. Em última palavra, deve prevalecer a segurança do paciente e a dignidade da profissão.

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Contrato de credenciamento médico: como funciona e modelo https://koetz.digital/contrato-de-credenciamento-medico/ https://koetz.digital/contrato-de-credenciamento-medico/#respond Fri, 29 Aug 2025 11:39:35 +0000 https://koetz.digital/?p=51190 O contrato de credenciamento médico é uma das formas mais comuns de atuação profissional de médico junto ou em parceria com um Plano de Saúde. Em suma, em vez de contratar o médico como empregado, as operadoras tendem a firmar contratos de credenciamento, que permitem ao profissional atender pacientes conveniados àquele plano de saúde e… Contrato de credenciamento médico: como funciona e modelo

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O contrato de credenciamento médico é uma das formas mais comuns de atuação profissional de médico junto ou em parceria com um Plano de Saúde. Em suma, em vez de contratar o médico como empregado, as operadoras tendem a firmar contratos de credenciamento, que permitem ao profissional atender pacientes conveniados àquele plano de saúde e então receber pelos serviços prestados de acordo com os critérios contratuais definidos pelas partes.

Esse modelo traz vantagens para os dois lados, mas também exige cuidados, pois tudo precisa estar bem definido em contrato para evitar tanto problemas de remuneração, dúvidas sobre extensão dos deveres e até mesmo conflitos éticos.

 Abaixo vamos explicar as nuances do credenciamento médico junto às operadoras de plano de saúde e também deixar um modelo de contrato para você, médico, está ciente de tudo que deve constar em um instrumento como este. 

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O que é credenciamento médico?

O credenciamento médico, quando falamos em termos de plano de saúde, claro, é o vínculo formal (muitas vezes contratual) entre o médico e a operadora de plano de saúde. Por meio desse vínculo, o profissional passa a fazer parte da rede credenciada deste plano e pode atender os pacientes com o convênio e ser remunerado conforme tabela ou valores previstos em contrato.

Na prática, é como se o médico fosse adicionado a uma “lista oficial” de profissionais que o paciente pode procurar sem precisar pagar diretamente a consulta ou o procedimento, já que os custos serão cobertos pelo plano, de acordo com a cobertura contratada.

O texto continua após o vídeo.

Isso amplia bastante o acesso do médico a novos pacientes, já que muitos preferem usar a rede conveniada em vez de arcar com consultas particulares.

É diferente de um contrato de trabalho, pois o credenciamento médico não gera vínculo empregatício. É na verdade um contrato de prestação de serviço em que as partes (médico e operadora) decidem que aquele médico atenderá os pacientes conveniados da operadora, com as regras, direitos e deveres preferencialmente dispostas em contrato.

Em resumo, o credenciamento médico funciona como uma porta de entrada para que o profissional participe da saúde suplementar, mas só vale a pena se o contrato for claro e equilibrado.

Sem isso, há risco de frustração financeira e de desgaste jurídico, já que esse é um dos tipos de contrato que mais geram conflitos entre médicos e planos de saúde.

O texto continua após o vídeo.

Como funciona o contrato de credenciamento médico?

O contrato de credenciamento médico é o instrumento que irá regular a relação entre o médico e a operadora de plano de saúde. Por meio do contrato é que ficará definido quem fará o quê, como, quando, remuneração, prazos, forma de atuação, direitos, deveres, etc.

Além disso, um bom contrato de credenciamento médico irá descrever os locais de atendimento, forma de encaminhamento de pacientes, prazos para autorização de procedimentos e, claro, regras de faturamento (envios de guias, documentos mínimos, quantidade mínima de pacientes, se aplicável, prazos para pagamento, critério de glosa, etc.)

Também é no contrato que entram as chamadas obrigações de qualidade. Muitos operadores de plano de saúde exigem a padronização das condutas, com protocolos clínicos, tempo de atendimento, taxa de retorno e cumprimentos de prazos bem definidos, além, claro, da cooperação em auditorias.

Apesar dessas regrinhas, que são bem-vindas para deixar claro os deveres e direitos de todos os contratantes, é importante dizer que o contrato de credenciamento médico deve suprimir a autonomia técnica do médico.

Mas somente condicionar a forma de registrar e de comprovar o que foi feito, afinal, quanto mais objetivo e transparente o texto do contrato, menos discussão depois.

Quanto tempo vale um credenciamento médico?

A vigência varia e a lei não determina uma validade mínima ou máxima. Inclusive alguns contratos são por prazo indeterminado, mas com possibilidade de rescisão mediante aviso prévio de 60, 90 dias ou às vezes mais.

Outros contratos têm prazo determinado, com renovação automática, se nenhuma das partes se opuser. Em ambos os casos o aviso prévio é essencial e crucial para que nem o médico e nem a operadora fiquem à mercê de rescisões abruptas.

Por que isso importa? Muito simples: porque o médico organiza sua agenda, equipe e contas a pagar considerando o fluxo do convênio. Um médico, por exemplo, pode não precisar de secretária(o) ou totem de senha em seu consultório se não estiver credenciado ao plano e uma rescisão repentina pode deixá-lo com um passivo trabalhista e uma estrutura tecnológica não mais necessária.

Então se a operadora rescinde de um dia para o outro, pode haver prejuízo legal. Além disso, as cláusulas também protegem o médico caso ele queira sair, pois ficará claro o prazo, como fazê-lo e, se possível, como evitar ou reduzir multas.

Em suma, um contrato com prazo definido ou formas de rescisão/aviso prévio claras são essenciais para a previsibilidade financeira e também para a continuidade assistencial dos pacientes.

Como elaborar um contrato de credenciamento médico?

Um bom contrato é aquele que prevê e antecipa eventuais problemas e define as possíveis soluções. Por isso o ideal é que não seja um amontoado de frases padrão ou copiado de qualquer lugar da internet, é extremamente prudente que o médico conte com uma assessoria jurídica especializada para que esta possa discutir diretamente com a operadora qualquer alteração necessária nos contratos padrão. Ou, até mesmo formular um contrato completo que possa atender à toda necessidade daquele médico.

O texto continua após o vídeo.

Isso porque o contrato precisa refletir a realidade do atendimento, da especialidade, da operadora e dos pacientes. Por isso, mais do que formalidade, elaborar um contrato de credenciamento médico é uma forma de blindagem profissional e financeira, garantindo que a parceria com a operadora seja sustentável a longo prazo.

De toda forma, é importante entender que em um bom contrato de credenciamento, é essencial que:

Faça a qualificação completa das partes

A qualificação identifica quem contrata quem. Parece burocrático, mas evita nulidades e dificuldades de cobrança. Incluir dados essenciais são importantes, como:

  • Razão social;
  • CNPJ;
  • Endereço;
  • Representante legal da operadora;
  • Nome completo;
  • CPF/CNPJ (se PJ);
  • CRM;
  • Especialidade e endereço do médico ou clínica.

Também vale indicar canais oficiais de comunicação e de notificação (e-mail, portal do prestador, endereço físico). Muita briga nasce de “não recebi o aviso”. Deixe simples como as partes se comunicam juridicamente.

Declare o objeto do contrato

O objeto responde: o que exatamente está sendo contratado. Escreva de modo direto: credenciamento do profissional X, na especialidade Y, para atendimento de beneficiários da operadora Z, nos locais A/B/C, seguindo as normas técnicas e administrativas do contrato.

É muito importante evitar frases abertas (“prestação de serviços de saúde em geral”), pois dão margem a disputa e a cobranças além do combinado e pode gerar um grande problema em uma eventual briga judicial

Se houver procedimentos excluídos (ex: determinado exame não é coberto), sinalize no objeto ou remeta a anexo com a lista de coberturas. Ser claro evita problemas e evita também glosas futuras.

Detalhe as condições da prestação de serviços

Explique como o atendimento acontece no dia a dia, por exemplo, se terá exigência de solicitações eletrônicas, prazo para primeira consulta, necessidade de relatórios para procedimentos de alto custo, regras para encaminhamento a outros níveis de atenção e retornos. Se a operadora adota protocolos anexe a versão vigente e crie mecanismo de atualização.

Quanto mais operacional for esse trecho, melhor. Por exemplo: “retorno em até 30 dias para o mesmo CID não gera nova cobrança de consulta”. Sem isso, cada retorno vira discussão. E documente responsabilidades: se a operadora demora a dar autorizações, qual o impacto? Se o médico falta ou fecha agenda, como reprogramar? Tire essas dúvidas no papel.

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Informe a remuneração e repasse de honorários

Aqui deve ser definido qual tabela será usada, como se calcula os valores e quando se paga. Deve descrever também as glosas, motivos, prazo pra recurso e para pagamento complementar se o recurso for acolhido

Inclua o que acontece com coparticipação e franquia, em caso de plano de saúde que preveja isso. Quem recebe, quando, e o que fazer se o paciente não pagar sua parte. Transparência aqui evita o famoso “paguei e não recebi”.

Pontue a auditoria e fiscalização

A auditoria não é vilã, mas precisa de limites. Por exemplo, é admitida verificação de prontuários, confirmação de procedimentos e visitas técnicas, desde que respeitados o sigilo, a LGPD e a autonomia médica.

Então deverá ser definido prazos de auditoria, forma de comunicação de achados e canal de contestação pelo médico. 

Destaque o sigilo e proteção de dados

Dados de saúde e de pacientes são sensíveis e regulamentados pela LGPD. Por isso o contrato deve determinar que ambos, tanto operadora como o médico, devem atuar sempre respeitando o sigilo médico e de dados constantes das relações profissionais entre médico/paciente, operadora/paciente e principalmente médico/operadora.

Então é conveniente constar que o acesso às informações ocorrerá somente quanto ao estritamente necessário ao atendimento, faturamento ou auditoria.

Defina a duração e rescisão do contrato

O contrato deve estabelecer se a vigência do mesmo é determinada ou indeterminada, definindo de forma clara o aviso prévio para rescisão imotivada, evitando desligamentos abruptos.

Deve ainda listar justas causas de rescisão imediata (fraude comprovada, descumprimento grave, violação de sigilo, não pagamento reiterado, entre outras)

Deixe claro a não exclusividade e inexistência de vínculo empregatício

Deve constar no instrumento, de maneira expressa, que não há vínculo de emprego, nem subordinação hierárquica típica de relação de emprego, e que o médico mantém autonomia técnica. A relação é de prestação de serviços, com não exclusividade: o médico pode atuar com outras operadoras e em outros locais.

Essa cláusula não é só um protocolo, ela ajuda a evitar vínculo trabalhista e dá segurança para o médico para organizar sua carteira de convênios sem conflito contratual.

Coloque a legislação aplicável e foro

Nesse momento deve definir que a relação segue a legislação civil (não trabalhista) e também o foro competente para eventual discussão judicial referente ao contrato.

Modelo de contrato de credenciamento médico

CONTRATO DE CREDENCIAMENTO MÉDICO

Veja, importante entender que é impossível um modelo de contrato único comportar todas as possíveis relações jurídicas envolvendo o credenciamento médico junto à operadora de plano de saúde, mas para ilustração do que deve constar de forma padrão, adiante um modelo de contrato com tudo o que já falamos até aqui:

Pelo presente instrumento particular, de um lado:

OPERADORA/CONTRATANTE: [Nome da operadora], inscrita no CNPJ sob nº [xxx], com sede em [endereço completo], representada por [nome do representante legal], doravante denominada simplesmente CONTRATANTE.

MÉDICO/CLÍNICA CREDENCIADO(A): [Nome completo], inscrito no CPF/CNPJ sob nº [xxx], CRM nº [xxx], com endereço profissional em [endereço completo], doravante denominado simplesmente CREDENCIADO(A).

As partes resolvem firmar o presente Contrato de Credenciamento Médico, regido pelas cláusulas e condições seguintes:

Cláusula 1 – Objeto

O presente contrato tem por objeto o credenciamento do CREDENCIADO para atendimento dos beneficiários da CONTRATANTE na especialidade de [xxx], em conformidade com os regulamentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), protocolos clínicos e demais normas aplicáveis.

O atendimento será prestado nas dependências do consultório do CREDENCIADO ou em unidades indicadas pela CONTRATANTE, observadas as condições acordadas previamente entre as partes.

Cláusula 2 – Condições da prestação de serviços

O CREDENCIADO compromete-se a:

  • Atender os pacientes conveniados de forma ética, humanizada e em conformidade com as normas técnicas da profissão.
  • Cumprir prazos estabelecidos para consultas, retornos e encaminhamentos, conforme fluxos definidos pela CONTRATANTE.
  • Emitir relatórios, laudos e guias médicas de acordo com as exigências administrativas da CONTRATANTE, respeitando prazos de até [x horas/dias].
  • Manter prontuário atualizado de todos os atendimentos, acessível em caso de auditoria devidamente formalizada.

Cláusula 3 – Remuneração e repasse de honorários

A CONTRATANTE pagará ao CREDENCIADO os valores constantes da tabela [X] vigente, acrescidos do fator de ajuste de [x%], ou outra tabela que venha a ser pactuada.

Os pagamentos serão efetuados até o [xº] dia útil do mês subsequente ao da prestação de serviços, mediante depósito em conta indicada pelo CREDENCIADO.

Eventuais glosas serão comunicadas formalmente no prazo de [x dias], cabendo ao CREDENCIADO apresentar recurso administrativo no prazo de [x dias] a contar da ciência da glosa. A CONTRATANTE terá [x dias] para análise do recurso.

Cláusula 4 – Auditoria e fiscalização

A CONTRATANTE poderá realizar auditorias técnicas e administrativas para verificar a conformidade dos serviços prestados, com prévia comunicação ao CREDENCIADO.

A auditoria deverá respeitar a autonomia médica e o sigilo das informações. O CREDENCIADO terá direito a apresentar justificativas e recursos no prazo de [x dias] após a ciência de eventuais apontamentos.

Cláusula 5 – Sigilo e proteção de dados

Ambas as partes comprometem-se a manter sigilo absoluto sobre informações de pacientes, em conformidade com o Código de Ética Médica e com a LGPD.

O CREDENCIADO deverá adotar medidas de segurança técnica e administrativa para proteger dados sensíveis dos pacientes, comunicando imediatamente à CONTRATANTE qualquer incidente que envolva vazamento ou acesso indevido.

Cláusula 6 – Duração do contrato

O presente contrato terá vigência inicial de [x meses/anos], com início em [data], sendo automaticamente renovado por iguais períodos, salvo manifestação expressa em contrário de uma das partes.

Cláusula 7 – Rescisão

O contrato poderá ser rescindido:
a) Por qualquer das partes, sem necessidade de justificativa, mediante aviso prévio de [x dias];
b) Imediatamente, em caso de fraude, descumprimento grave das obrigações, violação de sigilo médico ou infração ética comprovada;
c) Por inadimplemento no pagamento dos honorários devidos por mais de [x dias].

No caso de rescisão, o CREDENCIADO deverá assegurar a continuidade de tratamentos já iniciados por até [x dias], em respeito ao princípio da continuidade assistencial.

Cláusula 8 – Não exclusividade e inexistência de vínculo empregatício

Este contrato não estabelece vínculo de emprego entre as partes, sendo a relação estritamente de natureza civil.

O CREDENCIADO poderá prestar serviços a outras operadoras, clínicas ou hospitais, não havendo exclusividade nesta contratação.

Cláusula 9 – Comunicações oficiais

Todas as comunicações relacionadas ao presente contrato deverão ser feitas por escrito e encaminhadas para os endereços físicos ou eletrônicos constantes da qualificação das partes. Considerar-se-ão recebidas as notificações enviadas por e-mail corporativo ou carta registrada no prazo de [x dias].

Cláusula 10 – Responsabilidades adicionais

O CREDENCIADO se responsabiliza por:
a) Utilizar apenas métodos e práticas reconhecidos pela comunidade médica e aprovados pelos órgãos competentes;
b) Respeitar os protocolos de encaminhamento e autorizações estabelecidos pela CONTRATANTE;
c) Informar imediatamente qualquer irregularidade ou intercorrência grave ocorrida durante o atendimento de beneficiários.

A CONTRATANTE se responsabiliza por:
a) Garantir clareza nas informações repassadas sobre cobertura, autorizações e tabelas de valores;
b) Efetuar o pagamento nos prazos acordados;
c) Fornecer suporte administrativo para emissão de guias, autorizações e faturamento.

Cláusula 11 – Foro

Fica eleito o foro da comarca de [cidade/UF], com renúncia expressa a qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir dúvidas ou litígios oriundos deste contrato.

Conclusão

Um bom contrato de credenciamento deve  fechar as portas por onde entram os maiores problemas do dia a dia: glosa sem critério, auditoria invasiva, prazos confusos, silêncio sobre continuidade assistencial e tratamento descuidado de dados. Quando cada parte sabe o que esperar e o que entregar, a relação flui de maneira positiva e o paciente sente isso na ponta.

Para o médico, o contrato é também uma ferramenta de planejamento: dá previsibilidade de pagamento, ajuda a montar agenda com segurança e evita surpresas desagradáveis. Para a operadora, reduz processos judiciais, organiza processos e melhora a experiência do beneficiário.

Antes de assinar ou produzir um contrato de credenciamento médico, passe um olho com calma, preferencialmente com a ajuda de uma assessoria jurídica especializada na área. É esse cuidado na largada que costuma salvar muita dor de cabeça lá na frente.

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Seguro erro médico: o que é, cobertura, valor e por que contratar https://koetz.digital/seguro-erro-medico/ https://koetz.digital/seguro-erro-medico/#respond Wed, 27 Aug 2025 11:30:29 +0000 https://koetz.digital/?p=51138 A atividade médica é certamente uma atividade essencial. E isso há séculos. Mas, ao mesmo tempo, é cheia de situações e variáveis que fogem do controle do profissional. Ainda que siga o protocolo, literatura médica, comunicação clara, você, médico, pode precisar lidar com um desfecho ruim. Hoje, você vai ler mais a respeito do seguro… Seguro erro médico: o que é, cobertura, valor e por que contratar

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A atividade médica é certamente uma atividade essencial. E isso há séculos. Mas, ao mesmo tempo, é cheia de situações e variáveis que fogem do controle do profissional. Ainda que siga o protocolo, literatura médica, comunicação clara, você, médico, pode precisar lidar com um desfecho ruim. Hoje, você vai ler mais a respeito do seguro erro médico.

E é natural que, diante disso, tenha um movimento de crescente judicialização da saúde, com pacientes e familiares buscando o judiciário, fazendo denúncias no CRM e até mesmo com reclamações na imprensa, Ministério Público ou redes sociais. Você que é médico, se não passou por isso, com certeza tem algum colega de profissão que já. É nesse cenário que o seguro de responsabilidade civil profissional para médicos entrou de vez em pauta.

Muita gente chama esse seguro de “seguro contra erro médico”, mas é um equívoco, até mesmo porque a utilização desse seguro não pressupõe necessariamente um erro médico, por isso que o nome correto é seguro de responsabilidade civil profissional. Pode cobrir custos de defesa, perícia, acordos e, dentro do limite da apólice, eventual indenização. Fica aqui com a gente pra entender um pouquinho mais a importância desse tema.

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O que é o seguro responsabilidade civil profissional para médicos?

O Seguro de responsabilidade civil para médicos é um contrato entre um médico e uma seguradora em que o médico transfere parte do risco decorrente de reclamações por suposto erro, negligência, imprudência ou imperícia, em troca de um pagamento que chamamos tecnicamente de prêmio (sendo o valor do seguro). Assim, a seguradora, desde que cumpridos requisitos específicos da apólice e do contrato, assume cobrir determinados eventos previstos na apólice.

O texto continua após o vídeo.

Esse seguro pode ser contratado tanto pelo médico enquanto pessoa física, pela clínica como pessoa jurídica ou por ambos.

O que cobre o RC médico?

A cobertura padrão tende a variar a depender da seguradora ou do tipo de apólice, mas em linhas gerais pode contemplar os custos de defesa (perícia, custas judiciais, eventualmente honorários), valores de acordos/condenação indenizatória em ações cíveis e, algumas apólices podem cobrir custos de defesa em processos administrativos/éticos no CRM.

O texto continua após o vídeo.

Normalmente, a cobertura do seguro atinge reclamações feitas por pacientes/familiares por atos profissionais dentro da especialidade declarada, incluindo falhas de comunicação, erros técnicos ou de acompanhamento, desde que caracterizada como responsabilidade civil (dano + relação entre o dano e o ato médico + culpa).

Se houver dolo (a intenção de cometer o ato), normalmente a apólice não cobre. Vamos ver abaixo algumas das coberturas essenciais.

Custos de defesa legal

Defender-se pode custar: advogado especializado, assistente técnico, perícia, deslocamento, recursos, indenização, etc. Só quem enfrentou um processo sabe o tamanho da conta. O seguro entra justamente aqui: banca essa estrutura dentro dos limites contratados, permitindo uma defesa técnica robusta.

Outro ponto é a franquia (ou participação obrigatória): em certas apólices o médico precisará arcar com uma parte inicial dos custos, em outras, a franquia se aplica somente às indenizações, não à defesa. Vale ler a cláusula com calma, porque é comum confundir e somente descobrir as nuances quando a conta chega.

Indenizações e acordos

Quando o litígio evolui realmente para um processo e há condenação ou acordo homologado, é a cobertura de indenização que salva o médico. O pagamento, é claro, respeitará um limite por evento ou agregado. Com um seguro de carro, que em palavras simples, cobrirá o sinistro até “x mil reais”. O que ultrapassar será arcado pelo médico, então é importante analisar bem o que a apólice irá cobrir e também o montante coberto.

 Existe também a cláusula de consentimento para acordo. Algumas seguradoras só fecham acordo se o segurado concordar, outras se reservam no direito de aceitar o acordo mesmo sem a concordância expressa para minimizar prejuízo.

Esse cenário mexe com reputação e estratégia jurídica, então antes de contratar análise também de que forma sua apólice trata os acordos e se há penalidade por recusar um acordo razoável.

Situações de risco profissional

Algumas especialidades, como obstetrícia, anestesiologia, cirurgia plástica e ortopedia, historicamente figuram entre as áreas de especialização com maior frequência de reclamações e problemas judiciais. Não porque o médico erra mais, mas o “potencial de dano” e a expectativa do cliente são maiores ou mais sensíveis.

Então, cenários clássicos, como complicações em cirurgia mesmo com a técnica correta, atraso diagnóstico em quadro atípico, reação adversa rara, ruído de comunicação com a família, entre outros casos sem “erro”, podem gerar risco profissional.

E, com base nessas situações que acabam sendo cotidianas a depender da área de atuação do médico, é que se torna conveniente e até mesmo indicada a contratação do seguro de responsabilidade civil médica.

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Coberturas adicionais

Além do básico, algumas seguradoras permitem contratar extensões além das coberturas normais, como, por exemplo, reclamações futuras  após o término da apólice ou extensão retroativa (cobrir fatos anteriores à vigência, desde que a reclamação surja após a contratação).

Há também extensão para danos morais, cobertura para alunos/residentes (quando o médico atua como tutor). O importante é entender que nem todos os seguros são iguais e muitas seguradoras permitem customização de acordo com a realidade de cada médico.

Qual o melhor seguro de responsabilidade civil médico?

Não existe necessariamente um melhor seguro em termos absolutos. Existe o melhor para o seu risco. Um cirurgião que realiza procedimentos de alto ticket precisa de limites e coberturas diferentes de um clínico ambulatorial. Comparar só preço é pavimentar um caminho para um grande arrependimento no futuro quando a apólice for exigida de verdade.

Vale ainda olhar as solidezes da seguradora e experiência no nicho da saúde. Então faça buscas em processos judiciais envolvendo a seguradora (uma boa assessoria jurídica pode lhe ajudar com isso), histórico de sinistro, reclamações em sites como o “reclame aqui”, entre outros.

O texto continua após o vídeo.

Quanto custa um seguro médico?

O preço varia conforme uma combinação de fatores, como a especialidade do médico, exposição a risco profissional, histórico de sinistros, limites escolhidos, localidade, franquia e coberturas adicionais. É claro que especialidades cirúrgica e área de alto risco, ou ainda, áreas envolvendo a imagem do paciente (como cirurgia plástica) tenderá a ter um preço de seguro mais elevado comparado a profissionais que atuem em áreas de menor risco profissional. A lógica é simples, quanto maior o risco, maior o prêmio (valor do seguro)

Importante: desconfie de preço “bom demais”, sem entender o que ficou de fora ou sem pesquisar a reputação da seguradora. É comum que os valores fiquem mais baixo, tirando questões essenciais, como retroativo ou a escolha do advogado, ou ainda com cobertura indenizatória bem inferior. O barato pode sair caro justamente quando você mais precisa. 

É possível contratar o Seguro de Responsabilidade Civil Médico retroativo?

Em algumas modalidades, sim, é possível contratar seguro de responsabilidade civil médica retroagindo para fatos posteriores, desde que você não tenha ciência prévia da reclamação ou circunstância que possa virar sinistro. Em outras palavras, normalmente não dá para assinar seguro com o problema em andamento. A cláusula de retroatividade protege o passado ainda desconhecido, não o problema que já bateu na porta.

Ainda assim, a retroatividade pode ser limitada a uma data específica (fatos nos últimos 2 anos, por exemplo) ou ilimitada no passado (o que tende a ser mais caro e mais raro de ser oferecido).

Por que contratar um seguro de responsabilidade civil profissional para médicos? 

Primeiramente e mais importante: problemas e reclamações acontecem mesmo quando há zelo e técnica. E eles custam caro. Ter seguro é transformar um cenário potencialmente devastador em um problema, ainda existente, mas completamente administrável. É uma questão de continuidade de carreira e paz de espírito.

Segundo, porque a apólice bem montada vai além de indenização, ela protege reputação, ajuda em incidentes de dados e pode cobrir processos éticos. É uma segurança que vai proteger você justamente no momento de maior vulnerabilidade.

 Mas nunca é demais dizer: o seguro é a última barreira quando nada der certo, mas é importante que além de um seguro de responsabilidade civil, você conte com uma assessoria jurídica especializada que poderá não apenas lhe auxiliar na análise jurídica do melhor seguro, mas também proteger você em todos os processos e diminuir o risco de você, mesmo segurado, acionar sua apólice;

Conclusão

O seguro de responsabilidade civil é um instrumento importante de gestão de risco. O profissional continua responsável por atuar nos estritos limites éticos, com o correto preenchimento de prontuário, consentimento informado, atuação de acordo com a literatura médica , etc. Mas com a apólice, você não estará sozinho quando algo der errado. E pode dar!

Se a decisão for contratar, faça com consciência, analisando bem a apólice, o que é coberto, eventual ajuste retroativo, limites, franquias e tudo o mais.

Seguro bom não é apenas o que promete, mas é aquele que cumpre e que se encaixa no seu jeito de trabalhar, afinal reputação e tranquilidade não têm preço.

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Modelo de contrato de médico plantonista: o que deve constar e quais os direitos https://koetz.digital/contrato-medico-plantonista/ https://koetz.digital/contrato-medico-plantonista/#respond Wed, 20 Aug 2025 11:30:01 +0000 https://koetz.digital/?p=51087 Uma parcela muito grande dos médicos faz ou já fez plantões. E certamente alguns já tiveram problemas de ordem jurídica nesses plantões, como divergência quanto ao horário, prazo para pagamento, mudança repentina de atribuições, entre outros. Por isso, um contrato de médico plantonista é essencial para formalizar a relação entre o Médico e a instituição… Modelo de contrato de médico plantonista: o que deve constar e quais os direitos

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Uma parcela muito grande dos médicos faz ou já fez plantões. E certamente alguns já tiveram problemas de ordem jurídica nesses plantões, como divergência quanto ao horário, prazo para pagamento, mudança repentina de atribuições, entre outros. Por isso, um contrato de médico plantonista é essencial para formalizar a relação entre o Médico e a instituição que o está contratando. Ele serva para deixar claro o que cada parte espera da outra, quais as condições de trabalho, horários, termos e como será realizada a remuneração.

Ainda que, muitas das vezes, os médicos atuem por meio de escalas e acordos verbais, ter um contrato escrito traz segurança jurídica, evita conflitos e ajuda a prevenir problemas no futuro.

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Modelo de contrato de médico plantonista

Importante entender que não existe um modelo único e perfeito de contrato. Isso porque o contrato deve refletir a realidade de cada um de acordo com o esperado entre a instituição contratante e o médico, então cada instrumento contratual deve ser produzido conforme a especificidade do caso.

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Portanto, teremos a seguir um exemplo genérico de cláusulas que podem compor um contrato de prestação de serviços de médico plantonista, mas alertamos que o contrato deve ser adaptado à sua realidade e à realidade da Clínica, hospital ou unidade de saúde, levando em consideração. 

O texto continua após o vídeo.

Claro, as leis trabalhistas, os costumes do local e também a prestação de serviço que será realizada. Ainda assim, um contrato não deve deixar de conter:

  • Cláusula 1 – Qualificação das partes: Identificação completa do contratante (hospital, clínica, etc) e do médico plantonista contratado, com nome, endereço, CNPJ ou CPF e CRM;
  • Cláusula 2 – Objeto do contrato: Neste item deve conter a descrição clara dos serviços médicos a serem prestados no plantão, especificando a especialidade do médico, local e condições do plantão;
  • Cláusula 3 – Escala e horários de plantão: Aqui deve ser definida a carga horária do plantão, dias da semana (se houver escala fixa), períodos de atuação e também regras para trocas ou substituições, caso a instituição aceite;
  • Cláusula 4 – Remuneração e forma de pagamento: Especificar se o valor será pago por hora, plantão, periodicidade dos pagamentos e forma de repasse (como transferência, RPA, nota fiscal, etc);
  • Cláusula 5 – Obrigações do médico plantonista: Nesta cláusula haverá a descrição do que a instituição espera do médico, como pontualidade, atendimento médico humanizado, ético, cumprimento de protocolos internos, sigilo, etc;
  • Cláusula 6 – Obrigações do contratante: Conterá as obrigações do contratante para o desenvolvimento da atividade durante os plantões, como a disponibilização da estrutura física e equipamentos, garantia de condições adequadas de trabalho, sala de descanso, etc;
  • Cláusula 7 – Sigilo profissional e LGPD: Ao lidar com pacientes, doenças, diagnósticos, etc, é natural haver compromisso em manter sigilo às informações médicas e pessoais, conforme previsto no Código de Ética Médica e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
  • Cláusula 8 – Rescisão: Todo contrato deve ter regras para o seu encerramento, então nesta cláusula se estabelecerá multas, aviso prévio, penalidades e hipóteses de rescisão;
  • Cláusula 9 – Foro: Indicação da comarca que será responsável por resolver judicialmente conflitos do contrato.

Perguntas frequentes

Veja agora as principais perguntas sobre contrato médico de plantonista. Acompanhe abaixo!

Quem é o médico plantonista?

É o profissional da saúde que é responsável por atender os pacientes em regime de plantão. Esse regime geralmente se dá por meio de períodos fixos e escalas pré-definidas (embora não precise ser necessariamente assim), podendo atuar em hospitais, clínicas, prontos-socorros, UBS, entre outros.

Quais são os direitos dos médicos plantonistas?

Depende do vínculo. Existem médicos que são celetistas, então nesse caso devem submeter ao regime da CLT, com todos os direitos decorrentes desta forma de contratação. Boa parte, no entanto, é prestador de serviço, mas ambos podem ter direito a uma remuneração mínima por hora, descanso entre jornadas, pagamento pontual e condições adequadas de trabalho.

O texto continua após as imagens.

Quais são os deveres do médico plantonista?

Além de cumprir a jornada e carga horária previamente estabelecida, deve seguir a risca os protocolos médicos gerais e também os protocolos internos da instituição. Deve ainda manter sigilo sobre as informações dos pacientes, tratar a todos com civilidade, ética e respeito e comunicar impossibilidade de comparecimento com a maior antecedência possível.

O texto continua após o vídeo.

O que deve constar no contrato do médico plantonista?

No mínimo os dados da parte, objeto do contrato, carga horária, forma de remuneração, escalas, regras de conduta, cláusulas sobre sigilo e formas de rescisão.

O texto continua após imagens.

Como garantir seus direitos?

Primeiramente utilizando um contrato para formalizar a relação entre você plantonista e a instituição contratante. Além disso, esclarecer qualquer dúvida com a instituição ou com um advogado de confiança, guardar cópia assinada e registrar qualquer alteração ou acordo adicional por escrito.

O texto continua após o vídeo.

Conclusão

O contrato de médico plantonista é mais do que uma formalidade, é a base de uma relação de trabalho justa e segura, tanto para você quanto para a instituição tomadora do serviço. 

Com um documento bem elaborado e estruturado, tanto o profissional quanto a instituição evitam conflitos e podem assegurar o cumprimento das obrigações, fortalecendo a confiança mútua e tendo um ambiente de trabalho mais tranquilo.

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Contrato coworking médico: como funciona e o que deve conter https://koetz.digital/coworking-medico/ https://koetz.digital/coworking-medico/#respond Wed, 13 Aug 2025 11:20:28 +0000 https://koetz.digital/?p=51064 A forma como os médicos atendem está mudando rapidamente. Consultórios tradicionais com altos custos de manutenção, funcionários fixos, imóvel próprio, entre outros, está se tornando, muitas das vezes, inviável ou desnecessário para quem está começando na carreira ou quer ter mais flexibilidade na agenda. Foi nesse cenário que o Coworking médico passou a ganhar espaço.… Contrato coworking médico: como funciona e o que deve conter

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A forma como os médicos atendem está mudando rapidamente. Consultórios tradicionais com altos custos de manutenção, funcionários fixos, imóvel próprio, entre outros, está se tornando, muitas das vezes, inviável ou desnecessário para quem está começando na carreira ou quer ter mais flexibilidade na agenda. Foi nesse cenário que o Coworking médico passou a ganhar espaço.

A proposta é simples e direta: um lugar com estrutura completa, compartilhada, simples e menos burocrática em que o médico possa atender seus pacientes em um espaço equipado, estruturado e pagando somente pelo uso. Parece ótimo e realmente é, desde que tudo esteja amarrado em um bom contrato.

É sobre isso que iremos falar aqui: como funciona o Coworking médico, quais cuidados tomar, vantagens e, principalmente, o que precisa constar no contrato para evitar dores de cabeça lá na frente.

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O que é coworking médico?

O coworking médico é basicamente um espaço de trabalho compartilhado voltado para profissionais da área da saúde, especialmente médicos. Diferentemente de um Coworking tradicional, utilizado por profissionais de várias áreas ao mesmo tempo, o Coworking médico é estruturado especialmente para o desenvolvimento da medicina e atendimento de pacientes.

Por isso ele vem com tudo o que um consultório precisa, desde recepção (muitas vezes já com recepcionista), sala de atendimento, equipamentos básicos, ambiente climatizado, cafezinho na recepção e em muitos casos, até mesmo serviços administrativos, como agendamento de consulta e gestão de agenda.

Ou seja, é um espaço pronto. O médico chega, atende e vai embora, sem se preocupar com aluguel mensal alto e principalmente, sem se preocupar com a gestão do espaço. Sabemos que a rotina de um médico é corrida e dependendo de como está sua carreira, o Coworking médico pode ajudar bastante na gestão de tempo.

O texto continua após o vídeo.

Quais as vantagens de um coworking médico?

São várias. A principal delas obviamente é a redução de custos, mas, além disso, o modelo dá ao médico várias outras vantagens. Dentre elas tem a flexibilidade de agenda, pois assim o médico pode atender quando quiser, sem ter um consultório próprio funcionando todos os dias. 

Além disso, o médico pode testar regiões. Ou seja, se livrando da burocracia de aluguel/ocupação/desocupação de um imóvel locado nos termos tradicionais, com o Coworking Médico, o profissional pode testar em qual região tem um alcance maior, ou melhor, facilidade para atendimento dos pacientes sem enfrentar grande burocracia.

Não podemos esquecer ainda a estrutura profissional sem investimento inicial, pois com o Coworking Médico, o profissional da medicina não precisa investir em mobília, recepção e estrutura, o que é particularmente difícil para médicos recém-formados e, muitas das vezes, para médicos com mais experiência também.

Em resumo, o Coworking Médico vem trazer simplicidade, diminuição de burocracia e redução de custos, o que pode facilitar imensamente a produção e desenvolvimento da carreira, especialmente com uma rotina tão pesada.

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Como funciona o contrato de coworking médico?

Na prática, o contrato que irá regular a relação entre o médico (ou profissional da saúde) com o estabelecimento. Ele vai estabelecer regras de uso de espaço, valores, tempo disponível, equipamentos, estrutura esperada, prazos, multas, direitos e deveres, dentre outros.

Isso significa que um contrato bem feito é essencial para a tranquilidade do médico. Mesmo parecendo um modelo simples de “Pay to use” (pagar para usar), o Coworking envolve questões importantes que muitas das vezes passam despercebidas, como o sigilo profissional e segurança das informações, por isso o contrato deve ser  bem estruturado juridicamente.

Qual é a diferença entre o contrato de cessão de uso de espaço e contrato de locação?

Essa é uma dúvida comum. Muitas pessoas confundem os dois, mas juridicamente são bem diferentes.

No contrato de locação, há a transferência da posse direta do imóvel. Ou seja, o médico aluga um espaço, como uma sala e este espaço será de uso exclusivo dele durante o período de locação. É a forma mais tradicional de locação e segue a lei do inquilinato

No contrato de cessão de uso de espaço (coworking), temos uma relação jurídica ainda relevante, só que mais simples. O médico não tem a posse nem exclusividade do bem.

Ele paga para usar um espaço por um tempo determinado, dentro de regras de convivência do coworking, podendo compartilhar com outros profissionais. 

A maioria dos coworkings utiliza este segundo modelo, o de cessão de uso. E isso muda bastante na hora de redigir um contrato, pois não é apenas copiar as cláusulas de um contrato de aluguel comum, pois muitas disposições da lei do inquilinato se aplicam de maneira diferente quando falamos em Coworking Médico. Vamos entender melhor adiante.

Como funciona o aluguel de consultórios por hora/período em um coworking médico?

É bem simples e, em geral utiliza o modelo “pay to use” que falamos acima. O profissional escolhe o tempo que vai utilizar o espaço, o que pode ser em horas, turno, dias fixos ou pacote mensal com o número X de horas.

Em alguns casos o pagamento é feito de maneira antecipada por meio de créditos (uma carteira de horas) e o médico pode utilizar conforme a necessidade. Outros modelos funcionam com cobrança mensal fixa, mesmo que não se utilize todas as horas disponíveis e contratada naquele mês.

O texto continua após as imagens.

O importante é que o modelo adotado, forma de pagamento, horas disponíveis e forma de utilizá-las esteja claro no contrato. Além disso é essencial estabelecer como será o modelo de reservas, como é feito o pagamento, se haverá reembolso em caso de cancelamento, se pode reagendar, dentre outros

O que deve conter em um contrato de coworking médico?

Agora sim vamos ao que interessa. Um contrato de coworking médico precisa conter no mínimo os seguintes pontos:

Qualificação das partes

Deve conter a qualificação individualizada das partes, com nome, endereço, CNPJ/CPF, RG se aplicável.

Objeto do contrato

No objeto deve ser descrito claramente o que está sendo contratado, por exemplo: Cessão de uso temporário de sala de atendimento médico com estrutura e serviços adiante descritos

Serviços inclusos e exclusos

Neste ponto irá ser definido o que está ou não incluso no valor pago, como uso de sala de atendimento equipada, equipamentos disponíveis, recepção e triagem de paciente incluída ou não.

Além da limpeza e manutenção do ambiente, regras de uso da internet e ar condicionado, suporte ou não em agendamento de consultas e atendimento telefônico, dentre outros. 

Valores, formas e prazos de pagamento

O contrato deve indicar quanto será pago, a forma de pagamento e a periodicidade. É importante que também preveja a forma de reajuste, multa por atraso, cancelamento, prazo para suspensão do serviço, etc.

O texto continua após o vídeo.

Regras de uso e convivência

Todo coworking tem regras internas e é adequado que estejam presentes no contrato, desde horário de funcionamento, condutas proibidas, políticas internas e regras de convivência com outros profissionais.

Responsabilidades das partes

 O contrato deve prever, por exemplo, quem responde por danos ao mobiliário, existência de seguro, responsabilidade por extravio de prontuário, o que acontece se o médico não aparecer para atender, entre outras disposições correlatas.

O texto continua após o vídeo.

Sigilo médico e LGPD

Um dos tópicos mais importantes, pois haverá tratativa na relação médico/paciente e, mesmo em um espaço compartilhado, o sigilo do paciente deve ser preservado.

Rescisão do contrato

O contrato deve prever prazo, como uma das partes pode “sair do contrato”, aviso prévio, multa, etc. É fundamental, pois imprevistos acontecem e o contrato tem que prever tanto rescisão amigável, quanto por descumprimento.

O texto continua após imagens.

Foro

Aqui deve estar previsto o local (cidade) em que terá o foro competente para julgar ações e disputas judiciais envolvendo o contrato em questão.

Modelo de contrato coworking médico

Cada contrato precisa ser feito sob medida. Achar que um modelo único e geral servirá para todo e qualquer caso é perigoso e pode gerar brechas e disputas judiciais e ninguém quer isso. 

O ideal é contar sempre com uma assessoria jurídica especializada, que entenda o setor da saúde e saiba o que é importante incluir ou evitar em um contrato desse tipo, mas como uma ideia geral do que um contrato de coworking é, teríamos algo como:

Contrato de Coworking Médico

Pelo presente instrumento particular, as partes abaixo identificadas:

LOCADOR(A)/CEDENTE: [Nome do coworking], inscrito no CNPJ sob o n.º [número], com sede em [endereço completo], representado por [nome do representante], doravante denominado Coworking.

LOCATÁRIO(A)/CESSIONÁRIO(A): [Nome do médico], inscrito(a) no CPF n.º [número] e no CRM sob o n.º [número], com endereço profissional em [endereço], doravante denominado(a) Profissional.

As partes resolvem firmar o presente contrato de cessão de uso de espaço e serviços para atividades médicas, que será regido pelas cláusulas e condições seguintes:

Cláusula 1 – Objeto do contrato

O objeto do presente contrato é a cessão temporária de uso do consultório n.º [número] e demais dependências do Coworking, exclusivamente para o exercício da atividade médica pelo Profissional, conforme datas, horários e condições acordadas. O uso é pessoal e intransferível, salvo autorização expressa e por escrito do Coworking.

Cláusula 2 – Finalidade

O espaço cedido será utilizado unicamente para atendimentos médicos e atividades relacionadas, ficando expressamente proibido o uso para fins não compatíveis com a prática profissional, tais como eventos não autorizados, atividades comerciais não médicas, armazenagem de materiais perigosos ou ilegais e sublocação do espaço.

Cláusula 3 – Serviços inclusos

O Coworking fornecerá, dentro do valor contratado:

  • Uso do consultório no período agendado;
  • Recepção para acolhimento de pacientes;
  • Uso de mobiliário e equipamentos básicos disponíveis no local;
  • Limpeza e higienização do espaço;
  • Internet de alta velocidade (Wi-Fi);
  • Energia elétrica, água e climatização;
  • Apoio para agendamento e confirmação de consultas, se contratado previamente.

Cláusula 4 – Serviços não inclusos

Não estão incluídos no valor contratado:

  • Materiais de consumo médico (luvas, seringas, gazes, etc.);
  • Equipamentos médicos específicos do Profissional;
  • Impressões e cópias;
  • Telefonia;
  • Serviços de marketing ou divulgação;
  • Armazenamento prolongado de pertences pessoais ou prontuários fora do período contratado.

Cláusula 5 – Agendamento e uso

O Profissional deverá agendar previamente os horários de uso, respeitando os períodos contratados. Atrasos ou ausências não dão direito a reposição de tempo, ou devolução de valores. O uso do espaço fora do horário agendado dependerá de disponibilidade e pagamento adicional.

Cláusula 6 – Valores e forma de pagamento

O Profissional pagará ao Coworking o valor de R$ [valor] por [hora/período/mês], com vencimento no dia [dia] de cada mês, por [PIX, transferência, boleto ou cartão]. Em caso de atraso, incidirá multa de “x”% sobre o valor devido, além de juros de [x]% ao mês e correção monetária.

Cláusula 7 – Regras de uso e convivência

O Profissional compromete-se a:

  • Manter a pontualidade nos atendimentos;
  • Zelar pela conservação dos móveis, equipamentos e instalações;
  • Deixar o consultório em ordem ao final de cada uso;
  • Respeitar o silêncio e a privacidade dos demais usuários;
  • Cumprir todas as normas sanitárias e de higiene exigidas por lei e pelos órgãos de classe;
  • Não fumar, consumir bebidas alcoólicas ou manter conduta incompatível com o ambiente médico.

Cláusula 8 – Responsabilidades do Coworking

O Coworking é responsável por:

  • Garantir a disponibilidade do espaço conforme agendamento;
  • Realizar a manutenção preventiva e corretiva de suas instalações e equipamentos básicos;
  • Garantir o funcionamento da internet e demais serviços inclusos, salvo casos de força maior;
  • Cumprir a legislação aplicável ao funcionamento do espaço.

Cláusula 9 – Responsabilidades do Profissional

O Profissional é responsável por:

  • Fornecer todos os materiais e equipamentos específicos necessários ao seu atendimento;
  • Manter sigilo absoluto sobre dados e informações de pacientes, em conformidade com o Código de Ética Médica e a LGPD;
  • Responder por qualquer dano causado às instalações ou a terceiros, decorrente de culpa ou dolo;
  • Observar as normas éticas e legais aplicáveis ao exercício da Medicina.

Cláusula 10 – Sigilo e proteção de dados

O Profissional compromete-se a adotar todas as medidas necessárias para proteger a privacidade e os dados pessoais de seus pacientes, sendo o único responsável pelo cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados no âmbito de sua atuação.

Cláusula 11 – Vigência

O presente contrato terá início em [data] e vigorará por [prazo], podendo ser renovado mediante acordo escrito entre as partes.

Cláusula 12 – Rescisão

O contrato poderá ser rescindido por qualquer uma das partes, mediante aviso prévio de [x] dias, sem necessidade de justificativa. A rescisão sem aviso prévio implicará no pagamento de multa equivalente a [x]% do valor restante do contrato, salvo em caso de descumprimento de cláusulas contratuais, hipótese em que poderá haver rescisão imediata.

Cláusula 13 – Penalidades

O descumprimento de qualquer cláusula poderá gerar advertência, suspensão do direito de uso do espaço e cobrança de perdas e danos, sem prejuízo de outras medidas cabíveis.

Cláusula 14 – Casos fortuitos e força maior

Nenhuma das partes será responsável por falhas ou atrasos no cumprimento de suas obrigações quando causados por eventos de força maior ou caso fortuito, conforme definido em lei, desde que devidamente comprovados.

Cláusula 15 – Foro

Fica eleito o foro da cidade de [cidade/UF] para dirimir quaisquer dúvidas ou conflitos decorrentes deste contrato, com renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

E por estarem de acordo, firmam o presente contrato em [número] vias de igual teor e forma, para produzir seus efeitos legais.

Conclusão

O Coworking médico é uma solução moderna, flexível e econômica para muitos profissionais da saúde, especialmente em início de carreira, mas como toda relação comercial, deve ser bem ajustada e juridicamente prudente, para evitar dores de cabeça.

O texto continua após o vídeo.

O contrato é o coração dessa relação e ele deverá estabelecer todos os critérios mínimos, como prazos, forma de pagamento, responsabilidade, penalidades, entre outros.

Então não vale a pena tratar o contrato como detalhe. Quanto mais claro, objetivo e bem feito, mais tranquilo você, médico, irá trabalhar, por isso é essencial contar sempre com uma assessoria jurídica especializada, que entenda bem a realidade médica e hospitalar e esteja sempre pronta para lhe dar suporte quando necessário.

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Autorização de Residência: o que é, tipos e como solicitar https://koetz.digital/modalidades-de-autorizacao-de-residencia-com-prazo-determinado/ https://koetz.digital/modalidades-de-autorizacao-de-residencia-com-prazo-determinado/#comments Fri, 08 Aug 2025 15:00:03 +0000 https://koetz.digital/?p=34131 O Brasil vem recebendo, historicamente, estrangeiros de diversos países. Além disso, o Brasil é reconhecido como um país pacífico, que permanece longe de conflitos, possui uma variedade de recursos naturais e vem crescendo cada vez mais em oportunidades de negócios e aumentando a qualidade de vida. Sendo assim, mais recentemente, o país tem chamado a… Autorização de Residência: o que é, tipos e como solicitar

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O Brasil vem recebendo, historicamente, estrangeiros de diversos países. Além disso, o Brasil é reconhecido como um país pacífico, que permanece longe de conflitos, possui uma variedade de recursos naturais e vem crescendo cada vez mais em oportunidades de negócios e aumentando a qualidade de vida. Sendo assim, mais recentemente, o país tem chamado a atenção de estrangeiros interessados em trabalhar, morar, estudar ou até mesmo investir em território nacional. Entretanto, para aqueles que desejam fixar moradia no Brasil, a solicitação da autorização de residência é indispensável, para que não exista riscos do estrangeiro permanecer ilegalmente no país.

Neste texto, explico o que é a autorização de residência, quais os seus tipos, os requisitos para realizar o pedido e como funciona o processo de solicitação às autoridades brasileiras.

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O que é autorização de residência?

A autorização de residência é o ato administrativo emitido pelo Governo Brasileiro que permite a um estrangeiro permanecer no Brasil por um período determinado ou indeterminado, com objetivos específicos, como trabalho, estudo, investimento, reunião familiar, entre outros.

Ela garante ao estrangeiro a permanência regular no país, respeitando os prazos e condições estabelecidos pela legislação migratória brasileira, e pode, dependendo da modalidade, ser convertida em residência permanente ou abrir caminho para a naturalização brasileira no futuro, caso seja o desejo do estrangeiro.

Quais os requisitos para residência no Brasil?

Os requisitos variam conforme o tipo de autorização solicitada, mas, de forma geral, incluem:

  • Passaporte válido;
  • Formulário de solicitação preenchido;
  • Comprovante de pagamento de taxas;
  • Documentos específicos conforme a categoria migratória;
  • Certidões de antecedentes criminais do país de origem e do Brasil;
  • Comprovação de meios de subsistência ou vínculo no Brasil (emprego, investimento, vínculo familiar, matrícula escolar, etc.).

Aliás, recomendo o acompanhamento de um advogado especializado em Direito Internacional, para orientar na escolha da modalidade mais adequada e evitar negativas ou atrasos no processo. Somente um profissional vai saber exatamente as leis brasileiras, os documentos que você precisa apresentar, além de organizar todo o procedimento. 

O texto continua após o infográfico.

Imagem sobre como solicitar residência sendo do Mercosul no Brasil, dividida em duas partes, uma para quem ainda está fora do Brasil e outra para quem já está no país. Assim, segue o texto explicativo: O Acordo do Mercosul facilita a residência no Brasil para cidadãos dos países membros. Está fora do Brasil? Essas são as regras para o visto! Documentos de Identificação: RG, Passaporte ou Certidão de Nascimento. Comprovante de Residência: Comprovante de endereço atualizado no país onde reside atualmente. Requerimento Preenchido: Preencha o formulário próprio de solicitação, disponível online ou nos postos de atendimento. Certidão de Antecedentes Criminais: Emitida no país de origem ou de residência dos últimos cinco anos. Comprovante de Pagamento de Taxas: Realize o pagamento das taxas relacionadas ao pedido de visto. Outros Documentos: Alguns casos podem exigir documentos complementares, como declaração de renda ou contrato de trabalho. Já está dentro do Brasil? Essas são as regras para a autorização de residência: Documentos de Identificação: RG, Passaporte ou Certidão de Nascimento. Comprovante de Residência: Comprovante de endereço atualizado no Brasil Requerimento Preenchido: Preencha o formulário próprio de solicitação, disponível online ou nos postos de atendimento. Certidão de Antecedentes Criminais: Emitida no país de origem ou de residência dos últimos cinco anos. Comprovante de Pagamento de Taxas: Realize o pagamento das taxas relacionadas ao pedido de visto. Outros Documentos: Alguns casos podem exigir documentos complementares, como declaração de renda ou contrato de trabalho.

 

Quais os tipos de autorização de residência no Brasil?

A legislação brasileira prevê diferentes categorias de autorização de residência, conforme o interesse ou situação do estrangeiro. As mais comuns são:

  • Residência por trabalho: para estrangeiros contratados por empresas brasileiras ou transferidos por multinacionais;
  • Residência por investimento: para quem realiza investimentos no Brasil, seja em empresa, imóveis ou startups;
  • Residência por reunião familiar: concedida para cônjuges, filhos ou parentes próximos de brasileiros, ou de estrangeiros residentes;
  • Residência para aposentados: para estrangeiros aposentados que comprovem renda mensal suficiente;
  • Residência para estudo ou pesquisa: válida para estudantes matriculados em instituições brasileiras reconhecidas;
  • Residência humanitária ou por refúgio: para pessoas em situações de risco ou vulnerabilidade;
  • Residência para tratamento de saúde;
  • Residência com base em acordos internacionais: como os firmados entre o Brasil e países do Mercosul.

Cada tipo possui critérios e prazos específicos, sendo essencial escolher a modalidade adequada para o perfil do solicitante.

Como pedir autorização de residência no Brasil?

Para você pedir a autorização de residência, saiba que a solicitação pode ser feita dentro ou fora do Brasil, dependendo do tipo de autorização desejada.

Onde solicitar a autorização de residência?

  • No exterior: junto aos consulados brasileiros no país de origem, para vistos de residência;
  • No Brasil: diretamente na Polícia Federal, por meio de agendamento prévio pelo sistema eletrônico MigranteWeb, ou via Ministério da Justiça, em situações específicas.

O texto continua após infográfico.

A imagem traz informações de como solicitar sua residência no Brasil. 1º Compareça à Polícia Federal ou Consulado: se você está no Brasil, vá até a Polícia Federal. Caso esteja no exterior, compareça ao Consulado Brasileiro mais próximo com sua documentação. 2º Quais são os documentos necessários para solicitar a residência? Reúna e leve todos os documentos listados a seguir para iniciar o processo: 1 Foto 3x4 (recente, colorida, fundo branco); Formulário preenchido; Passaporte válido ou carteira de identidade para comprovar sua identidade e nacionalidade; Certidão de nascimento, comprovação de estado civil e certificado de nacionalização, se for o caso; Certificado de antecedentes judiciais e penais emitido no Brasil; Comprovantes de pagamento das taxas.

Quais os documentos para solicitar a autorização de residência?

A lista de documentos varia conforme a modalidade, mas, em geral, são exigidos:

  • Formulário de solicitação;
  • Passaporte válido;
  • Certidões de antecedentes criminais;
  • Comprovante de endereço no Brasil;
  • Comprovantes do motivo da residência (contrato de trabalho, certidão de casamento, documento de matrícula, etc.);
  • Comprovante de pagamento da taxa (GRU).

Documentos emitidos no exterior devem ser legalizados por Apostila de Haia ou pelo consulado brasileiro e traduzidos por tradutor juramentado no Brasil.

Quanto tempo leva para obter a residência no Brasil?

O prazo de análise depende da modalidade e do local onde o pedido é protocolado:

  • Em média, 30 a 90 dias para solicitações à Polícia Federal;
  • Até 180 dias para processos no Ministério da Justiça.

Em Consulados, o prazo pode variar conforme a unidade e o tipo de visto/residência solicitado.

Qual é o custo para residência?

O valor da taxa federal para autorização de residência no Brasil atualmente varia segundo a modalidade:

  • R$ 168,13 para maioria dos pedidos à Polícia Federal;
  • Valor diferenciado para algumas categorias (residência por refúgio, por exemplo, é isenta de taxa).

Além disso, podem ocorrer custos adicionais com tradução juramentada, legalização de documentos e honorários advocatícios, quando aplicável.

Perguntas frequentes

Agora, nos anos que venho atuando no Direito Internacional, sempre recebo dúvidas frequentes de estrangeiros que desejam a autorização de residência no Brasil, mas ainda não sabem quais passos tomar. Pesando nisso, separei as principais perguntas e espero poder auxiliar na busca pela solicitação. Acompanhe!

A autorização de residência me dá direito a trabalhar no Brasil?

Depende da modalidade. Residências por trabalho, por reunião familiar e por investimento permitem geralmente o exercício de atividade remunerada no Brasil. Já autorizações para estudo ou tratamento de saúde, por exemplo, podem ter restrições específicas.

A autorização de residência me dá direito a estudar no Brasil?

Residentes podem se matricular em instituições de ensino públicas ou privadas, se atendarem aos critérios acadêmicos exigidos. Inclusive, há vagas específicas para estrangeiros em universidades públicas brasileiras.

A autorização de residência me dá direito a trazer minha família para o Brasil?

Sim. Em muitas modalidades, como residência por trabalho, por investimento ou para estudantes de longa duração, é possível solicitar reunião familiar, permitindo que cônjuges, filhos e, em alguns casos, outros dependentes venham morar legalmente no Brasil.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre o chamante e o chamado na reunião familiar. 1. O que é o visto de reunião familiar? Um documento que pode permitir* a entrada de familiares de brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, com o objetivo de reunir famílias separadas. *Você ainda terá que passar por trâmites de imigração. Mas o visto é o primeiro passo para entrar no Brasil. 2. Chamante e Chamado: Quem é quem? Chamante: Pessoa residente no Brasil (brasileiro ou estrangeiro com residência regular). Responsável por “chamar” o familiar e ser a base do pedido do visto. Chamado: Pessoa fora do Brasil que solicita o visto para vir ao país. Precisa comprovar vínculo com o chamante (parentesco, casamento, etc.). 3. Requisitos e responsabilidades do Chamante: Situação migratória regular. Apresentar documentos que comprovem a relação com o chamado. Manter sua própria residência regular no Brasil. 4. Direitos e deveres do Chamado: Solicitar o visto no consulado brasileiro. Apresentar provas de vínculo e documentos exigidos. Após entrada no Brasil, requerer emissão da CRNM (Carteira de Registro Nacional Migratório). 5. Relação Chamante-Chamado: O vínculo entre chamante e chamado deve ser mantido. Encerramento da relação ou irregularidade do chamante pode impactar o visto ou autorização de residência. 6. Duração do Visto: Temporário, válido por 1 ano. Pode ser convertido em autorização de residência. 7. Precisa de ajuda? Um advogado migratório pode ser fundamental para organizar documentos e evitar erros no processo.

Como posso renovar minha autorização de residência?

A renovação deve ser solicitada antes do vencimento da autorização vigente, à Polícia Federal, apresentando:

  • Documento de identidade de estrangeiro (CRNM), o antigo RNE;
  • Comprovantes atualizados que justifiquem a prorrogação (contrato de trabalho, matrícula, certidão de casamento, etc.);
  • Certidões negativas criminais;
  • Comprovante de pagamento da taxa.

O prazo para renovação e a documentação variam conforme a modalidade da residência.

Posso solicitar a naturalização brasileira com a autorização de residência?

Sim. Após um período de residência legal e ininterrupta no Brasil (que varia de 1 a 4 anos, dependendo do caso), você pode solicitar a naturalização brasileira, desde que atendidos os requisitos legais, como:

  • Capacidade de se comunicar em português (conforme a situação do estrangeiro);
  • Ausência de antecedentes criminais;
  • Comprovação de integração social e econômica no país.

Esse processo é realizado no Ministério da Justiça e Segurança Pública. E lembre-se que o Ministério da Justiça não aceita pedidos consecutivos de pedido de naturalização. Portanto, te aconselho a reunir todos os documentos de forma organizada e verificar que sua solicitação está completa. O auxílio de um advogado especializado pode ser a chave para maior tranquilidade. 

Conclusão

O Brasil é um país acolhedor e cheio de oportunidades para estrangeiros que desejam viver, investir ou empreender em seu território. Com regras claras e diversas modalidades de autorização de residência, o país oferece caminhos acessíveis para diferentes perfis de estrangeiros.

Além disso, o Brasil mantém seu histórico de acolher estrangeiros do mundo todo e, vem, por meio da Lei da Migração de 2017, assegurando direitos importantes para aqueles que querem chamar o país de novo lar.

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O que é refúgio, para quais países o Brasil oferece e como pedir https://koetz.digital/refugio/ https://koetz.digital/refugio/#respond Wed, 06 Aug 2025 15:00:22 +0000 https://koetz.digital/?p=49854 O refúgio é um direito garantido a pessoas que se encontram em situação de risco em seus países de origem, sejam perseguidas por questões políticas, religiosas, étnicas ou por conflitos armados. No Brasil, a concessão de refúgio é regulamentada pela Lei n.º 9.474/1997, que define os critérios e procedimentos para acolhimento de refugiados no território… O que é refúgio, para quais países o Brasil oferece e como pedir

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O refúgio é um direito garantido a pessoas que se encontram em situação de risco em seus países de origem, sejam perseguidas por questões políticas, religiosas, étnicas ou por conflitos armados. No Brasil, a concessão de refúgio é regulamentada pela Lei n.º 9.474/1997, que define os critérios e procedimentos para acolhimento de refugiados no território nacional.

Neste texto, você vai entender o que significa refúgio, qual a diferença entre refugiado e imigrante, quais países têm maior acolhimento e como solicitar proteção no Brasil.

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O que significa refúgio?

Refúgio significa uma proteção concedida por um país a estrangeiros que não podem ou não querem retornar ao seu país de origem devido a temores reais de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou pertencimento a determinado grupo social.

Também podem solicitar refúgio pessoas forçadas a deixar seu país em função de conflitos armados, violência generalizada ou violação massiva de direitos humanos.

A condição de refugiado garante a essas pessoas o direito de permanecer em segurança em outro país, sem o risco de deportação ou devolução ao local onde suas vidas, ou liberdades estariam ameaçadas.

O que são refugiados?

Refugiados são indivíduos que, em razão dos motivos citados — perseguição, violência ou conflito —, buscam proteção fora de seu país de origem e obtêm reconhecimento dessa condição pelo Estado que os acolhe ou por entidades internacionais, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Além do direito de permanecer no país de acolhida, os refugiados podem acessar serviços públicos de saúde, educação, trabalho formal e documentação oficial de identidade.

Qual a diferença entre refugiados e imigrantes?

Embora os termos sejam comumente confundidos, refugiados e imigrantes são conceitos distintos no Direito Internacional. Portanto, vou explicar de forma clara e objetiva para que você não tenha mais dúvidas. Acompanhe:

Refugiado:

  • Deixa seu país por necessidade;
  • Fugindo de perseguições;
  • Guerras ou graves violações de direitos humanos;
  • Tem proteção jurídica internacional e direito de não ser devolvido ao país de origem.

Já o imigrante: decide deixar seu país de forma voluntária, em busca de melhores condições de vida, trabalho ou estudo, sem, necessariamente, estar em situação de risco iminente.

Portanto, enquanto a imigração é um movimento voluntário, o refúgio ocorre por força de circunstâncias extremas.

Qual o país que acolhe mais refugiados?

Segundo o relatório mais recente do ACNUR (2024), o país que mais acolhe refugiados no mundo é a Turquia, com mais de 3,4 milhões de pessoas refugiadas, em especial, vindas da Síria. Outros países que estão entre os maiores acolhedores são:

  • Colômbia;
  • Alemanha;
  • Paquistão;
  • Uganda.

O Brasil também tem se destacado no cenário internacional pela sua política humanitária de proteção a refugiados, especialmente após os recentes fluxos migratórios de haitianos, venezuelanos, sírios e afegãos.

Além disso, com a Lei da Migração de 2017, que substituiu o Estatuto do Estrangeiro, o Brasil passou a assegurar direitos aos imigrantes, principalmente refugiados, se pautando diretamente nos direitos humanos.

Após uma série de eventos mundiais recentes, o Brasil adquiriu ainda mais destaque no cenário mundial de países que oferecem refúgio, se alçando a um patamar de real possibilidade para os que desejam e necessitam de refúgio. Inclusive no caráter cultural de acolhimento, pelo qual o país é, inclusive, reconhecido internacionalmente.

Para quais países o Brasil oferece refúgio?

Na prática, o Brasil não oferece refúgio para outros países, mas concede refúgio a nacionais de países que enfrentam crises humanitárias, políticas ou de segurança.

Atualmente, o Brasil reconhece oficialmente situações de grave violação de direitos humanos em algumas nacionalidades específicas, facilitando a solicitação de refúgio a esses grupos. Entre os principais países cujos cidadãos buscam proteção no Brasil, destacam-se:

Haiti

Desde o terremoto de 2010, o Brasil passou a receber um número expressivo de haitianos, inicialmente por meio de vistos humanitários e, posteriormente, por meio de solicitações formais de refúgio. A situação de instabilidade política e social persistente no Haiti mantém o país como uma das principais origens de solicitantes de refúgio no Brasil.

Venezuela

Devido à grave crise econômica, social e política que afeta a Venezuela desde 2014, o Brasil passou a receber milhares de venezuelanos, reconhecendo a condição de grave violação de direitos humanos no país. Em 2019, o Brasil passou a conceder refúgio coletivo a nacionais venezuelanos, facilitando o processo de proteção.

Síria

Em razão da guerra civil iniciada em 2011, a Síria permanece entre os países de origem de refugiados acolhidos pelo Brasil. O país oferece formas facilitadas para sírios solicitarem refúgio e acesso a serviços públicos.

Afeganistão

Após a retomada do poder pelo Talibã em 2021 e as graves violações de direito relatadas, o Brasil também passou a conceder refúgio e autorizações de residência humanitária para afegãos em situação de risco.

Como solicitar refúgio no Brasil?

O pedido de refúgio no Brasil pode ser feito de forma gratuita e é analisado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), vinculado ao Ministério da Justiça. Veja o passo a passo para solicitar aprovação do pedido:

  • Preenchimento do formulário eletrônico de solicitação de refúgio pelo site Sisconare;
  • Agendamento na Polícia Federal para comparecimento presencial, onde será entregue a documentação e feita a coleta de dados biométricos;
  • Recebimento do Protocolo de Solicitação de Refúgio, documento provisório que autoriza a permanência legal no Brasil até o julgamento do pedido;
  • Entrevista individual com equipe do CONARE para detalhamento dos motivos da solicitação;
  • Análise e decisão sobre o pedido de refúgio.

Durante o processo, o solicitante pode trabalhar, estudar e acessar serviços públicos no Brasil. Ou seja, possibilitando uma verdadeira imersão cultural no país, essencial para os que desejam usufruir desse instrumento de ajuda humanitária e gerando um sentimento de pertencimento para aquele que necessitou realizar, pelos mais diversos motivos, o procedimento de solicitação de refúgio.

Conclusão

O refúgio é um direito essencial para proteger pessoas que enfrentam perseguição, conflitos e graves violações de direitos humanos em seus países de origem. O Brasil, por meio de sua legislação humanitária, oferece proteção e acolhida a cidadãos de diversas nacionalidades, como haitianos, venezuelanos, sírios e afegãos.

Entender o conceito de refúgio, suas diferenças em relação à imigração e os procedimentos para solicitar proteção no Brasil é fundamental para quem se encontra em situação de risco ou deseja atuar na defesa de direitos humanos do modo mais amplo e inclusivo possível.

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Responsabilidade civil do médico: o que é e qual a importância? https://koetz.digital/responsabilidade-civil-do-medico/ https://koetz.digital/responsabilidade-civil-do-medico/#respond Wed, 06 Aug 2025 11:37:58 +0000 https://koetz.digital/?p=51016   A medicina é uma profissão de grande relevância. O médico lida com vidas, saúde, doenças, medos e expectativas. Exatamente por isso, as decisões do profissional de medicina geram sérios impactos, sejam positivos ou, eventualmente, negativos. Por isso, você, médico sabe que a profissão muitas das vezes vai além da consulta, da receita, exames ou… Responsabilidade civil do médico: o que é e qual a importância?

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A medicina é uma profissão de grande relevância. O médico lida com vidas, saúde, doenças, medos e expectativas. Exatamente por isso, as decisões do profissional de medicina geram sérios impactos, sejam positivos ou, eventualmente, negativos. Por isso, você, médico sabe que a profissão muitas das vezes vai além da consulta, da receita, exames ou plantão puxado. A responsabilidade é imensa, pois o médico lida diariamente com vidas. Por existir essa grande responsabilidade é que entra em cena um termo que comumente pode assustar muitos profissionais da medicina, mas que apesar do receio, é importante que seja compreendido. A Responsabilidade Civil do Médico.

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Qual é a responsabilidade civil do médico?

O termo responsabilidade civil é um termo jurídico. Portanto, não deve ser jamais entendido como o ato de agir com responsabilidade.

Em resumo, a responsabilidade civil do médico é a obrigação de reparar um dano causado em razão da profissão, desde que haja conduta considerada inadequada.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre a responsabilidade civil do médico. Título: Responsabilidade civil do médico: entenda como funciona e como se proteger! Descubra o que é, quando se aplica e quais cuidados podem evitar ações judiciais na sua carreira. Seção 1: O QUE É A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO? É a obrigação de reparar um dano causado no exercício da profissão, se houver conduta considerada inadequada; Não depende, necessariamente, de má-fé ou intenção de causar prejuízo; Pode gerar dever de indenizar danos morais, estéticos ou materiais; Para existir, exige conduta culposa, dano comprovado e nexo causal entre a conduta e o dano; É de natureza subjetiva, o médico tem pleno direito à defesa. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! Se não houve intenção, não existe responsabilidade civil.” Mesmo sem má-fé, condutas imprudentes, negligentes ou imperitas podem gerar responsabilidade. “O paciente precisa provar tudo sozinho.” O prontuário, exames e registros médicos são provas fundamentais e podem ajudar ou prejudicar o médico. “Só erros graves geram responsabilidade civil.” Pequenas falhas com consequências relevantes para o paciente também podem motivar processos. “É só prometer resultado para o paciente que ele vai confiar mais.” Promessas de resultado podem ser usadas contra o médico em caso de complicações. “Se o paciente assinou um termo, estou 100% protegido.” O consentimento informado é essencial, mas não substitui a boa prática médica e o cuidado técnico. Seção 3: COMO EVITAR A RESPONSABILIDADE CIVIL? Registre tudo no prontuário, de forma técnica, clara e cronológica; Sempre colha consentimento esclarecido por escrito, explicando, riscos e limites do procedimento; Mantenha comunicação empática e respeitosa com paciente e familiares; Siga protocolos e recomendações médicas reconhecidas; Nunca prometa resultados, explique riscos e incertezas; Busque apoio jurídico preventivo para orientações específicas. Seção 4: E SE VOCÊ FOR ACIONADO JUDICIALMENTE? Procure imediatamente um advogado especializado em Direito Médico; Apresente toda a documentação, incluindo prontuário, exames, consentimentos e registros; Um prontuário bem elaborado é a principal linha de defesa; Prevenção é mais eficiente e econômica do que reagir a um processo; Ter assessoria jurídica constante aumenta a segurança e tranquilidade no exercício da medicina. Lembre-se que procurar uma assistência jurídica especializada não é luxo e, sim, uma proteção estratégica. Não deixe para depois!

Essa responsabilidade não tem, necessariamente, relação com a intenção de causar dano. Muitas das vezes a responsabilidade civil do médico pode ser acionada mesmo quando não há má-fé ou intenção, bastando um prejuízo/dano e uma postura considerada imprudente ou inapropriada.

A Responsabilidade Civil envolve, normalmente, o dever de reparar (indenizar) os danos causados, sejam estes danos morais, estéticos ou materiais.

O texto continua após o vídeo.

A responsabilidade civil do médico é objetiva ou subjetiva?

Para responder essa pergunta, primeiramente precisamos explicar o que é a responsabilidade civil objetiva e subjetiva.

Em suma, a responsabilidade subjetiva depende de uma conduta ao menos culposa, ou seja, praticada sem o atendimento do dever de cuidado. No caso do médico, a responsabilidade objetiva ocorreria em caso de danos a pacientes acometidos por ato médico realizado com imprudência, negligência ou imperícia.

A responsabilidade civil objetiva não depende de ato com inobservância do dever de cuidado. Ao contrário, a simples existência de uma conduta e um dano já geraria o dever de indenizar.

No caso do médico, então, qual seria o tipo de responsabilidade civil? Essa pergunta é respondida com uma outra simples pergunta:

Seria justo você, médico, ser responsabilizado por um desfecho negativo em um procedimento de alto risco, mesmo quando seguiu todos os protocolos, técnicas e condutas previstas na literatura médica?

Não, não seria. E o Direito concorda. É exatamente por isso que para o médico ser responsabilizado por danos causados ao paciente, é necessário que tenha deixado de observar o dever de cuidado, agindo com imprudência, negligência ou imperícia. Portanto, a responsabilidade civil do médico é subjetiva.

Qual é a regra geral de responsabilidade civil do médico?

Na verdade, existe a comprovação de culpa do médico, seja por negligência, imprudência ou imperícia, para que o profissional, seja, de fato, responsabilizado. Entretanto, a responsabilidade civil do médico tem um teor subjetivo, além dele possuir total direito à defesa.

A imagem mostra um banner do Medic Safe, assistência jurídica para médicos. Com um botão do WhatsApp.

Quais são as bases da responsabilidade civil dos profissionais de saúde?

Para existir a responsabilidade civil do médico, que, como vimos, é subjetiva, é necessário que estejam presentes três requisitos essenciais na conduta do médico:

  • Conduta culposa: o médico precisa ter agido sem observar o dever básico de cuidado, ou seja, ter agido com negligência, imprudência ou imperícia;
  • Dano causado: o paciente deve ter sofrido um prejuízo ou dano, seja este físico, moral, financeiro, estético, etc;
  • Nexo causal (relação): o dano causado precisa ter relação direta com a conduta do médico.

Dito isso, para o médico poder eventualmente ser responsabilizado civilmente, é imprescindível que haja todos esses requisitos juntos. Ou seja, se um desses três não existir, não há responsabilidade civil.

Exemplo: Se houve dano, mas o médico agiu dentro da boa prática da medicina (ou seja, sem ter uma conduta culposa) e o dano decorreu de uma reação imprevisível, não há como se falar em responsabilidade civil.

Em suma, o médico precisa ter uma conduta culposa e como consequência dessa consulta gerar um dano, para haver a responsabilização civil do profissional da medicina.

O texto continua após o vídeo.

Qual é a importância da responsabilidade civil?

A responsabilidade civil, como um conceito jurídico, é importante para os dois lados. Para o paciente é uma forma de garantir uma reparação em caso de erro cometido por um profissional da saúde. Para o médico é uma forma de atuar com consciência de que suas ações têm efeitos jurídicos relevantes.

Por isso é de suma importância que o médico conheça as nuances da Responsabilidade Civil, pois este conhecimento pode ser relevante para evitar processos, documentar melhor procedimentos, ter um maior aproveitamento técnico do prontuário médico e mais segurança na sua atuação.

Podendo, assim, se posicionar com melhor tranquilidade em situações delicadas, pois sabendo as bases da Responsabilidade Civil, saberá como agir de maneira segura.

O texto continua após o vídeo.

O que exclui a responsabilidade civil do médico?

Nem todo desfecho significa que o médico deve ser responsabilidade judicialmente. Muitas situações excluem a responsabilidade. Em suma, não há de se falar em responsabilidade civil do médico quando:

  • Não há culpa, ou seja, o médico agiu dentro da literatura médica validade e atendendo aos procedimentos técnicos, éticos, de boas práticas na medicina;
  • Quando o dano ocorreu por fato imprevisível ou inevitável
  • Quando o paciente causou o próprio dano, desrespeitando orientações médicas, ocultando informações ou agindo de maneira arriscada com a própria saúde.
  • Quando não existe nexo causal, ou seja, o dano não tem relação direta com o que o médico fez ou deixou de fazer.

Resumindo, o médico não garante e nem pode garantir a cura, sucesso em tratamento ou êxito em cirurgias. A medicina é uma atividade de meio, não de fim.

Se você seguir as práticas éticas, técnicas e procedimentais, tratar o paciente e seus familiares com dignidade e civilidade, minimizará bastante o risco de responsabilidade civil por dano.

O texto continua após o vídeo.

Como praticar a responsabilidade civil no atendimento?

Muitas práticas do dia a dia podem mitigar enormemente o risco de ações judiciais na esfera civil, como:

  • Prontuário bem feito: o registro correto, técnico e minucioso das condutas adotadas, prescrições, exames, dentre outros, pode proteger o profissional contra acusações levianas
  • Consentimento esclarecido: explicação clara, consciente, preferencialmente com assinatura do paciente ou do familiar (em caso de incapacidade do paciente) é essencial para a segurança do médico e pode evitar a responsabilidade civil
  • Comunicação humana: parece básico, mas é importante tratar o paciente e sua família com civilidade, entendendo que passam por uma situação delicada e muitas das vezes estão assustados.
  • Evitar prometer resultado: medicina não é exatidão. O paciente precisa entender dos riscos e das incertezas.

Além disso, o médico deve sempre seguir as práticas da literatura médica, procedimentos operacionais padrões dos Hospitais ou instituições de saúde e agir com a cautela necessária a quem cuida de vidas.

O texto continua após as imagens.

Qual é a diferença entre responsabilidade civil e responsabilidade penal?

A confusão é comum, mas as diferenças são grandes. Na Responsabilidade civil, o paciente buscará responsabilizar o médico por uma má conduta e tentará obter do médico uma indenização ou compensação financeira, como dano moral, dano material ou dano estético.

Por outro lado, na Responsabilidade Penal, o Ministério Público ou a Polícia vão investigarão um crime cometido pelo médico e, se provado o crime, poderá gerar pena de prisão ao profissional da Medicina. O médico pode ser responsabilizado tanto por condutas dolosas (com intenção), o que é mais raro, mas principalmente por condutas culposas (sem intenção, mas agiu com imprudência, imperícia ou negligência).

O texto continua após o vídeo.

Importante entender que processos diferentes sobre o mesmo fato podem caminhar ao mesmo tempo, nas duas áreas, ou seja, um médico pode responder criminalmente pela conduta e também, ao mesmo tempo, o paciente pode requerer indenização na área cível. 

Conclusão

A responsabilidade Civil é um tema que à primeira vista assusta, mas não precisa ser assim. Quando o médico entende como funciona, quais as bases e os limites, estará preparado para atuar dentro do juridicamente esperado e poderá enxergar o atendimento de forma mais completa.

Isso não tira a humanidade da medicina, ao contrário! Ajuda a garantir que o profissional atue com civilidade, proteção e respaldo.

Não é nem nunca será sobre sempre acertar. Isso ninguém consegue. É sobre documentar direito, ser humano, agir com responsabilidade e se proteger.

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Asilo político: o que é, quais são os tipos e como solicitar? https://koetz.digital/refugiado-imigrante-e-asilado-quais-as-diferencas/ https://koetz.digital/refugiado-imigrante-e-asilado-quais-as-diferencas/#respond Mon, 04 Aug 2025 15:00:55 +0000 https://koetz.digital/?p=19492 O asilo político é um tema de grande relevância no cenário internacional, especialmente em tempos de instabilidade política, perseguições e violações de direitos humanos em diversos países. Muitas pessoas se veem obrigadas a deixar seu país de origem em busca de proteção e segurança em outras nações. Mas você sabe exatamente o que é o… Asilo político: o que é, quais são os tipos e como solicitar?

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O asilo político é um tema de grande relevância no cenário internacional, especialmente em tempos de instabilidade política, perseguições e violações de direitos humanos em diversos países. Muitas pessoas se veem obrigadas a deixar seu país de origem em busca de proteção e segurança em outras nações. Mas você sabe exatamente o que é o asilo político, quem tem direito a ele e como funciona o processo para realizar a solicitação? Além disso, qual é a diferença entre refugiado, imigrante e asilado? Você sabe?

Neste texto, explico todos os detalhes sobre esse importante instituto do Direito Internacional e espero solucionar suas dúvidas, principalmente se você se está pensando em sair do seu país de origem. Acompanhe!

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O que é asilo político?

O asilo político é uma forma de proteção concedida por um Estado a estrangeiros perseguidos em seu país de origem por razões políticas, ideológicas, religiosas, étnicas ou relacionadas à defesa de direitos humanos.

Ou seja, é uma medida humanitária que permite ao solicitante a possibilidade de permanecer em outro país com proteção legal, impedindo sua extradição ou deportação para outro local.

Até porque, a maioria das pessoas em situação de risco, buscam por novo lar em outro país e precisam ter a certeza que serão bem-vindas e protegidas.

Qual é o conceito de asilo político?

De acordo com o Direito Internacional, o conceito do asilo político se refere ao ato pelo qual um Estado oferece proteção a um estrangeiro perseguido por motivos políticos, ideológicos ou por exercer atividades que contrariem as autoridades de seu país de origem.

Essa proteção pode ser concedida dentro do território do Estado (asilo territorial) ou em suas missões diplomáticas, como em Embaixadas e Consulados (asilo diplomático).

O asilo é fundamentado em tratados internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. 14) e a Convenção de Caracas de 1954 para os países americanos.

Qual a diferença entre refugiado, imigrante e asilado?

É comum confundir os conceitos de refugiado, imigrante e asilado, mas cada condição possui características e implicações jurídicas específicas. Entenda agora, as diferenças e em qual categoria você pode estar:

  • Refugiado: pessoa que foge de seu país de origem devido a perseguições políticas, religiosas, étnicas ou conflitos armados generalizados e busca proteção em outro país;
  • Imigrante: pessoa que se muda para outro país de forma voluntária, geralmente por motivos econômicos, familiares ou educacionais, sem necessariamente sofrer perseguição;
  • Asilado político: estrangeiro que solicita proteção a outro país por sofrer perseguição política direta, obtendo a concessão formal do asilo.

Embora semelhantes, essas situações possuem procedimentos, direitos e restrições legais diferentes.

Quais são os tipos de asilo?

Conforme o Direito Internacional, os tipos de asilo reconhecidos são dois tipos principais:

  • Asilo territorial: concedido quando o indivíduo já se encontra dentro do território do país que oferece proteção. Nesse caso, a pessoa pode permanecer legalmente no país asilante. Ou seja, aquele que o recebeu;
  • Asilo diplomático: concedido quando a pessoa busca refúgio em uma Embaixada ou Consulado estrangeiro, localizado em seu país de origem, enquanto aguarda a negociação para sua saída e transferência ao país que o vai acolher.

Alguns países adotam somente o asilo territorial, enquanto outros, como o Brasil e nações latino-americanas, reconhecem também o asilo diplomático, previsto na Convenção de Caracas de 1954.

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Quem tem direito a asilo político?

Quem tem direito ao asilo político, no geral, são quaisquer pessoas que sofram perseguição por:

  • Opiniões políticas ou ideológicas;
  • Atividades de oposição a regimes autoritários;
  • Defesa de direitos humanos e liberdades civis;
  • Crença religiosa ou origem étnica, quando associadas a perseguição política.

A concessão do asilo depende de análise criteriosa das alegações apresentadas pelo solicitante e da comprovação de risco iminente à integridade física, liberdade ou vida no país de origem.

Como funciona o asilo político?

O asilo político funciona como uma proteção jurídica oferecida por um Estado soberano, que se compromete a não extraditar nem deportar o asilado de volta ao país onde ele sofre perseguição.

Uma vez aceito o pedido de asilo:

  • O asilado passa a ter direito de residência no país;
  • Pode obter documento de identidade e, em alguns casos, autorização para trabalhar;
  • Recebe proteção contra perseguições políticas e risco de extradição.

O procedimento de concessão varia conforme a legislação de cada país, mas envolve geralmente a apresentação de um pedido formal, análise de documentação e entrevista com as autoridades migratórias.

Asilo político, como solicitar?

O processo de solicitação de asilo político costuma podem ser solicitado de duas maneiras:

  • Dentro do país estrangeiro: o solicitante deve procurar as autoridades de imigração e formalizar o pedido, apresentando documentos e relatando as razões da perseguição;
  • Em uma Embaixada ou consulado estrangeiro no país de origem: quando não é possível deixar o território nacional, o indivíduo pode buscar proteção diplomática.

No Brasil, o pedido deve ser feito à Polícia Federal ou à embaixada brasileira no exterior, com o envio de:

  • Documento de identidade;
  • Relato escrito dos motivos de perseguição;
  • Comprovação de ameaça à integridade ou liberdade;
  • Declaração de impossibilidade de retorno ao país de origem.

O processo é sigiloso e analisado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que decide sobre a concessão.

Principais exemplos de asilo político

Dalai Lama

O líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, solicitou asilo político à Índia em 1959, após uma revolta fracassada contra o governo chinês. Desde então, vive exilado na Índia, mantendo a luta pacífica pela autonomia do Tibete.

Julian Assange

Fundador do WikiLeaks, Julian Assange enfrentou acusações de espionagem e abuso sexual, além de perseguição por vazar documentos confidenciais dos Estados Unidos. Em 2012, Assange obteve asilo na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu por sete anos.

Edward Snowden

O ex-analista da NSA, Edward Snowden, expôs o sistema de vigilância global dos EUA e buscou asilo político para evitar extradição. Inicialmente abrigado na Rússia, Snowden permanece no país sob proteção humanitária.

Caso de asilo político no Brasil

Cesare Battisti:

O caso de Cesare Battisti, ex-integrante de um grupo armado italiano, tornou-se notório no Brasil. Condenado na Itália por homicídios políticos, Battisti obteve asilo político no Brasil em 2009, sob alegação de perseguição política. Anos depois, o status foi revogado, e ele foi extraditado em 2019.

Conclusão

O asilo político é uma ferramenta fundamental de proteção internacional contra perseguições e regimes autoritários. Apesar de suas implicações políticas e diplomáticas, ele representa a defesa dos direitos humanos e da liberdade individual. 

Entender o conceito, os tipos e as regras para sua concessão é essencial para quem acompanha questões migratórias ou necessita buscar proteção fora de seu país. Agora, você sabe a diferença entre refugiado, imigrante e asilado e pode tomar decisões, caso necessite.

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Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? https://koetz.digital/defesa-no-conselho-regional-de-medicina/ https://koetz.digital/defesa-no-conselho-regional-de-medicina/#respond Fri, 01 Aug 2025 15:01:11 +0000 https://koetz.digital/?p=50998 O Conselho Regional de Medicina é a entidade responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício da medicina em cada Estado do Brasil. Dentre suas principais funções, estão a garantia de que a prática médica seja ética e técnica e que sejam aplicadas as normas do Código de Ética Médica. Portanto, dentre as funções do CRM,… Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona?

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O Conselho Regional de Medicina é a entidade responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício da medicina em cada Estado do Brasil. Dentre suas principais funções, estão a garantia de que a prática médica seja ética e técnica e que sejam aplicadas as normas do Código de Ética Médica. Portanto, dentre as funções do CRM, está a condução do processo ético profissional em que se busca apurar potenciais violações de conduta ética realizadas por um médico. Mas, como funciona a defesa no Conselho Regional de Medicina?

Nesse texto vamos explicar o passo a passo da defesa no CRM, desde quem pode denunciar, como funciona o processo, erros mais comuns e como se proteger com segurança e tranquilidade.

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Qual é a função do Conselho Regional de Medicina?

Os conselhos Regionais de Medicina (CRMs) são instituições caracterizadas por serem os braços estaduais do Conselho Federal de Medicina. Ou seja, diferentemente da instituição federal, os CRMs estão mais próximos da realidade e dos desafios da medicina em cada Estado.

São duas as principais funções dos Conselhos Regionais: Fiscalizar o exercício ético da medicina dentro de um território estadual e, ao mesmo tempo, defender a dignidade da categoria médica.

Na prática, os CRMs cuidam dos registros profissionais dos médicos, fiscalizam irregularidades e desvios éticos no exercício da medicina e, havendo violação ética, julga, internamente, o médico. Dependendo da gravidade do ato, o CRM pode aplicar, desde advertência até a cassação da licença para exercer a profissão.

O texto continua após o vídeo.

O que pode ser denunciado no CRM?

O CRM é uma instituição, com a competência de julgar processos éticos-profissionais. Por isso, nem todo ato praticado pelo médico ou nem toda insatisfação do paciente configura falta ética ou está em desacordo com o Código de Ética Médica.

Ainda assim, há atos de relevância para os órgãos julgadores internos do CRM, dentre os quais se destacam os:

  • Atos de negligência, imprudência ou imperícia;
  • Violação de sigilo profissional;
  • Publicidade médica sensacionalista;
  • Assédio moral ou sexual;
  • Abandono de paciente;
  • Desrespeito à autonomia do paciente;
  • Prescrição e tratamento fora da literatura médica validada;
  • Fraudes com atestados e receitas médicas;
  • Dentre outros.

Importante entender que, quando falamos em julgamento de médico no CRM, o foco sempre será a conduta ética. O CRM não julga indenizações nem condena a prisão. Essas questões ficam a cargo das esferas Cível e Criminal a ser conduzida pelo Judiciário.

Quem pode denunciar um médico no Conselho Regional de Medicina?

Em resumo, a denúncia no CRM pode ser feita por qualquer pessoa. Isso porque a função do Conselho é apurar a violação ética, logo, é irrelevante de onde a informação vem, mas sim a existência do ato antiético. E isso é literal: Paciente, familiar, colega médico, enfermeiro, recepcionista de clínica, alguém que viu postagem em rede social e achou inadequado, enfim, qualquer pessoal.

A boa notícia é que nem toda denúncia vira processo. O CRM analisa previamente a denúncia, verificando se há elementos mínimos que justifiquem a abertura de sindicância. Se não houver, pode arquivar a denúncia.

O texto continua após o vídeo.

Quais são as principais causas de denúncia ao CRM?

Em geral, são violações éticas, mas muitos dos dispositivos legais do Código de Ética Médica são amplos e abertos a interpretação. De maneira geral, um médico costuma ser denunciado por erro médico, especialmente em cirurgias e partos.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre a responsabilidade civil do médico. Título: Responsabilidade civil do médico: entenda como funciona e como se proteger! Descubra o que é, quando se aplica e quais cuidados podem evitar ações judiciais na sua carreira. Seção 1: O QUE É A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO? É a obrigação de reparar um dano causado no exercício da profissão, se houver conduta considerada inadequada; Não depende, necessariamente, de má-fé ou intenção de causar prejuízo; Pode gerar dever de indenizar danos morais, estéticos ou materiais; Para existir, exige conduta culposa, dano comprovado e nexo causal entre a conduta e o dano; É de natureza subjetiva, o médico tem pleno direito à defesa. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! Se não houve intenção, não existe responsabilidade civil.” Mesmo sem má-fé, condutas imprudentes, negligentes ou imperitas podem gerar responsabilidade. “O paciente precisa provar tudo sozinho.” O prontuário, exames e registros médicos são provas fundamentais e podem ajudar ou prejudicar o médico. “Só erros graves geram responsabilidade civil.” Pequenas falhas com consequências relevantes para o paciente também podem motivar processos. “É só prometer resultado para o paciente que ele vai confiar mais.” Promessas de resultado podem ser usadas contra o médico em caso de complicações. “Se o paciente assinou um termo, estou 100% protegido.” O consentimento informado é essencial, mas não substitui a boa prática médica e o cuidado técnico. Seção 3: COMO EVITAR A RESPONSABILIDADE CIVIL? Registre tudo no prontuário, de forma técnica, clara e cronológica; Sempre colha consentimento esclarecido por escrito, explicando, riscos e limites do procedimento; Mantenha comunicação empática e respeitosa com paciente e familiares; Siga protocolos e recomendações médicas reconhecidas; Nunca prometa resultados, explique riscos e incertezas; Busque apoio jurídico preventivo para orientações específicas. Seção 4: E SE VOCÊ FOR ACIONADO JUDICIALMENTE? Procure imediatamente um advogado especializado em Direito Médico; Apresente toda a documentação, incluindo prontuário, exames, consentimentos e registros; Um prontuário bem elaborado é a principal linha de defesa; Prevenção é mais eficiente e econômica do que reagir a um processo; Ter assessoria jurídica constante aumenta a segurança e tranquilidade no exercício da medicina. Lembre-se que procurar uma assistência jurídica especializada não é luxo e, sim, uma proteção estratégica. Não deixe para depois!

Além disso, a falta de explicação clara sobre o tratamento ou sensação de abandono, ou desrespeito durante o atendimento estão entre os casos que geram maior quantidade de denúncias. Ou seja, especialmente porque o paciente e o familiar tendem a estar sensibilizados, então a clareza na comunicação é essencial para evitar mal entendidos.

É possível ver, ainda, denúncias por problemas com atestado médico e também publicação em redes sociais com exposição inadequada de pacientes.

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Estes são exemplos das principais causas de denúncia ao CRM, mas é essencial ter conhecimento do Código de Ética para que você, médico, possa evitar condutas que violem as disposições éticas da profissão.

Isso porque nem sempre há má-fé ou intenção de violar a ética médica, muitas vezes um simples desentendimento ou desconhecimento pode motivar uma denúncia, por isso, cada detalhe importa.

O que o médico deve fazer após a denúncia ao CRM?

A primeira coisa é entender que nem toda denúncia irá virar um processo, então é necessário manter a calma. Caso a denúncia escale e a sindicância inicie, é importante conhecer os passos seguintes.

O processo dentro do CRM tem etapas claras. Primeiro o médico será notificado de que há uma sindicância instaurada. Essa sindicância é uma espécie de investigação preliminar, não significa que o médico já está sendo julgado, mas somente que está sendo apurada a denúncia de maneira mais profunda. Ainda assim, a resposta/defesa na sindicância pode definir todo o rumo do caso.

A forma que o médico se posiciona nessa fase faz toda diferença para o desfecho do caso. Uma boa defesa pode evitar que a sindicância vire processo e se virar, ajuda a reduzir o risco de punições mais graves, por isso contar com apoio jurídico desde o início não é luxo, mas sim estratégia.

O texto continua após as imagens.

Como funciona a defesa no Conselho Regional de Medicina?

A defesa já começa na sindicância, sendo a investigação preliminar realizada pelo CRM. Isso porque as provas produzidas nesse momento embasarão eventual processo ético-profissional.

Então é nesse momento, na sindicância, que tudo começa. O médico será chamado para esclarecimentos, apresentar documentos, áudios e indicar testemunhas para depor. Portanto, o médico possui direito à defesa no Conselho Regional de Medicina.

O texto continua após o infográfico.

A imagem traz um infográfico sobre o Conselho Regional de Medicina. Título: Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? Saiba o que esperar de uma sindicância e como se proteger desde o primeiro momento. Seção 1: O QUE É O CRM E O QUE ELE FAZ? O Conselho Regional de Medicina (CRM) é o braço estadual do Conselho Federal de Medicina; Fiscaliza o exercício ético da medicina e defende a dignidade da categoria; Registra médicos, apura denúncias e julga condutas éticas; Pode aplicar desde advertência até cassação do registro profissional; Não julga indenizações nem aplica penas criminais, isso cabe à Justiça. Seção 2: QUANDO O CRM PODE INVESTIGAR UM MÉDICO? Negligência, imprudência ou imperícia; Violação de sigilo profissional; Publicidade sensacionalista; Assédio moral ou sexual; Abandono de paciente; Prescrição ou tratamento fora da literatura validada; Fraude em atestados ou receitas. Seção 3: COMO FUNCIONA O PROCESSO NO CRM? Denúncia recebida: nem toda denúncia vira processo; Sindicância instaurada: investigação preliminar para apurar a conduta; Resposta do médico: pode encerrar o caso ou levar a processo ético-profissional; Processo ético: análise aprofundada e julgamento pelo CRM; Decisão: arquivamento, advertência, suspensão ou cassação do registro. Seção 4: ALERTAS E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Não subestime a sindicância: ela pode definir todo o rumo do caso; Respeite prazos: ignorar notificações é caminho certo para condenação; Prepare provas desde o início: prontuários, laudos, conversas e documentos de apoio; Trate o CRM como instituição, não como inimigo: postura arrogante prejudica a defesa; Una técnica médica e estratégia jurídica: resposta genérica enfraquece sua posição; Trabalhe com tempo e calma: respostas feitas às pressas tendem a ser incompletas. Seção 5: MELHORES PRÁTICAS PARA UMA DEFESA EFICAZ Busque apoio jurídico especializado desde a primeira notificação; Mantenha prontuários e documentos em ordem; Responda de forma clara, fundamentada e embasada tecnicamente; Seja cordial e objetivo em depoimentos e comunicações; Encare a defesa no CRM como parte da proteção da sua carreira. A cada momento que você passa sem aconselhamento jurídico especializado é um risco! Não deixe sua carreira sofrer as consequências.

Na sindicância é que deverá demonstrar que sua conduta foi ética, que agiu conforme os limites das boas práticas e que, mesmo que o resultado de algum procedimento médico não tenha sido o esperado, não houve violação do dever.

Na sindicância o médico já deve, preferencialmente, estar acompanhado de advogados especializados em Direito Médico, pois um documento esquecido ou uma fala mal encaixada no depoimento pode ter como consequência uma condenação.

Se após a sindicância, o CRM entender que há indícios de infração ética, será aberto o processo ético-disciplinar (PEP). Nessa etapa, o médico será formalmente acusado e poderá apresentar sua defesa prévia, produzir novas provas e ser mais uma vez ouvido.

O fato de poder ser ouvido ou produzir provas novamente não invalida, necessariamente, o que foi produzido na sindicância.

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Quais são os erros comuns em defesa no CRM?

Os mais comuns erros normalmente envolvem em negligenciar ou minimizar os riscos de um processo ético-profissional no Conselho Regional de Medicina. Achar que “não vai dar em nada” e ignorar prazos ou notificações é uma receita básica para uma futura condenação.

Além disso, entregar resposta genérica, sem embasamento técnico ou jurídico, ou ainda, não reunir todos os documentos desde o início (provas, prontuário, conversas, etc.), pode gerar consequências desastrosas ao médico.

Além disso, muitas das vezes o médico trata o CRM como “inimigo”, respondendo em seus depoimentos com arrogância ou descaso, o que pode gerar uma antipatia que tende a culminar com uma condenação.

A melhor defesa é sempre aquela que une o conhecimento técnico da medicina com uma estratégia jurídica sólida e, acima de tudo, feita com tempo, cautela e calma. Responder a uma sindicância às pressas quase sempre enfraquece a posição do médico em um futuro processo.

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Conclusão

Responder a uma denúncia no CRM não é o fim do mundo, mas não pode ser tratado como algo simples ou com descaso, pois as consequências podem ser significativas. É um processo sério, que mexe com a reputação do médico e pode gerar reflexos em sua carreira. Portanto, a importância da defesa no Conselho Regional de Medicina.

Mais do que se defender, o médico precisa se posicionar e agir de maneira consciente, técnica, ética e responsável. Por isso, estar bem assessorado desde o início é mais do que recomendável: É necessário! Assim como em uma boa consulta, quanto mais cedo a abordagem certa for adotada, maiores as chances de evitar consequências desnecessárias.

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Naturalização brasileira: o que é, quem tem direito e como obter https://koetz.digital/naturalizacao-brasileira/ https://koetz.digital/naturalizacao-brasileira/#comments Fri, 01 Aug 2025 15:00:03 +0000 https://koetz.digital/?p=33328 A naturalização é uma das formas previstas pela Constituição Federal e pela legislação brasileira para que estrangeiros adquiram a naturalização brasileira, ou seja, a nacionalidade. Trata-se de um procedimento formal, regulamentado pela Lei n.º 13.445/2017 (Lei da Migração), pelo Decreto n.º 9.199/2017 e por atos normativos complementares. A naturalização concede ao estrangeiro a condição de… Naturalização brasileira: o que é, quem tem direito e como obter

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A naturalização é uma das formas previstas pela Constituição Federal e pela legislação brasileira para que estrangeiros adquiram a naturalização brasileira, ou seja, a nacionalidade. Trata-se de um procedimento formal, regulamentado pela Lei n.º 13.445/2017 (Lei da Migração), pelo Decreto n.º 9.199/2017 e por atos normativos complementares.

A naturalização concede ao estrangeiro a condição de brasileiro, permitindo ao indivíduo naturalizado usufruir de direitos e deveres civis e políticos. No entanto, há regras específicas, diferentes modalidades e requisitos distintos, conforme a situação de cada solicitante.

Neste texto, explico em detalhes o que é naturalização, quem pode solicitá-la e quais os caminhos para se tornar brasileiro de forma legal e definitiva.

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O que é ser brasileiro por naturalização?

Ser brasileiro por naturalização significa adquirir a nacionalidade brasileira mediante processo administrativo junto ao Ministério da Justiça. Ao contrário do brasileiro nato — aquele que já nasce com a nacionalidade em razão de nascimento no território nacional ou filiação —, o naturalizado é estrangeiro que cumpre certos requisitos legais para obter essa condição. 

Ou seja, é uma escolha do estrangeiro optar pela naturalização brasileira e, assim, formar um vínculo maior om o país. Apesar de estrangeiros já possuírem vários direitos assegurados pela Lei da Migração de 2017, a naturalização abre ainda mais portas e pode dar ao estrangeiro uma nova condição de pertencimento.

Uma vez naturalizado, a pessoa passa a aproveitar da maior parte dos direitos reservados aos brasileiros natos, exceto em situações específicas definidas pela Constituição, como a ocupação de certos cargos públicos e a possibilidade de ser presidente da República.

A naturalização é, portanto, é uma forma de integração do estrangeiro à sociedade brasileira, fortalecendo o vínculo jurídico, social e cultural com o país.

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A imagem mostra um infográfico sobre naturalização brasileira. Seção 1: O que é a Naturalização Brasileira? A naturalização brasileira é um processo voluntário pelo qual um estrangeiro adquire a nacionalidade brasileira. É considerada uma “nacionalidade secundária”, ou seja, uma nova cidadania conquistada além da original. Seção 2: Tipos de Naturalização Brasileira Ordinária: para estrangeiros residentes no Brasil há mais de 4 anos; Extraordinária: para estrangeiros residentes no Brasil há mais de 15 anos; Especial: se você for cônjuge ou companheiro, há mais de 5 anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro ou ter sido empregado em missão diplomática, ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 anos ininterruptos; Provisória: criança ou adolescente de até 10 anos. Seção 3: O que a Constituição Federal diz sobre a Naturalização? A Constituição garante igualdade entre brasileiros natos e naturalizados; Exceções incluem cargos como Presidente da República, carreiras diplomáticas e forças armadas, reservados a brasileiros natos. Seção 4: Por que escolher a Naturalização Brasileira? A naturalização brasileira oferece direitos como votar, trabalhar em certos cargos públicos e usufruir de benefícios sociais; É uma oportunidade de integrar-se plenamente à sociedade brasileira.

Quem tem direito à naturalização brasileira?

As pessoas que tem direito à naturalização brasileira, precisam seguir alguns requisitos, já que a legislação brasileira prevê várias hipóteses de naturalização, adaptadas a diferentes situações pessoais, familiares e profissionais. Podem solicitar a naturalização estrangeiros residentes no Brasil que preencham as regras estabelecidas pelo Governo Brasileiro para a modalidade correspondente ao seu caso.

Os principais critérios envolvem tempo de residência legal no país, capacidade civil, ausência de condenações penais e proficiência na língua portuguesa, de acordo com a capacidade do estrangeiro. A seguir, vou detalhar cada tipo de naturalização permitida no Brasil:

O texto continua após o infográfico.

Diagrama mostrando os tipos de naturalização no Brasil. O diagrama apresenta os diferentes tipos de naturalização no Brasil, divididos em quatro categorias: já vivem no Brasil sob autorização de residência com prazo indeterminado por 4 anos; ou, na mesma condição, mas por 1 ano, se for casado com brasileiro ou tiver filho brasileiro; também com autorização de prazo indeterminado, se for originário de país com português como língua oficial, se morar 1 ano ininterrupto no Brasil; ou se mora no Brasil há 15 anos, inclusive nos casos de quem é de país do MERCOSUL ou fronteiriço e entrou sem visto; ou consegue se encaixar nos requisitos das outras formas de naturalização: extraordinária, provisória e especial. Você entenderá melhor a respeito delas abaixo.

Naturalização ordinária (comum)

A naturalização ordinária é concedida a estrangeiros com residência contínua no Brasil por, no mínimo, 4 anos. Porém, a exceção para estrangeiros casados com brasileiros ou com filhos brasileiros, caso em que o prazo é reduzido para 1 ano. Exige ainda capacidade civil, ausência de condenações penais e conhecimento da língua portuguesa. Esse é o tipo mais comum de naturalização.

O texto continua após o infográfico.

Gráfico de passos para solicitar a naturalização ordinária no Brasil - uma lista de 4 requisitos. 1 - Ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; 2 - Ter autorização de residência permanente no Brasil por pelo menos 4 anos; 3 - Comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; 4 - Não possuir condenação penal ou estar reabilitado, nos termos da lei.

Naturalização extraordinária

Já a naturalização extraordinária abrange estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal. Neste caso, não se exige a comprovação de idioma ou outros requisitos específicos. É uma via alternativa para estrangeiros integrados de longa data na sociedade brasileira que queiram formalizar esse vínculo já tão longo com o Brasil.

Naturalização provisória

No caso da naturalização provisória, se encaixam crianças e adolescentes estrangeiros que já moram no Brasil antes de completar 10 anos de idade. A naturalização é provisória até que, ao atingirem a maioridade, possam optar pela confirmação ou não da nacionalidade brasileira. Entretanto, após completarem 18 anos, o processo de naturalização precisa ser solicitado novamente, ou seja, não é ocorre de forma automática.

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A imagem mostra um infográfico explicando sobre a naturalização brasileira para crianças. 1- tipo de naturalização: a criança vai solicitar e receber a naturalização provisória; 2- quem tem direito?: criança estrangeira com residência no Brasil até 10 anos de idade; 3- responsável pelo pedido: o pedido de naturalização deve ser feito pelo representante legal da criança; 4- ATENÇÃO: alteração ao completar 18 anos: quando completar 18 anos, o naturalizado provisório tem 2 anos para pedir a conversão da naturalização provisória em definitiva. Após esse prazo, o processo de naturalização muda.

Naturalização por casamento ou união estável

Estrangeiros casados ou em união estável com brasileiros podem solicitar naturalização, com tempo de residência reduzido para 1 ano após a formalização da relação. É necessário comprovar a estabilidade da relação e atender aos demais requisitos legais.

Naturalização por serviços relevantes

Concedida a estrangeiros que tenham prestado serviços relevantes ao Brasil, de caráter científico, tecnológico, cultural, esportivo ou humanitário. A decisão depende de avaliação do Ministério da Justiça, considerando o impacto e relevância das contribuições.

Naturalização por reciprocidade

Oferecida a estrangeiros de países que também concedem facilidades a brasileiros em processos de naturalização. O tempo de residência e requisitos podem ser reduzidos conforme acordos bilaterais.

Naturalização para originários de países de língua portuguesa

Para cidadãos de países lusófonos, como Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde, o tempo de residência legal exigido no Brasil é reduzido para somente 1 ano, desde que preenchidos os demais requisitos legais.

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A imagem traz um infográfico de quem pode conseguir a naturalização mais rápido. 1- ter filho brasileiro nato ou naturalizado, excluindo a naturalização provisória; 2- ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização; 3- ser nacional de país com idioma oficial português e viver no Brasil por 1 ano ininterrupto (com autorização indeterminada); 3- ter prestado ou poder prestar serviço relevante ao País; 4- ter sido recomendado por sua capacidade profissional, científica ou artística.

Naturalização brasileira para filhos de brasileiros

Filhos de brasileiros nascidos no exterior que residam no Brasil podem solicitar naturalização, caso não tenham sido registrados no consulado e optem formalmente pela nacionalidade brasileira.

Naturalização brasileira para netos de brasileiros

Embora menos frequente, netos de brasileiros podem solicitar naturalização se demonstrarem vínculo efetivo com o país e preencherem os requisitos previstos, como tempo de residência e ausência de antecedentes criminais.

Naturalização brasileira para cônjuges ou companheiros de diplomatas brasileiros

A naturalização brasileira para cônjuges ou companheiros de diplomatas brasileiros é facilitada para estrangeiros casados ou em união estável com diplomatas brasileiros que tenham prestado serviços em missões no exterior ou estejam em território nacional.

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Infográfico sobre Naturalização por Casamento com Brasileiro, apresentado em cinco etapas: A primeira etapa apresenta um ícone do mapa do Brasil com o texto: "Obter seu visto para entrar no Brasil (se o país exigir);" A segunda etapa mostra um ícone de uma casa com o texto: "Esperar o período necessário (que pode ser imediato) para solicitar autorização de residência;" Já a terceira etapa é representada por um ícone de documentos com o texto: "Se não recebeu na primeira solicitação, pedir a autorização de residência permanente, dentro do prazo;" E por fim, a quarta etapa é ilustrada com um ícone de uma família com o texto "Viver 1 ano no Brasil, casado com brasileiro."

Como posso obter a naturalização brasileira?

Para iniciar o processo e, no futuro, obter a naturalização, o estrangeiro deve reunir a documentação necessária e apresentar o pedido ao Ministério da Justiça por meio da plataforma digital oficial do Governo Brasileiro, disponível para todo o processo.

O procedimento inclui a análise de requisitos como tempo de residência, certidões negativas criminais no Brasil e no exterior, prova de capacidade civil e conhecimento da língua portuguesa.

O texto continua após infográfico.

A imagem apresenta um infográfico de quanto tempo demora o processo de naturalização brasileira. Prazo padrão: 180 dias: Data de início do processo para naturalização especial: a partir do recebimento do pedido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública; Data de início do processo para demais naturalizações: a partir do recebimento do pedido. MAS ATENÇÃO: o processo pode demorar mais! O decreto 9199/2017 que regulamenta a duração do processo prevê o prazo de 180 dias, que poderá ser prorrogado. Isso pode acontecer se houver necessidade de outros documentos e demandas para finalizar seu pedido. Para prorrogação ser válida, precisa de ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública fundamentando a prorrogação.

O pedido passa por avaliação documental e, se necessário, entrevista pessoal. A decisão final é publicada no Diário Oficial da União, e o certificado de naturalização é entregue ao solicitante.

O texto continua após mídia.

Documentos para naturalização brasileira

Os principais documentos exigidos para naturalização incluem:

  • Formulário de requerimento preenchido;
  • Documento de identidade válido;
  • Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), que substituiu o antigo Registro Nacional Migratório (RNM);
  • Certidões negativas criminais no Brasil e no país de origem;
  • Certidão de casamento ou união estável (se aplicável);
  • Comprovante de residência no Brasil;
  • Comprovação de conhecimento da língua portuguesa;
  • Comprovante de tempo de residência legal no Brasil;
  • Declaração de capacidade civil.

Documentos adicionais podem ser solicitados conforme o tipo de naturalização que você está solicitando.

Conclusão

A naturalização brasileira é um instrumento relevante para a integração de estrangeiros que desejam fazer do Brasil sua pátria definitiva. Com modalidades adaptadas a diferentes situações, o país oferece condições acessíveis e legalmente bem definidas para a concessão da nacionalidade.

Caso você possua dúvidas ou dificuldades, recomendo o auxílio de um advogado especialista em Direito Internacional, que conhece todos os procedimentos legais do Brasil, e, que, pode facilitar a reunião de documentos e agilizar o pedido. Lembre-se que o Ministério da Justiça não aceita vários pedidos de naturalização seguidos, sendo importante que sua solicitação esteja completa, com os requisitos completos e a documentação organizada.

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A imagem mostra um infográfico explicativo sobre os cuidados com a naturalização brasileira. 1- Existem diferentes tipos de naturalização, que ocorrem por tempo de residência no país, idade, questões diplomáticas ou de trabalho oficial, casamento, filhos, serviço relevante ao país, entre outros. Saiba qual a base legal para o seu pedido! 2- Requisitos e proibições Após conhecer a base legal, esteja atento para cumpri-la integralmente. A falta de requisitos completos é um dos principais fatores porque a naturalização é negada. Além disso, quem cometeu crimes e não foi reabilitado, está impedido de pedir a naturalização. Perda da naturalização O naturalizado que praticar atos negativos ao interesse nacional pode perder a naturalização. Tome cuidado e, se você estiver em risco de perda da naturalização, busque um advogado especialista, pois em alguns casos, a perda é indevida. Dupla cidadania O Brasil não obriga você a abrir mão da sua cidadania atual. Porém, você deve ter atenção ao que diz a lei do seu país de origem. Em alguns casos, os países impedem a dupla cidadania. Se for o caso do seu, você terá que optar. Múltiplos pedidos O Governo brasileiro não aceita múltiplos pedidos de naturalização da mesma pessoa ao mesmo tempo. Por isso, tenha certeza que está com a documentação e requisitos completos para pedir a naturalização e não correr o risco de atrasar muito seu pedido. Extradição O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de crime comum, se tiver praticado este crime antes da naturalização, ou se comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas.

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CPF para estrangeiros: Qual a função, quando e como tirar https://koetz.digital/cpf-para-estrangeiros-quais-as-regras-e-como-conseguir/ https://koetz.digital/cpf-para-estrangeiros-quais-as-regras-e-como-conseguir/#comments Thu, 31 Jul 2025 15:00:09 +0000 https://koetz.digital/?p=29466 O Cadastro de Pessoa Física (CPF) é um documento essencial para qualquer pessoa que tenha o objetivo de estabelecer e manter relações econômicas, financeiras e até mesmo jurídicas no Brasil. E você sabia que isso não se limita somente a brasileiros? Sim, existe a possibilidade de CPF para estrangeiros. Pensando nas dúvidas recorrentes dos estrangeiros… CPF para estrangeiros: Qual a função, quando e como tirar

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O Cadastro de Pessoa Física (CPF) é um documento essencial para qualquer pessoa que tenha o objetivo de estabelecer e manter relações econômicas, financeiras e até mesmo jurídicas no Brasil. E você sabia que isso não se limita somente a brasileiros? Sim, existe a possibilidade de CPF para estrangeiros.

Pensando nas dúvidas recorrentes dos estrangeiros sobre o CPF, vou esclarecer neste texto a razão de um estrangeiro possuir um CPF, em qual momento é necessário, como fazer a solicitação, quais documentos o estrangeiro precisa apresentar ao Governo Brasileiro e outros procedimentos importantes para este documento. Acompanhe!

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Por que um estrangeiro precisa ter CPF?

As razões de um estrangeiro precisar ter CPF são muitas. Apesar deste documento ser reconhecimento como um registro fiscal dos brasileiros, ou seja, daqueles que nasceram no Brasil, ele também faz um papel importante para estrangeiros que mantêm algum tipo de vínculo jurídico, financeiro ou patrimonial no país. 

Diversas situações exigem CPF de estrangeiro, como:

  • Abrir conta bancária em instituição brasileira;
  • Comprar ou vender imóveis no Brasil;
  • Participar de inventário ou processo de herança;
  • Declarar imposto de renda no Brasil;
  • Investir em bolsa de valores ou outros ativos financeiros no país;
  • Assinar contratos ou participar de negócios jurídicos;
  • Solicitar residência temporária ou permanente.

Sem o CPF, o estrangeiro enfrenta limitações burocráticas e fiscais que podem impedir negócios e procedimentos importantes em território nacional. Ou seja, possuir CPF acaba evitando problemas futuros e facilitando a vida do estrangeiro no Brasil. 

Qual é a função do CPF?

O CPF tem como principal função identificar o contribuinte à Receita Federal do Brasil, em outras palavras, para fins fiscais. Ele é utilizado em cadastros públicos e privados, permite o controle de operações financeiras, declaração de impostos e acompanhamento da regularidade fiscal.

Além disso, é exigido para emissão de notas fiscais, abertura de contas, operações bancárias, compra e venda de bens e para o exercício de direitos civis no país.

Quando um estrangeiro pode tirar o CPF?

O estrangeiro pode tirar o CPF a qualquer momento, caso possua ou venha a possuir algum interesse fiscal, ou patrimonial no Brasil. 

Situações comuns que demandam a emissão incluem:

  • Aquisição de bens móveis ou imóveis no Brasil;
  • Abertura de contas bancárias;
  • Ingresso em universidades ou programas de intercâmbio;
  • Participação em processos de naturalização;
  • Representação em processos judiciais ou administrativos;
  • Recebimento de herança ou doações;
  • Realização de investimentos ou negócios comerciais.

Não há idade mínima para a emissão do CPF. Menores de idade e recém-nascidos estrangeiros também podem ser inscritos, desde que representados por responsável legal.

É preciso ir ao Brasil para tirar o CPF ou é possível fazer do exterior?

Felizmente, não é obrigatório que o estrangeiro venha ao Brasil para obter o CPF. A inscrição pode ser feita diretamente nas repartições de Consulados Brasileiros no exterior. 

Os Consulados disponibilizam formulários e instruções específicas para o serviço, permitindo a emissão do documento fora do território nacional. Em alguns casos, você pode até mesmo realizar o procedimento online, dependendo das atualizações do sistema da Receita Federal e da estrutura consular de cada país.

Como tirar o CPF para estrangeiros?

O processo de emissão de CPF para estrangeiros varia conforme a localização do solicitante — se no Brasil ou no exterior — mas, em geral, envolve os seguintes passos:

  • Preencher o formulário de inscrição disponível no site da Receita Federal ou diretamente no consulado;
  • Apresentar os documentos exigidos, como passaporte e documento de identidade estrangeiro;
  • Realizar o pagamento de taxa consular, caso solicitado (algumas emissões no exterior são gratuitas);
  • Aguardar a emissão do número do CPF, que poderá ser enviado por e-mail ou entregue fisicamente, conforme o consulado.

No Brasil, a solicitação também pode ser feita presencialmente em unidades dos Correios, Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal.

Quais os documentos necessários para CPF para estrangeiros?

A documentação básica inclui:

  • Passaporte válido;
  • Documento de identidade estrangeira (se houver);
  • Certidão de nascimento ou casamento, quando aplicável;
  • Formulário preenchido de inscrição no CPF;
  • Comprovante de endereço no exterior ou no Brasil;
  • Procuração (caso a solicitação seja feita por representante legal). Em algumas situações específicas, documentos adicionais podem ser exigidos, como declaração de motivo ou prova da relação fiscal com o Brasil.

Quanto tempo demora para tirar CPF de estrangeiro?

O prazo para emissão do CPF varia conforme o local e a modalidade do pedido. No Brasil, o CPF costuma ser liberado em até 24 horas após a solicitação presencial.

No exterior, o prazo pode ser de 5 a 15 dias úteis, a depender do consulado e da tramitação do processo junto à Receita Federal. Algumas solicitações via internet, quando permitidas, são processadas imediatamente.

Como tirar 2ª via de CPF estrangeiro?

Para solicitar a 2ª via do CPF, o estrangeiro pode acessar o site da Receita Federal e emitir gratuitamente o comprovante de inscrição no CPF, utilizando o número do documento e a data de nascimento.

Caso não tenha o número em mãos, deverá comparecer ao consulado ou a uma unidade da Receita Federal para solicitar a reemissão.

Como alterar dados no CPF estrangeiro?

Alterações de dados como nome, nacionalidade, estado civil e endereço podem ser feitas presencialmente em repartições consulares ou na Receita Federal no Brasil, desde que você apresente documentos que comprovem a alteração.

É fundamental manter o CPF atualizado para evitar problemas fiscais ou impedimentos em operações jurídicas e financeiras.

Como regularizar CPF estrangeiro?

Caso o CPF do estrangeiro esteja suspenso, pendente ou irregular, é possível regularizar a situação à Receita Federal. O procedimento envolve:

  • Preenchimento do formulário de regularização cadastral;
  • Apresentação de documentos pessoais;
  • Justificativa da pendência (se aplicável);
  • Eventual pagamento de multas ou encargos.

O processo pode ser realizado no Brasil ou no consulado competente.

Como cancelar CPF estrangeiro?

O cancelamento de CPF para estrangeiros ocorre em situações específicas, como:

  • Óbito;
  • Duplicidade de inscrição;
  • Desinteresse declarado pelo titular, desde que sem pendências fiscais.

A solicitação deve ser feita à Receita Federal ou ao consulado brasileiro no exterior.

Como tirar CPF para estrangeiro não residente no Brasil?

Estrangeiros que não residem no Brasil, mas que precisam de CPF, podem solicitar o documento diretamente nos Consulados Brasileiros de seus países de residência.

Em regra, basta apresentar o passaporte, preencher o formulário de inscrição e pagar a taxa consular (se houver). Também é possível realizar o pedido por meio de advogado ou procurador legalmente constituído no Brasil.

É possível fazer meu CPF com ajuda do advogado?

Sim. Estrangeiros podem constituir advogado no Brasil por meio de procuração pública reconhecida em cartório ou Consulado, para solicitar o CPF e realizar procedimentos relacionados ao documento.

Entretanto, fazer o CPF com ajuda de um advogado é recomendado para quem precisa de assessoria para regularização fiscal, compra de imóveis, recebimento de herança ou movimentação de investimentos e, em todas as situações, no geral, visando a garantia de um procedimento realizado de forma completa, correta e eficiente.

Ou seja, somente um advogado especialista em Direito Internacional conhece as legislações com profundidade, além de auxiliar na organização de documentos e fazer a solicitação de forma mais objetiva e rápida.

Conclusão

O CPF para estrangeiros é um registro indispensável para quem mantém qualquer relação patrimonial, econômica ou jurídica com o Brasil. A inscrição pode ser feita tanto no Brasil quanto no exterior e permite acesso a serviços, contratos, investimentos e operações financeiras.

Manter o cadastro atualizado é fundamental para a segurança jurídica e para a regularidade fiscal junto à Receita Federal. Em caso de dúvidas ou situações específicas, a orientação de um advogado especializado em Direito Internacional ou tributário brasileiro pode ser a chave para um procedimento mais tranquilo.

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Imigração para o Brasil: o que é preciso e qual a situação atual https://koetz.digital/imigracao-para-o-brasil/ https://koetz.digital/imigracao-para-o-brasil/#respond Wed, 30 Jul 2025 15:00:43 +0000 https://koetz.digital/?p=49018 Você sabia que o Brasil sempre um destino relevante para migrantes durante todo o período da história? A imigração para o Brasil é antiga e vem despertando interesse em diversos estrangeiros, seja pela cultura, abundância em recursos naturais, a não participação em guerras e conflitos e o mercado em expansão. Portanto, o maior país da… Imigração para o Brasil: o que é preciso e qual a situação atual

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Você sabia que o Brasil sempre um destino relevante para migrantes durante todo o período da história? A imigração para o Brasil é antiga e vem despertando interesse em diversos estrangeiros, seja pela cultura, abundância em recursos naturais, a não participação em guerras e conflitos e o mercado em expansão.

Portanto, o maior país da América Latina vem atraindo estrangeiros de diferentes origem e perfis há anos, mas entender, de fato, o você precisa para imigrar para o Brasil, é algo importante. Afinal, saber o que o Governo Brasileiro exige dos estrangeiros é o primeiro passo para fazer uma migração tranquila, sem maiores dores de cabeça.

Além disso, compreender como o cenário migratório no Brasil está, além das possibilidades que os estrangeiros possuem, é a maior forma de informação sobre o assunto. Por isso, preparei as principais dúvidas sobre o assunto. Acompanhe comigo!

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O que é preciso para imigrar para o Brasil?

Para imigrar para o Brasil, você precisa cumprir as regras exigidas, que foram estabelecidas pela Lei da Migração de 2017 (Lei n.º 13.445/2017). Esta Lei regulamenta a entrada, permanência e direitos dos estrangeiros no território nacional. Os principais requisitos variam conforme a categoria de visto ou residência pretendida, portanto, você precisa saber qual é seu principal objetivo no Brasil, antes de escolher o visto. Escolher o visto errado para a sua estada, pode gerar alguns problemas com o Governo Brasileiro.

Mas não se assuste, o Brasil possui vários tipos de vistos e, um, com certeza, pode ser o ideal para você!

Atualmente, os tipos de autorização de residência mais comuns incluem:

  • Visto de Trabalho: para profissionais contratados por empresas brasileiras ou transferidos de multinacionais;
  • Visto de Estudo: para estrangeiros matriculados em instituições de ensino;
  • Visto de Reunião Familiar: para familiares de brasileiros ou residentes legais;
  • Visto de Investidor: concedido a quem investe valores mínimos em negócios no Brasil; Visto Humanitário: Para cidadãos de países em situação de instabilidade, como Haiti, Venezuela e Afeganistão.

Além da solicitação do visto ou autorização, o imigrante deve apresentar documentos pessoais, antecedentes criminais, comprovantes de vínculo ou atividade a ser desenvolvida no país e passar por entrevista ou avaliação consular, conforme o caso.

Qual a situação atual da imigração para o Brasil?

Nos últimos anos, o Brasil registrou um aumento significativo no número de pedidos de residência e naturalização. Esse crescimento se deve a fatores como crises humanitárias, abertura para acordos bilaterais e facilidade de regularização.

Inclusive, um grande marco foi a Lei da Migração, que trouxe uma abordagem mais humanitária à migração, substituindo o Estatudo do Estrangeiro. Com a nova Lei, os estrangeiros possuem direitos e podem permanecer de forma legal no país, desde que cumpras as exigências estabelecidas pelo Governo Brasileiro.

Segundo dados da Polícia Federal e do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), o Brasil recebeu, entre 2020 e 2024, um volume expressivo de migrantes venezuelanos, haitianos, senegaleses, cubanos e chineses. Além disso, imigrantes portugueses e italianos seguem compondo parte relevante dos registros.

A pandemia reduziu temporariamente os fluxos migratórios, mas o cenário voltou a crescer desde o fim de 2022, impulsionado por programas de acolhimento humanitário e facilitação documental para países vizinhos.

O que o Brasil fazia para atrair imigrantes para o país?

Historicamente, o Brasil adotou políticas específicas para atrair estrangeiros em diferentes períodos:

  • Século XIX e início do XX: o Governo Brasileiro incentivou a imigração europeia para substituir a mão de obra escravizada e promover a ocupação territorial, oferecendo terras e benefícios fiscais;
  • Décadas de 1940 a 1960: políticas de industrialização atraíram japoneses, sírios e libaneses;
  • Anos 2000: o país flexibilizou normas para profissionais qualificados e investidores estrangeiros;
  • Desde 2017: a nova Lei da Migração ampliou os direitos dos migrantes e facilitou o acesso à residência e à cidadania, além de prever proteção humanitária.

Ou seja, hoje, diversas razões fazem os estrangeiros de diferentes países virem ao Brasil, seja tanto por turismo (algo temporário), como para fixar residência e começar uma nova vida.

A expansão no mercado internacional, também vem atraindo vários tipos de negócios e investidores, que buscam, principalmente, pelo agronegócio, tecnologia e turismo.

Quais os principais imigrantes no Brasil atualmente?

O perfil dos imigrantes no Brasil mudou nas últimas décadas. Se antes predominavam europeus e asiáticos, hoje o país recebe majoritariamente cidadãos de países latino-americanos e africanos.

Entre os grupos mais numerosos atualmente estão:

  • Venezuelanos: devido à crise econômica e política na Venezuela;
  • Haitianos: após o terremoto de 2010 e instabilidades políticas;
  • Senegaleses e angolanos: em busca de oportunidades de trabalho e estudo;
  • Cubanos: principalmente médicos e profissionais da saúde;
  • Chineses e bolivianos: que atuam no comércio e indústria têxtil. Também há um contingente relevante de portugueses e italianos que buscam o Brasil como destino de aposentadoria ou para empreender.

Tabela de imigrantes no Brasil

Agora, confirma uma tabela exemplificando os imigrantes no Brasil e as principais atividades:

Nacionalidade Quantidade estimada (2024) Principais atividades
Venezuelanos 460.000 Comércio, serviços e agropecuária
Haitianos 160.000 Construção civil e indústria
Bolivianos 90.000 Indústria têxtil e comércio
Senegaleses 42.000 Comércio ambulante e serviços
Cubanos 37.000 Saúde e serviços gerais
Chineses 35.000 Comércio e indústria
Portugueses 30.000 Empreendimentos e aposentadoria

Fonte: OBMigra, Polícia Federal e estimativas de consulados, 2024.

Conclusão

A imigração para o Brasil segue em constante transformação, refletindo contextos econômicos, sociais e humanitários. O país mantém sua tradição de acolhimento, modernizando suas leis para atender novas demandas migratórias. Assim, cada estrangeiro tem os direitos assegurados pela Lei da Migração de 2017, que conversa, especialmente, com os direitos humanos. 

Cada estrangeiro tem a possibilidade de vir temporariamente, passar por uma estada mais longa, fixar residência e até mesmo buscar pela naturalização brasileira, caso seja o desejo do estrangeiro.

Para imigrar legalmente, você precisa respeitar os requisitos documentais, escolher a categoria de visto adequada e se manter atento às atualizações legislativas. Em meio a desafios e oportunidades, o Brasil segue sendo um destino acessível e diversificado para migrantes de todo o mundo.

E, caso você possua dúvidas sobre seu plano migratório, o auxílio de um advogado especializado em Direito Internacional pode trazer mais tranquilidade e agilidade no processo, já que o profissional está acostumado com leis internacionais, nacionais e todos os documentos necessários para a mudança de país.

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Advogado para difamação de médicos: qual procurar nesse caso? https://koetz.digital/advogado-para-difamacao-de-medicos/ https://koetz.digital/advogado-para-difamacao-de-medicos/#respond Wed, 30 Jul 2025 11:48:09 +0000 https://koetz.digital/?p=50988 Atualmente não existe mais um mundo sem redes sociais, que são ativamente utilizadas tanto por médicos e também pacientes. Elas se tornaram ferramentas essenciais para divulgação de trabalho, construção de reputação e também um meio de interação e aproximação entre médico e paciente.  Na medida que as redes sociais se tornaram mais presentes, a velocidade… Advogado para difamação de médicos: qual procurar nesse caso?

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Atualmente não existe mais um mundo sem redes sociais, que são ativamente utilizadas tanto por médicos e também pacientes. Elas se tornaram ferramentas essenciais para divulgação de trabalho, construção de reputação e também um meio de interação e aproximação entre médico e paciente. 

Na medida que as redes sociais se tornaram mais presentes, a velocidade de transmissão das informações e de contato entre pessoas desconhecidas aumentaram significativamente. Mas o que isso interfere em você, médico? Muito simples, hoje o médico está mais exposto a comentários negativos, avaliações ruins em plataformas como “Google” ou “Doctoralia” e comentários maldosos. 

Em suma, basta uma insatisfação mal resolvida para um paciente (ou até colegas) publicar relatos públicos que podem prejudicar a reputação do profissional da medicina. 

A mera publicação de relatos negativos, por si só, não é ilícita, mas há limites que, se ultrapassados, podem se enquadrar como difamação e ter sérias consequências jurídicas. É sobre isso que trataremos neste texto: O que é a difamação e como se proteger.

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O que é difamação?

A facilidade na proliferação de informações com a consolidação da internet e das redes sociais abriram espaço para comentários maldosos, difamações, postagens inverídicas, críticas infundadas e exposições públicas que nem sempre condizem com a realidade.

E quando se trata da carreira de um médico, a reputação construída em anos de trabalho árduo pode se esvair com um mero comentário mal-intencionado e difamatório. Mas o que é difamação? 

A difamação ocorre quando alguém atinge a reputação de outra pessoa, espalhando informações ofensivas, muitas vezes inverídicas. No caso dos médicos, isso pode vir de pacientes insatisfeitos, colegas de profissão ou até mesmo concorrentes.

Difamação é um crime e está previsto no artigo 139 do Código penal. Este crime ocorre quando alguém atribui a outra pessoa um fato ofensivo à sua reputação, mesmo que esse fato não seja falso.

Um exemplo: Paciente insatisfeito posta nas redes sociais que um médico é negligente, que atende em 3 minutos e nem olha para o paciente e isso “quase matou meu parente”. Isso pode configurar difamação, mesmo que a exposição não contenha informação falsa. 

O texto continua após o vídeo.

Em resumo poderá enquadrar-se como difamação todo, conteúdo ofensivo e exposto a terceiros com a intenção de atingir a reputação do médico. Ou seja, mesmo que o paciente afirme algo que realmente acontece, como “esperei duas horas por esse médico, que mal me olhou, não passou exames e agravou minha situação”, se a forma como o paciente expõe é ofensiva e desproporcional, pode caracterizar difamação.

O texto continua após o vídeo.

A difamação contra médicos normalmente ocorrem em contextos como: redes sociais, grupos de WhatsApp, fóruns de saúde, avaliações no Google e até boca a boca, desde que o conteúdo ofensivo tenha sido repassado a terceiros. 

Mas perceba, nem toda insatisfação ou crítica configura crime. Um mero comentário dizendo que “não me senti bem atendido, achei a consulta rápida demais e não recebi muita atenção” é algo legítimo e não configura difamação. Agora, se essa critica escala para “Esse médico é um mercenário e só quer saber de dinheiro”, então o discurso ultrapassa a liberdade de e expressão e pode ser enquadrado como difamação.

Mas se você foi ofendido em redes sociais e acha que pode ter sido difamado, o que fazer? Vamos ver adiante.

O que um médico pode fazer se for vítima de difamação?

Caso você seja vítima de comentários ofensivos, é importante definir o caminho jurídico a ser seguido. Por se tratar de um crime, é possível registra um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de sua Região, além de reunir provas, prints, links, áudios, datas e testemunhas que possam colaborar com uma eventual investigação.

Após isso, deve ser avaliado qual caminho processual tomar, dentre os quais, são possíveis:

  • Ação Criminal para responsabilizar o autor pelo crime de difamação;
  • Ação cível por danos morais para buscar indenização;
  • Pedido de retirada de conteúdo;
  • Direito de resposta (quando cabível).

Tão importante quanto decidir qual caminho seguir, é necessário entender o que não se deve fazer nesses casos. Diante dessas ofensas é necessário evitar:    

  •  Não fazer nada ou demorar agir: a demora em reparar os danos causados por ofensas desproporcionais pode gerar danos graves à reputação do médico, pois na internet a informação circula rapidamente e qualquer tempo perdido pode aumentar significativamente o alcance.
  • Agir de maneira impulsiva: como troca de ofensas, pois é péssimo para a reputação do médico a troca de acusações públicas com pacientes eventualmente insatisfeitos. 

Antes de decidir qual o melhor caminho a seguir, recomendamos que procure um advogado especializado em Direito Médico e Crimes contra a Honra, especialmente voltado para profissionais da Medicina.

O texto continua após as imagens.

Assim você terá segurança na tomada de decisão e na escolha do melhor caminho a seguir para coibir e interromper os danos à sua reputação causados por atos difamatórios.

O que é preciso para provar difamação?

A difamação, como já vimos, é um crime. Mas a responsabilização do autor do ato depende de um processo e, como todo processo, é necessário ter todos os elementos para dar sustentação jurídica. 

Para provar a difamação, é necessário haver um fato divulgado, ou seja, uma declaração identificável, como uma postagem e um comentário, além disso, é importante a identificação clara do médico, mesmo que sem citar o nome, caso seja possível associar diretamente o fato divulgado ao médico ofendido.

A imagem mostra um banner do Medic Safe, assistência jurídica para médicos. Com um botão do WhatsApp.

É igualmente importante que haja um caráter ofensivo do conteúdo, que afete a reputação ou imagem profissional e que este conteúdo ofensivo seja divulgado a terceiros, pois não basta que a ofensa seja privada, precisa que seja direcionado a mais de uma pessoa. 

Comprovando estes quatro elementos, sendo: fato divulgado, identificação clara do médico, caráter ofensivo do conteúdo e divulgação a terceiros, certamente um processo criminal de difamação terá consideráveis chances de êxito.

Como proceder com pacientes que ameaçam difamar?

Os pacientes e familiares estão muitas vezes passando por situações delicadas. Isso pode fazer com que ameacem realizar condutas inadequadas, de maneira muitas das vezes impensadas. 

Isso é humanamente compreensível, mas não é por isso que você, médico, deve aguardar passivamente uma difamação pública. Isso porque, apesar de poder exigir judicialmente a retirada de conteúdo ofensivo, a existência deste conteúdo, mesmo que por poucos dias, pode ser suficiente para manchar a reputação construída por anos.

Portanto, é recomendável a tentativa de evitar a difamação antes que a mesma ocorra. Para isso é necessário manter uma postura profissional, sempre evitando, confrontos, tentar empaticamente entender o lado do paciente e explicar tecnicamente as razões para as condutas médicas adotadas, assim, tentando contornar a insatisfação do paciente. 

Além disso, você deve se proteger. Mas como fazer isso? Ao primeiro sinal de insatisfação grave, passe a registrar as comunicações, como mensagens ou áudios; se possível deixe o paciente assinar termos de esclarecimento ou ciência, informe de forma respeitosa que acusações sem fundamento podem gerar responsabilizações jurídicas e, acione a sua assessoria jurídica ao menor sinal de risco. 

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre prontuário médico: saiba comose proteger! Entenda por que o prontuário é a linha de defesa número um do médico — e como evitar erros que podem custar caro! Seção 1: O QUE É O PRONTUÁRIO MÉDICO? Texto: Documento técnico que registra todo o histórico clínico do paciente; Deve ser preenchido de forma clara, objetiva e cronológica; É obrigatório e serve como prova em processos judiciais, sindicâncias e auditorias; A ausência ou má elaboração pode gerar responsabilização do profissional. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! 🟥 O prontuário é do hospital, então o médico não precisa se preocupar.” ✅ O médico é responsável direto pelo conteúdo que escreve. 🟥 “Só preciso escrever o básico. Quanto menos, melhor.” ✅ Prontuários genéricos prejudicam a defesa do médico. Quanto mais detalhado e preciso, mais segurança jurídica. 🟥 “O juiz sempre valoriza a palavra do médico.” ✅ A prova escrita é mais forte no processo. 🟥 “Posso corrigir ou completar o prontuário depois.” ✅ Registros devem ser feitos em tempo real. Alterações tardias podem levantar suspeitas de fraude ou má-fé. 🟥 “Não existe punição se eu esquecer de preencher algo.” ✅ Omissões podem configurar negligência ou imperícia, com repercussão ética, civil e até criminal. Seção 3: COMO MANTER UM PRONTUÁRIO LEGALMENTE SEGURO? Faça os registros no ato do atendimento, sem atrasos; Use linguagem técnica, clara e livre de julgamentos pessoais; Evite rasuras ou anotações subjetivas; Garanta o sigilo das informações, conforme a LGPD e o Código de Ética; Em caso de dúvidas, consulte o setor jurídico do hospital ou seu advogado. Seção 4: E SE O PRONTUÁRIO FOR QUESTIONADO? Uma assessoria jurídica especializada deve ser acionada; Mesmo com falhas no prontuário, é possível montar uma estratégia de defesa com outros documentos e testemunhas; Prontuário bem feito é o melhor método de segurança para o profissional da saúde; Prevenir é mais barato e eficaz do que remediar um processo; Ter auxílio de um advogado especialista, sempre presente, pode ser a chave da tranquilidade!

Lembre-se: sua reputação é um dos maiores patrimônios. A qualquer sinal de risco, aja rápido e de maneira profissional e, preferencialmente, conte com uma assessoria jurídica para lhe auxiliar na tomada de decisões, especialmente nestes momentos delicados.

Como diferenciar uma crítica de um paciente de uma difamação?

Nem todas as críticas são consideradas difamação. Uma crítica legítima deve necessariamente ser respeitosa, ainda que possa mostrar uma insatisfação em relação ao atendimento de um médico. 

Escrever um relato pessoal, simples, respeitoso e sem acusações, como: “não me senti bem atendido, foi demorado demais, não conseguiu resolver meu problema” é uma crítica que está dentro do limite aceitável da liberdade de expressão, portanto não pode ser considerado uma difamação.

Por outro lado, uma afirmação de fatos ofensivos, que coloquem em dúvida a reputação do médico como “esse médico é irresponsável, nem olhou para mim e quase me matou” é uma afirmação que ultrapassa o limite do aceitável e pode ser considerado crime.

Em resumo, uma crítica que demonstre de maneira respeitosa, sem tom acusador tende a não ser considerado o crime e é isso que diferencia uma ofensa difamatória de uma crítica aceitável.

Qual advogado procurar em caso de difamação?

O ideal é procurar um Escritório de Advocacia especializado que entenda não apenas da parte penal, mas também do Direito Civil e Direito Médico.  Além disso, ter conhecimento sobre rotina hospitalar, regulamentação e funcionamento dos Conselhos Regionais e Federal e particularidades da profissão faz toda diferença na hora de montar a melhor estratégia. 

Esse Escritório de Advocacia irá atuar na produção de provas, pedido de remoção de conteúdo, pedido de indenizações e até ação judicial, se necessário. 

Por fim, é importante lembrar que a reputação do médico é um dos seus maiores patrimônios e quando ameaçada, vale a pena contar com quem entenda tanto da legislação quanto da realidade médica. Se você está passando por isso, busque ajuda jurídica especializada pra lhe auxiliar nessa situação desesperadora.

O texto continua após o vídeo.

Quanto custa um processo por difamação?

O valor de um advogado para um processo de difamação dependerá das especificidades do caso, da experiência profissional, do tipo e complexidade do caso, além da região.

Em caso de assessoria jurídica mensal, os valores geralmente são fixos. Ou seja, de forma similar a um plano de saúde, o médico paga um valor mensal e passa a ter a tranquilidade de uma assessoria jurídica quando necessário. Nestes casos, a cobertura contratual de um processo de difamação dependerá do que foi acertado entre o Médico e o Escritório de Advocacia no fechamento do contrato 

Para atuação em processo único normalmente há honorários iniciais ou por etapas e, muitas das vezes, honorários finais.

Difamação, calúnia e injúria são a mesma coisa?

Estas três hipóteses são crimes. A semelhança maior entre eles é que todos se tratam de crimes contra a honra, mas são diferentes. 

A Difamação, como já falamos, costuma ser mais comum dentro do contexto de uma insatisfação do paciente quanto a um atendimento médico e se caracteriza pela atribuição de um fato ofensivo à reputação de alguém. Por exemplo: “Ele me atendeu de forma muito negligente, me deixou esperando e nem sequer fez os exames e agravou minha situação”.

A Calúnia, embora um pouco menos comum que a difamação, também pode surgir no contexto médico. Neste caso, importa em acusar alguém falsamente de cometer um crime. Uma das grandes diferenças entre calúnia e difamação é justamente essa. Na calúnia há imputação de um crime ao médico. Por exemplo: “Esse médico falsifica receitas”.

No caso da Injúria, ela se diferencia da difamação porque naquela (difamação), há imputação de um fato específico. Na Injúria, há uma ofensa direta à dignidade do médico, como por exemplo: “esse médico é um idiota e incompetente”.

Os três são casos de crimes contra a honra, sendo a difamação mais comum de se encontrar na atuação médica.

Como os médicos podem se proteger na internet?

Com a quantidade de pessoas online nos dias atuais, não dá para ignorar que a imagem do médico também está exposta e que, qualquer comentário, resposta ou postagem mal interpretada pode virar um grande problema. Para isso é importante alguns cuidados básicos.

Evite responder pacientes em rede social, especialmente quando o tom for de crítica. Muitas das vezes é melhor o silêncio ou resposta neutra e educada. Vale deixar os perfis pessoais com privacidade ajustada, evitando a mistura entre vida profissional e pessoal. 

Evite expor casos clínicos, mesmo que de forma genérica. Se precisar compartilhar conteúdo técnico, use uma linguagem adequada e sem nenhuma chance de identificação do paciente ou do hospital/clínica. 

Por fim, registre tudo. Se receber ameaça, comentário ofensivo ou mensagem suspeita, tire print e guarde link. Se estiver saindo do controle, evite resolver sozinho. Nessa hora, a orientação jurídica pode fazer toda a diferença.

O texto continua após o vídeo.

Conclusão

Difamação contra médicos é um problema sério e quando envolve médicos, vai além da imagem. Pode impactar a carreira, negócios, segurança emocional, empregos e até mesmo a relação com os próprios pacientes, tanto os afetados, quanto os demais, afinal, um comentário do tipo “Esse médico não sabe o que faz” pode afastar muitos pacientes de você.

Por isso, entender o que é difamação, como pode se proteger e saber como agir é essencial não somente para minimizar os riscos de sofrer represálias digitais, mas também para saber como agir, caso necessário.

Lembre-se: nem toda crítica é crime, mas quando passa dos limites, o médico tem todo o direito de se proteger e o melhor caminho para isso é agir com calma, reunir provas e preferencialmente buscar orientação especializada. Até porque, quem dedica sua vida a cuidar dos outros, também precisa cuidar de si e da própria reputação.

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O que é naturalidade, como saber a sua e como preencher https://koetz.digital/naturalidade/ https://koetz.digital/naturalidade/#respond Mon, 28 Jul 2025 17:00:18 +0000 https://koetz.digital/?p=48861 Muitas pessoas acabam se deparando com o termo naturalidade e possuem inúmeras dúvidas, mesmo o termo estando na maioria de cadastros e formulários. Hoje, você vai entender exatamente do que se trata, já que a naturalidade é uma informação básica, que, no geral, está presente em todos os documentos oficiais do Brasil, como o Registro… O que é naturalidade, como saber a sua e como preencher

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Muitas pessoas acabam se deparando com o termo naturalidade e possuem inúmeras dúvidas, mesmo o termo estando na maioria de cadastros e formulários.

Hoje, você vai entender exatamente do que se trata, já que a naturalidade é uma informação básica, que, no geral, está presente em todos os documentos oficiais do Brasil, como o Registro Geral (RG), certidão de nascimento, passaporte, título de eleitor, carteira de trabalho, entre outros.

É importante que você saiba exatamente do que o termo se trata para que você possa preencher esses documentos com segurança, sem nenhum tipo de confusão. Agora, explico com detalhes o que é naturalidade, como você pode consultar a sua e ainda se é possível alterar este tipo de dado.

Acompanhe!

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O que é naturalidade?

Naturalidade é o termo utilizado para identificar o local de nascimento de uma pessoa, definido pelo município e pelo estado onde o nascimento ocorreu. Ou seja, é uma informação de natureza geográfica e de registro, e não jurídica.

Sendo assim, a naturalidade não implica nenhum vínculo político, cívico ou de cidadania com o país, ou estado, mas serve como um dado de identificação no âmbito civil. Portanto, é registro de direito de qualquer cidadão. 

Por exemplo, se uma pessoa nasceu na cidade de Curitiba, no estado do Paraná, a naturalidade será registrada como “Curitiba – PR”. Este dado consta obrigatoriamente na certidão de nascimento e, a partir dela, é replicado nos demais documentos pessoais. Vale ressaltar que a naturalidade é, geralmente, impossível de mudar, somente em algumas exceções previstas pela legislação brasileira.

Qual a diferença entre naturalidade e nacionalidade?

Apesar de frequentemente confundidos, naturalidade e nacionalidade são conceitos distintos e possuem finalidades diferentes.

A confusão se dá porque os dois conceitos dizem respeito à origem da pessoa, mas sob perspectivas diferentes. A naturalidade se refere ao local físico onde a pessoa nasceu, ou seja, cidade e estado (ou cidade e país, no caso de nascidos no exterior).

Já a nacionalidade, é o vínculo jurídico e político entre uma pessoa e um Estado, sendo responsável por definir a cidadania, os direitos e os deveres legais do cidadão, conforme previsto na Constituição Federal.

A nacionalidade confere ao indivíduo a proteção diplomática do país, o direito de votar e ser votado, e a possibilidade de acesso a determinados cargos públicos. Já a naturalidade tem aplicação prática restrita a aspectos de identificação civil.

Posso ter naturalidade de um país e nacionalidade de outro?

Sim, você pode ter naturalidade de um país e nacionalidade de outro. Um caso comum é o de filhos de brasileiros nascidos no exterior. Imagine um casal de brasileiros que vive no Canadá e tem um filho em Toronto.

Essa criança terá como naturalidade “Toronto — Canadá”, ao nascer naquela cidade, mas poderá ter nacionalidade brasileira, por ser filha de brasileiros, conforme o princípio do jus sanguinis (direito de sangue), previsto no artigo 12 da Constituição Federal.

Essa situação também se aplica a brasileiros que vivem temporariamente fora do país e registram o nascimento dos filhos nos Consulados Brasileiros.

A criança poderá ser registrada como brasileira nata, mesmo que a naturalidade conste como sendo de outro país. A distinção entre naturalidade e nacionalidade, nesses casos, é especialmente importante para entender os direitos de cidadania.

A naturalidade pode ser alterada?

Já adianto que a alteração da naturalidade não é algo comum e só pode ocorrer em hipóteses específicas, previstas na Lei n.º 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos), especialmente nos artigos 97 e 109.

As principais situações que autorizam a mudança são:

  • Erro evidente no registro original, como a grafia incorreta do município ou a indicação equivocada do local de nascimento;
  • Nascimento ocorrido em local diferente da residência dos pais, por circunstâncias emergenciais ou excepcionais (como a gestante entrar em trabalho de parto em viagem).

Nesses casos, os pais podem solicitar, no prazo legal, que conste como naturalidade a cidade de domicílio da família. Retificação judicial ou administrativa por erro material, quando houver comprovação documental suficiente para corrigir o registro.

Portanto, não é permitido alterar por vontade própria, como por uma simples preferência pessoal pela cidade em que reside ou com a qual tem maior afinidade.

Ou seja, caso você se interesse pela mudança na naturalidade, é necessário seguir todo um plano jurídico, para que essa alteração seja feita, com base em fatos concretos.

Como saber minha naturalidade?

Para saber a sua naturalidade, a forma mais fácil é verificar a fonte oficial e definitiva: a certidão de nascimento, documento no qual o cartório registra o local exato do nascimento. Para consultar sua naturalidade com segurança, basta verificar a cidade e o estado que estão na certidão.

Além da certidão de nascimento, outros documentos que costumam replicar essa informação são:

  • Registro Geral (RG);
  • Passaporte;
  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • Cadastro de Pessoa Física (CPF);
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
  • Documentos escolares e acadêmicos.

Se houver divergência entre os documentos — o que pode ocorrer por erro de digitação ou atualização —, a certidão de nascimento prevalece. Caso identifique um erro, o cidadão pode solicitar a retificação/alteração no cartório responsável, com base em documentos que comprovem, de fato, este erro.

Como preencher corretamente o campo “naturalidade”?

Para preencher esse campo você deve prestar bastante atenção para não cometer erros. Apesar de parecer uma tarefa simples, muitas pessoas acabam se confundindo e preenchendo documentos ou formulários de forma errada.

Veja como proceder em diferentes cenários:

  • Se você nasceu no Brasil: preencha com o nome do município seguido pela sigla do estado. Exemplo: Naturalidade: Fortaleza – CE; Naturalidade: Florianópolis – SC;
  • Se você nasceu no exterior: informe a cidade e o país de nascimento. Exemplo: Naturalidade: Paris — França; Naturalidade: Nova Iorque — Estados Unidos.

Além disso, fique atento: morar em determinada cidade não altera sua naturalidade. Mesmo que você tenha vivido toda a vida em outra localidade, a naturalidade é determinada pelo local do nascimento registrado oficialmente. Ou seja, se mesmo você mudando de município, estado ou país, sua naturalidade permanece a mesma. 

E, também, em preenchimento digital, no caso de formulários online, é comum que os sistemas exijam o nome da cidade e a sigla do estado de forma padronizada. Evite abreviações incorretas ou nomes incompletos, pois isso pode causar inconsistências em cadastros públicos e privados.

Perguntas frequentes

Veja as principais dúvidas sobre o assunto e como resolvê-las. Agora, separei as situações que mais confundem as pessoas sobre o tema. Entenda mais e veja quais passos seguir!

Quem nasce em território brasileiro tem sempre naturalidade brasileira?

A naturalidade será de uma cidade e estado do Brasil, como “Manaus – AM” ou “João Pessoa – PB”. No entanto, a naturalidade não deve ser confundida com a nacionalidade.

A nacionalidade brasileira será automaticamente atribuída a quem nasce em território nacional, somente em exceções (como filhos de diplomatas estrangeiros em missão oficial).

A naturalidade pode influenciar concursos públicos ou programas sociais?

Sim.

Em alguns concursos ou programas sociais, pode existir exigência de naturalidade ou residência em determinado estado, ou município, especialmente em iniciativas de incentivo regional ou em concursos de órgãos estaduais. Nesses casos, a comprovação correta da naturalidade pode ser um requisito eliminatório.

Como corrigir a naturalidade nos documentos?

Se a naturalidade estiver errada, o primeiro passo é confirmar o dado na certidão de nascimento. Se o erro estiver nos demais documentos (como no RG ou passaporte), você precisa pedir a atualização com base na certidão.

Caso o erro estiver na própria certidão, você precisa solicitar a retificação no cartório onde foi feito o registro, podendo haver necessidade de processo judicial, dependendo da natureza do erro.

Conclusão

Naturalidade é um dado fundamental nos registros civis brasileiros, representando o local onde a pessoa nasceu e servindo como referência em diversos documentos públicos e privados.

Embora muitas vezes confundido com nacionalidade, se trata de uma informação meramente geográfica, sem vínculo jurídico ou político. Saber como identificar a naturalidade corretamente, assim como preencher em formulários e quando é possível alterar, é essencial para conquistar documentos devidamente preenchidos, ou seja, que os registros civis estejam corretos, segundo a legislação.

Em caso de dúvidas ou erros, sempre é recomendável buscar orientação jurídica, para que você tenha uma análise mais detalhada do seu caso em específico. Afinal, cada situação é única e merece ser verificada com atenção. 

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Países que não precisam de visto: quais são e quais as exigências https://koetz.digital/lista-de-paises-que-nao-precisam-de-visto-para-entrar-no-brasil/ https://koetz.digital/lista-de-paises-que-nao-precisam-de-visto-para-entrar-no-brasil/#comments Mon, 28 Jul 2025 15:00:06 +0000 https://koetz.digital/?p=33950 Muitas pessoas possuem o sonho de conhecer diversos países, por várias razões. Sejam elas por turismo, estudo, trabalho temporário ou até mesmo uma mudança mais definitiva. Entretanto, antes de viajar, você precisa ter, com clareza, com é o objetivo da sua viagem, para escolher o visto certo e não ter dores de cabeça no momento… Países que não precisam de visto: quais são e quais as exigências

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Muitas pessoas possuem o sonho de conhecer diversos países, por várias razões. Sejam elas por turismo, estudo, trabalho temporário ou até mesmo uma mudança mais definitiva. Entretanto, antes de viajar, você precisa ter, com clareza, com é o objetivo da sua viagem, para escolher o visto certo e não ter dores de cabeça no momento do embarque. Mas você sabe que alguns países não precisam de visto? Sim, hoje vou falar sobre o assunto, incluindo as principais exigências.

Inclusive, vários estrangeiros possuem o desejo de conhecer o Brasil, ou até mesmo construir uma nova vida por aqui e não sabem por onde começar. Pensando nisso, reuni os principais pontos que podem esclarecer as dúvidas e te ajudar a preparar melhor essa mudança, afinal, uma viagem, seja temporária ou uma estada definitiva, precisa de planejamento. Acompanhe comigo!

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Quais países não exigem visto para entrar no Brasil?

Vários países não exigem visto para entrar no Brasil, isso deve porque o Brasil possui acordos diplomáticos de isenção de vistos com diversos países, incluindo o turismo e negócio. Aliás, o Governo Brasileiro, funciona na base da reciprocidade, ou seja, se algum país não exigir visto de brasileiros, o Brasil acompanha a decisão e não exige destes estrangeiros.

Portanto, diversas pessoas de outros países podem entrar no Brasil sem visto, seja por um período determinado (no geral, 90 dias — sendo possível a prorrogação), desde que não exerçam atividades remuneradas e se concentrem no turismo.

Entre os principais países que não exigem visto para entrar no Brasil, estão:

  • Japão;
  • União Europeia (todos os países do espaço Schengen);
  • Reino Unido;
  • Coreia do Sul;
  • China;
  • África do Sul;
  • Argentina,
  • Chile,
  • Uruguai,
  • Paraguai,
  • Bolívia,
  • Colômbia;
  • E outros países do Mercosul.

Estados Unidos, Canadá e Austrália já possuíram isenção de visto para viagens de até 90 dias até o abril de 2025, mas esta permissão foi suspensa por decreto presidencial, podendo, contudo, ser restabelecida conforme decisão do legislativo brasileiro, que possui em pauta projeto de lei que reestabelece a isenção. Mas, por enquanto, o decreto presidencial ainda vale para estes países.

É importante lembrar que, mesmo sem a exigência de visto, o estrangeiro deve cumprir requisitos como apresentação de passagem de retorno, comprovação de meios financeiros e hospedagem garantida.

Além disso, você deve saber que os países do Mercosul possuem facilidades com o Brasil. Ou seja, tantos cidadãos estrangeiros podem entrar com documento com foto, quanto brasileiros em países associados ao bloco.

Quais países não exigem visto para brasileiros?

Levando em consideração o passaporte brasileiro, que é avaliado como um dos mais “fortes” da América Latina, você, brasileiro, pode viajar sem visto para mais de 150 países. No entanto, essa isenção costuma se aplicar a viagens de curta duração, principalmente para turismo ou negócios.

Alguns exemplos de países que não exigem visto de brasileiros para turismo:

Europa (Espaço Schengen):

  • Alemanha;
  • França;
  • Itália;
  • Espanha;
  • Portugal;
  • Entre outros — até 90 dias.

América do Sul:

Todos os países do Mercosul e associados permitem a entrada somente com RG válido.

América Central e Caribe:

  • Panamá;
  • Costa Rica;
  • Bahamas;
  • República Dominicana;
  • Jamaica.

Ásia:

  • Emirados Árabes Unidos;
  • Filipinas;
  • Malásia;
  • Israel;
  • Turquia.

Oceania:

  • Fiji;
  • Ilhas Cook;
  • Nova Caledônia.

África:

  • Marrocos;
  • Tunísia;
  • África do Sul.

A dispensa de visto não exclui a necessidade de apresentar documentos, como comprovante de hospedagem, recursos financeiros e seguro viagem em alguns casos.

O texto continua após a imagem.

Imagem sobre precisar ou não de visto para viajar pelo Mercosul. Para isso elenca os itens: 1 - Países parte do Mercosul: Países parte do MERCOSUL: Argentina; Brasil; Paraguai; Uruguai; Venezuela (suspensa) e Bolívia: em processo de adesão. 2 - Qual o objetivo da viagem? Para países do Mercosul, a exigência de visto varia conforme o propósito da sua viagem, que pode ser: Turismo; Trabalho; Estudo; Morar em outro país. 3 - Vai a turismo? Não precisa de visto! Se você é cidadão de um país do Mercosul e vai a turismo, apenas sua cédula de identidade é necessária. Não precisa de visto! MAS FIQUE ATENTO: Você precisa respeitar o tempo limite para permanecer no país. No Brasil, esse tempo é de 90 dias. 4 - Trabalho, estudo ou residência? Atenção aos documentos! Para viagens de trabalho, estudo ou residência nos países do MERCOSUL, você precisa apresentar um passaporte válido e, em alguns casos, um visto específico. ATENÇÃO: Cada país tem suas próprias regras de reciprocidade com o Brasil. Antes de viajar, confira se o país exige visto e qual tipo de documentação você precisa apresentar. 5 - No Brasil você tem essas opções de visto: Turismo; Investimento; Reunião Familiar; Nômade Digital (trabalho remoto); Cortesia; Visitas oficiais e diplomáticas.

 

Em qual país o brasileiro pode morar sem visto?

Como comentei anterior, a maior liberdade de residência para brasileiros ocorre entre os países do Mercosul, por meio do Acordo de Residência do Mercosul. Isso permite que cidadãos brasileiros solicitem residência legal de forma mais simplificada nos seguintes países:

  • Argentina;
  • Uruguai;
  • Paraguai;
  • Chile;
  • Bolívia;
  • Colômbia;
  • Peru;
  • Equador.

O processo de residência exige documentos básicos (certidão de nascimento, antecedentes criminais, comprovante de endereço, entre outros), mas dispensa o visto tradicional, facilitando o estabelecimento legal nesses países. E lembre-se que o Mercosul se enquadra em países que não precisam de visto.

Além do Mercosul, Portugal e Itália são países que possuem acordos especiais com o Brasil. No caso de portugueses com estatuto de igualdade, por exemplo, é possível acessar diversos direitos civis e políticos em território português.

Quais países não precisam de visto para entrar nos EUA?

Os países que não precisam de visto para entrar nos EUA, se baseiam no Programa de Isenção de Vistos (Visa Waiver Program – VWP), aplicado pelos Estados Unidos. Ele permite que cidadãos de 40 países entrem nos EUA para turismo ou negócios por até 90 dias sem necessidade de visto, mediante aprovação prévia no sistema ESTA (Electronic System for Travel Authorization).

Entre os países que integram o VWP estão:

  • Alemanha;
  • Austrália;
  • França;
  • Itália;
  • Japão;
  • Coreia do Sul;
  • Espanha;
  • Reino Unido.

O Brasil não faz parte desse programa, mas há discussões recorrentes sobre sua inclusão. Atualmente, brasileiros precisam de visto (geralmente o visto B-2) para entrar nos EUA, exceto em situações específicas como o Global Entry Program, válido para outros tipos  determinados de viajantes frequentes.

Qual o país mais fácil para tirar visto?

Alguns países são reconhecidos por oferecerem processos rápidos, digitais e com alta taxa de aprovação para concessão de vistos, especialmente turísticos.

Entre os mais acessíveis, estão:

  • México: visto eletrônico simples para brasileiros;
  • Turquia: e-Visa disponível online, emitido em minutos;
  • Geórgia: isenção de visto para brasileiros por até 1 ano;
  • Indonésia e Tailândia: processo simples e possibilidade de extensão no local;
  • Canadá (para eTA): se o viajante já possui visto americano ou foi aprovado anteriormente, pode solicitar o eTA com agilidade.

O grau de facilidade pode depender do objetivo da viagem, documentação apresentada e histórico migratório do solicitante.

Quais países não precisam de passaporte?

Alguns países, por conta de acordos regionais, dispensam o uso de passaporte para brasileiros, permitindo a entrada somente com documento de identidade (RG) válido e em bom estado.

Esses países fazem parte, em sua maioria, do Mercosul e estados associados, e incluem:

  • Argentina;
  • Uruguai;
  • Paraguai;
  • Chile;
  • Bolívia;
  • Colômbia;
  • Peru;
  • Equador;
  • Venezuela.

Nesses casos, o RG deve ter sido emitido nos últimos 10 anos, e o viajante deve portar outros documentos de apoio, como passagem de volta e comprovantes de hospedagem.

Por que alguns países exigem visto e outros não?

A exigência (ou não) de visto depende de diversos fatores, entre eles:

  • Relações diplomáticas e acordos bilaterais;
  • Critérios de segurança e controle migratório;
  • Capacidade de reciprocidade;
  • Políticas de incentivo ao turismo;
  • Interesses econômicos e geopolíticos.

Países com altos índices de imigração ilegal ou com demandas internas rigorosas (como os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido) tendem a manter critérios mais restritos para emissão de vistos. Já países com foco no turismo ou com relações amistosas com o Brasil, tendem a adotar políticas mais abertas.

A tendência mundial é a adoção de sistemas digitais de autorização prévia (como o ETA, eTA ou ESTA), substituindo vistos tradicionais em papel.

Conclusão

Pronto, agora você pode entender a relação de outros países e do Brasil, com vistos. Aliás, entender quais países não exigem visto e saber as condições de entrada é essencial para que você possa viajar com segurança e tranquilidade.

O passaporte brasileiro oferece ampla mobilidade, especialmente na América do Sul e Europa. Entretanto, você deve verificar sempre os requisitos atualizados junto às embaixadas ou consulados antes da viagem, já que as regras podem mudar. Assim como contar com o auxílio de um advogado especializado em Direito Internacional, que conhece as regras migratórias dos países e pode ser a chave para evitar problemas futuros. 

Além disso, mesmo sem visto, o viajante precisa cumprir, no geral, obrigações como comprovação de recursos, hospedagem, bilhete de volta e seguro saúde. Para quem deseja morar fora, os países do Mercosul ainda representam a opção mais simples e acessível para brasileiros.

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Nacionalidade brasileira: quais os documentos e quanto demora https://koetz.digital/nacionalidade-brasileira/ https://koetz.digital/nacionalidade-brasileira/#respond Fri, 25 Jul 2025 15:00:54 +0000 https://koetz.digital/?p=48955 A nacionalidade brasileira é um direito fundamental para os cidadãos e pode ser conquistada de formas distintas, como, por exemplo, nascendo no Brasil ou através da naturalização brasileira, caso seja o desejo do estrangeiro. Entretanto, cada um possui requisitos próprios, assim como prazos e documentações específicas. Este assunto desperta grande interesse, principalmente em estrangeiros que… Nacionalidade brasileira: quais os documentos e quanto demora

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A nacionalidade brasileira é um direito fundamental para os cidadãos e pode ser conquistada de formas distintas, como, por exemplo, nascendo no Brasil ou através da naturalização brasileira, caso seja o desejo do estrangeiro. Entretanto, cada um possui requisitos próprios, assim como prazos e documentações específicas.

Este assunto desperta grande interesse, principalmente em estrangeiros que vivem no Brasil e desejam passar pelo processo, desfrutando de todos os direitos civis e políticos que a Constituição Federal Brasileira define. Porém, também surgem dúvidas, afinal, como conquistar a nacionalidade brasileira?

Entender os tipos de nacionalidade, os critérios legais, os trâmites administrativos e as possíveis causas de perda e readmissão da nacionalidade brasileira é essencial para conduzir o processo com segurança e clareza.

Portanto, neste texto, vou explicar os tipos de nacionalidade, assim como os critérios legais e o que você precisa para conquistar a sua nacionalidade brasileira. Além disso, é importante comentar sobre perda ou readmissão da nacionalidade e como você deve se preparar nestas situações. 

Veja os documentos necessários, quais são as opções e qual contempla a sua situação específica. Até porque, a nacionalidade brasileira é um um ato disponível para qualquer cidadão. Acompanhe!

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Qual é a nacionalidade de quem nasceu no Brasil?

A nacionalidade de quem nasceu no Brasil é definida conforme o artigo 12 da Constituição Federal de 1988, ou seja, são considerados brasileiros natos todas as pessoas que nasceram na República Federativa do Brasil. Vale ressaltar, mesmo que ainda possuam filhos de pais estrangeiros, exceto se esses pais estiverem a serviço oficial de seu país de origem.

Assim, o critério do jus soli (direito do solo) é a regra geral para a atribuição da nacionalidade brasileira nata. Portanto, se você nasceu em solo brasileiro, você possui a nacionalidade. 

Além disso, a nacionalidade brasileira também pode ser atribuída aos filhos de brasileiros nascidos no exterior, desde que uma das seguintes condições seja atendida:

  • O registro em repartição consular brasileira competente OU;
  • Se o indivíduo residir no Brasil e optar formalmente pela nacionalidade brasileira.

Nesta situação, vale a importância que os laços de sangue (jus sanguinis) também possam ser reconhecidos como critério de nacionalidade.

Nacionalidade: brasileiro ou brasileira?

Bom, depende!

No nosso idioma, o português, existe a distinção de gênero na utilização do termo: se utiliza “brasileiro” para homens e “brasileira” para mulheres.

Contudo, nos contextos jurídicos e administrativos, o termo “brasileiro” costuma ser usado de maneira neutra e abrangente, englobando ambos os gêneros, especialmente em documentos oficiais, formulários e registros públicos.

Essa neutralidade é adotada para padronizar a linguagem técnica e facilitar a redação de normas legais, mas não invalida ou exclui o uso adequado conforme o gênero da pessoa em contextos cotidianos, acadêmicos ou culturais.

Por exemplo, se você é mulher nascida no Brasil, você vai usar o termo brasileira para preencher formulários ou se identificar. Já no caso do sexo masculino, basta usar “brasileiro”.

Qual a diferença entre brasileiro nato e naturalizado?

Existem diferenças consideráveis entre brasileiro nato e naturalizado, apesar da Lei da Migração de 2017, conceder amplos direitos aos estrangeiros, inclusive naturalizados.

A distinção entre brasileiro nato e brasileiro naturalizado é juridicamente relevante e impacta diretamente o acesso a determinados direitos e cargos públicos.

O brasileiro nato é aquele que nasce em território nacional ou que é filho de brasileiros nascido no exterior, desde que registrado em repartição consular ou venha morar no Brasil com posterior opção formal.

Já o brasileiro naturalizado é o estrangeiro que solicita voluntariamente a nacionalidade brasileira, cumprindo os requisitos estabelecidos por lei. Esse processo é conduzido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Plataforma Gov.br, resultando na concessão da nacionalidade pelo Governo Brasileiro.

É importante destacar que certos cargos e funções públicas são constitucionalmente reservados aos brasileiros natos, como:

  • Presidente e Vice-Presidente da República;
  • Presidente da Câmara e do Senado;
  • Ministro do Supremo Tribunal Federal;
  • Carreira diplomática;
  • Oficiais das Forças Armadas;
  • E outros previstos no §3º do art. 12 da Constituição Federal.

Quais os tipos de naturalização no Brasil?

São vários os tipos de naturalização no Brasil. Ou seja, cabe a você decidir qual se encaixa melhor no seu caso. Entretanto, se possuir dúvidas, contar com o auxílio de um advogado especialista em Direito Internacional pode ser a chave para compreender melhor os requisitos e quais documentos organizar.

A Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017) regulamenta os diferentes tipos de naturalização possíveis no Brasil, permitindo que estrangeiros em diversas situações regularizem sua condição e se tornem brasileiros naturalizados. Cada tipo possui requisitos específicos:

Naturalização Ordinária

A Naturalização Ordinária é a modalidade mais comum, destinada a estrangeiros com capacidade civil, residência comprovada de pelo menos 4 anos no Brasil, domínio funcional da língua portuguesa, e ausência de condenação penal. Esse prazo pode ser reduzido para dois anos se o estrangeiro tiver filho brasileiro ou for casado com brasileiro(a) há mais de um ano.

Naturalização Extraordinária

Já a Naturalização Extraordinária, é concedida a estrangeiros que residem legalmente no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos, desde que não possuam condenação penal. Essa forma de naturalização não exige demonstração de proficiência linguística ou vínculo familiar, sendo um processo mais simplificado.

Naturalização Especial

Essa categoria é voltada a estrangeiros em situações específicas, como:

  • Pessoas casadas com servidores brasileiros em missão diplomática no exterior;
  • Indivíduos que tenham prestado serviço relevante ao Estado brasileiro, como ações humanitárias, científicas ou culturais de grande impacto.

Naturalização Provisória

E a Naturalização Provisória, foi idealizada para atender crianças e adolescentes estrangeiros que entram no país antes dos 10 anos de idade e moram no Brasil de forma contínua até os 18 anos. Ao atingir a maioridade, o indvíduo precisa solicitar a conversão da naturalização provisória em naturalização definitiva, desde que cumpridos os requisitos legais, já que o processo não é automático. 

Quais os documentos para naturalização brasileira?

A documentação exigida varia conforme o tipo de naturalização, mas, de maneira geral, o processo inclui os seguintes itens:

  • Requerimento formal de naturalização, preenchido na plataforma Gov.br;
  • Documento de identificação válido, como passaporte ou CRNM (Carteira de Registro Nacional Migratório), o antigo RNE (Registro Nacional de Estrangeiro);
  • Certidão de nascimento ou casamento, devidamente traduzida por tradutor juramentado e registrada no cartório;
  • Comprovante de residência no Brasil, como contas de consumo ou contrato de aluguel;
  • Certidões de antecedentes criminais expedidas no Brasil e no país de origem;
  • Comprovante de atividade profissional lícita ou de meios de subsistência;
  • Comprovante de proficiência em língua portuguesa, como entrevista com servidor público, declaração ou certificado de proficiência (CELPE-Bras).

Documentos adicionais podem ser exigidos conforme o tipo de naturalização. É fundamental reunir toda a documentação corretamente para evitar atrasos ou indeferimentos (negativas).

Quanto tempo demora para se naturalizar brasileiro?

O tempo necessário para a concessão da naturalização pode variar bastante. No caso da naturalização ordinária, o prazo médio está entre 6 e 24 meses, dependendo da situação da documentação, do número de solicitações em andamento e da análise do Ministério da Justiça.

A naturalização extraordinária, por apresentar requisitos mais objetivos e diretos, costuma ser analisada mais rapidamente. Em contrapartida, processos que envolvam documentos pendentes, inconsistências ou necessidade de pesquisas adicionais podem ultrapassar esse tempo.

Vale lembrar que o acompanhamento do processo pode ser feito online pela plataforma Gov.br, oferecendo maior transparência e praticidade ao requerente.

O que é perda da nacionalidade brasileira?

A nacionalidade brasileira pode ser perdida em situações previstas no § 4º do artigo 12 da Constituição Federal, como:

Quando o cidadão adquire outra nacionalidade voluntariamente, com exceção de:

  • A aquisição da nova nacionalidade for condição imposta pelo país estrangeiro para o exercício de direitos civis ou para residência permanente;
  • A nova nacionalidade for automática, decorrente de nascimento em território estrangeiro ou de casamento;
  • Ou se o brasileiro naturalizado for condenado por sentença transitada em julgado por ato considerado nocivo ao interesse nacional.

Nesses casos, a perda da nacionalidade ocorre por ato formal do Presidente da República, precedido de processo administrativo com garantia do contraditório e da ampla defesa. Ou seja, você possui o direito de defesa nesses casos, sendo uma regra estabelecida pelo Governo Brasileiro. 

Como readquirir a nacionalidade brasileira?

Para readquirir a nacionalidade, saiba que é um ato previsto pela Lei de Migração e está disponível para brasileiros que renunciaram voluntariamente à nacionalidade.

Para isso, é necessário protocolar requerimento junto ao Ministério da Justiça, apresentando:

  • Comprovação de vínculo com o Brasil, como residência, laços familiares ou atividade profissional;
  • Documentos de identificação e de antecedentes criminais atualizados;
  • Justificativa fundamentada para o pedido de readmissão.

Após análise e deferimento, ou seja, a aceitação do Governo Brasileiro, o indivíduo volta a ser considerado brasileiro naturalizado, retomando seus direitos civis e obrigações perante o Estado Brasileiro.

Conclusão

A conquista da nacionalidade brasileira é um processo estruturado, acessível e de grande importância para estrangeiros que desejam fazer parte de forma mais consistente do Brasil, de forma legal e definitiva. Afinal, foi o país escolhido para uma nova etapa de vida. 

Conhecer as modalidades de naturalização, os documentos exigidos, os prazos envolvidos e as consequências jurídicas da perda ou recuperação da nacionalidade é essencial para conqusistar segurança jurídica e cidadania plena.

O Brasil, como Estado democrático de direito, valoriza a inclusão e a regularização de imigrantes, fortalecendo os laços sociais, culturais e econômicos com estrangeiros que escolhem o país como lar. A naturalização é, portanto, um passo importante para quem deseja fazer parte dessa construção coletiva.

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Defesa médica: o que é e como o profissional pode se proteger? https://koetz.digital/defesa-medica/ https://koetz.digital/defesa-medica/#respond Fri, 25 Jul 2025 11:53:17 +0000 https://koetz.digital/?p=50977   Há no Brasil, um crescente judicialização de casos médicos, motivado pelo crescimento da internet, utilização de pesquisas em sites e popularização das IA’s. Entenda hoje, sobre a defesa médica. Ainda mais com esse aumento exponencial da facilidade de acesso à tecnologia, os pacientes podem: Fazer pesquisas de sintomas, tratamentos e doenças na internet e… Defesa médica: o que é e como o profissional pode se proteger?

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Há no Brasil, um crescente judicialização de casos médicos, motivado pelo crescimento da internet, utilização de pesquisas em sites e popularização das IA’s. Entenda hoje, sobre a defesa médica. Ainda mais com esse aumento exponencial da facilidade de acesso à tecnologia, os pacientes podem:

  • Fazer pesquisas de sintomas, tratamentos e doenças na internet e tirar suas próprias conclusões, mas sem ter o conhecimento completo em Medicina;
  • Utilizar Inteligência Artificial pra entender e ler sintomas e exames, mesmo antes da consulta médico, gerando uma interpretação muitas vezes incorreta;
  • Expor relatos nas redes sociais sobre atendimentos e procedimentos médicos com mais facilidade, muitas vezes com interpretações equivocadas, o que pode gerar pressão pública, danos a imagem ou mesmo denúncias infundadas no CRM.

O texto continua após o vídeo.

Esse cenário descrito acima colabora bastante para o aumento da judicialização de condutas médicas e torna mais relevante e imediata a necessidade de proteção médica contra eventuais condutas judiciais.

Portanto, é essencial entender o que é defesa médica, quem pode fazer e como o profissional pode se proteger de forma eficiente.

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O que é defesa médica?

A defesa médica ou defesa do Médico é um conjunto de medidas e estratégias adotadas para resguardar o médico de acusações, tanto na esfera judicial, quanto na esfera ética (CRM).

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre a responsabilidade civil do médico. Título: Responsabilidade civil do médico: entenda como funciona e como se proteger! Descubra o que é, quando se aplica e quais cuidados podem evitar ações judiciais na sua carreira. Seção 1: O QUE É A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO? É a obrigação de reparar um dano causado no exercício da profissão, se houver conduta considerada inadequada; Não depende, necessariamente, de má-fé ou intenção de causar prejuízo; Pode gerar dever de indenizar danos morais, estéticos ou materiais; Para existir, exige conduta culposa, dano comprovado e nexo causal entre a conduta e o dano; É de natureza subjetiva, o médico tem pleno direito à defesa. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! Se não houve intenção, não existe responsabilidade civil.” Mesmo sem má-fé, condutas imprudentes, negligentes ou imperitas podem gerar responsabilidade. “O paciente precisa provar tudo sozinho.” O prontuário, exames e registros médicos são provas fundamentais e podem ajudar ou prejudicar o médico. “Só erros graves geram responsabilidade civil.” Pequenas falhas com consequências relevantes para o paciente também podem motivar processos. “É só prometer resultado para o paciente que ele vai confiar mais.” Promessas de resultado podem ser usadas contra o médico em caso de complicações. “Se o paciente assinou um termo, estou 100% protegido.” O consentimento informado é essencial, mas não substitui a boa prática médica e o cuidado técnico. Seção 3: COMO EVITAR A RESPONSABILIDADE CIVIL? Registre tudo no prontuário, de forma técnica, clara e cronológica; Sempre colha consentimento esclarecido por escrito, explicando, riscos e limites do procedimento; Mantenha comunicação empática e respeitosa com paciente e familiares; Siga protocolos e recomendações médicas reconhecidas; Nunca prometa resultados, explique riscos e incertezas; Busque apoio jurídico preventivo para orientações específicas. Seção 4: E SE VOCÊ FOR ACIONADO JUDICIALMENTE? Procure imediatamente um advogado especializado em Direito Médico; Apresente toda a documentação, incluindo prontuário, exames, consentimentos e registros; Um prontuário bem elaborado é a principal linha de defesa; Prevenção é mais eficiente e econômica do que reagir a um processo; Ter assessoria jurídica constante aumenta a segurança e tranquilidade no exercício da medicina. Lembre-se que procurar uma assistência jurídica especializada não é luxo e, sim, uma proteção estratégica. Não deixe para depois!

A defesa pode ser:

Defesa reativa: É uma defesa como reação a uma acusação. Popularmente conhecida como “Responder a um processo”. Neste cenário o médico por meio de sua assessoria age após a instauração do processo.

Defesa preventiva: É um conjunto de medidas que visa prevenir um litígio judicial ou no CRM, por meio de instruções e orientações nas condutas médicas com objetivo de evitar o problema.

Em qualquer dos casos a defesa médica é realizado por advogados, preferencialmente especializados e conhecedores da realidade médica, ao poder envolver análise técnica, documental, de laudos e perícias médicas, além de argumentação técnica específica da área da medicina.

O texto continua após o vídeo.

Qual a diferença entre defesa médica criminal, cível e ética?

O médico pode ser responsabilizado tanto na esfera ética (CRM), quanto nas esferas cíveis e criminal (Judicial). A estratégia e o tom da defesa médica será diferente em cada área. Explicando:

Defesa médica na esfera ética: é um processo no CRM, não envolve justiça, dessa forma a produção de provas é mais curta e o processo tende a demorar mais tempo. Apesar disso, o lado técnico da defesa pode ser mais complexo, porque os processos no CRM são conduzidos por outros médicos designados pelo próprio CRM.

O texto continua após o infográfico.

A imagem traz um infográfico sobre o Conselho Regional de Medicina. Título: Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? Saiba o que esperar de uma sindicância e como se proteger desde o primeiro momento. Seção 1: O QUE É O CRM E O QUE ELE FAZ? O Conselho Regional de Medicina (CRM) é o braço estadual do Conselho Federal de Medicina; Fiscaliza o exercício ético da medicina e defende a dignidade da categoria; Registra médicos, apura denúncias e julga condutas éticas; Pode aplicar desde advertência até cassação do registro profissional; Não julga indenizações nem aplica penas criminais, isso cabe à Justiça. Seção 2: QUANDO O CRM PODE INVESTIGAR UM MÉDICO? Negligência, imprudência ou imperícia; Violação de sigilo profissional; Publicidade sensacionalista; Assédio moral ou sexual; Abandono de paciente; Prescrição ou tratamento fora da literatura validada; Fraude em atestados ou receitas. Seção 3: COMO FUNCIONA O PROCESSO NO CRM? Denúncia recebida: nem toda denúncia vira processo; Sindicância instaurada: investigação preliminar para apurar a conduta; Resposta do médico: pode encerrar o caso ou levar a processo ético-profissional; Processo ético: análise aprofundada e julgamento pelo CRM; Decisão: arquivamento, advertência, suspensão ou cassação do registro. Seção 4: ALERTAS E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Não subestime a sindicância: ela pode definir todo o rumo do caso; Respeite prazos: ignorar notificações é caminho certo para condenação; Prepare provas desde o início: prontuários, laudos, conversas e documentos de apoio; Trate o CRM como instituição, não como inimigo: postura arrogante prejudica a defesa; Una técnica médica e estratégia jurídica: resposta genérica enfraquece sua posição; Trabalhe com tempo e calma: respostas feitas às pressas tendem a ser incompletas. Seção 5: MELHORES PRÁTICAS PARA UMA DEFESA EFICAZ Busque apoio jurídico especializado desde a primeira notificação; Mantenha prontuários e documentos em ordem; Responda de forma clara, fundamentada e embasada tecnicamente; Seja cordial e objetivo em depoimentos e comunicações; Encare a defesa no CRM como parte da proteção da sua carreira. A cada momento que você passa sem aconselhamento jurídico especializado é um risco! Não deixe sua carreira sofrer as consequências.

Defesa médica na esfera cível: processos cíveis tendem a ser muito longos, chegando a alguns anos de duração. Além disso, são processos que envolvem muitas etapas de produção de provas, com audiência, perícias, oitiva de testemunhas, entre outros. Então é comumente é a área no qual a defesa médica costuma ser mais longa e robusta.

Defesa médica na esfera criminal: neste caso depende de qual crime imputado ao médico, mas geralmente envolve situações como lesão corporal, omissão de socorro ou até homicídio culposo. Neste caso a atuação tende a ser extremamente técnica, já que o processo pode levar à pena de prisão.

Importante destacar que um mesmo fato (um mesmo erro médico, por exemplo), pode gerar processos em mais de uma dessas esferas ao mesmo tempo, inclusive em todas. Por isso é importante contar com uma equipe jurídica interdisciplinar, que além de estar acostumada a enfrentar desafios jurídicos médicos, esteja habituada à atuação em diversas esferas.

A imagem mostra um banner do Medic Safe, assistência jurídica para médicos. Com um botão do WhatsApp.

Diversas condutas médicas, ainda que dotada de toda cautela, podem ser objeto de denúncia, pois para a denúncia acontecer, basta uma insatisfação do paciente, ainda que equivocada ou sem motivo.

Dentre os mais comuns fatos que podem gerar denúncias no Conselho Regional de Medicina, estão:

  • Erro médico: O erro médico é um dos principais motivos para denúncia e podem gerar processos no CRM caso o erro médico tenha ocorrido com negligência, imprudência ou imperícia do médico;
  • Violação de sigilo médico: de maneira geral, a relação médico/paciente é dotada de sigilo. A quebra dessa confidencialidade, mesmo sem intenção, pode levar à responsabilidade ética;
  • Desrespeito à autonomia do paciente: realização de tratamentos ou procedimentos sem consentimento do paciente, ou ignorando suas vontades expressas;
  • Abandono de paciente: abandonar um paciente em meio a tratamento, sem justificativa razoável ou sem indicar caminhos para continuidade dos tratamentos;
  • Publicidade médica enganosa ou irregular: promessas de resultado, sensacionalismo, alguns casos de “Antes/Depois”, uso de imagens sem autorização, entre outros, estão entre os principais casos de denúncias no CRM por publicidade médica irregular;
  • Assédio moral, sexual ou discriminação: condutas verbais ou físicas e até piadas de mau gosto podem gerar infração ética e processos no CRM;
  • Cobrança indevida ou abusiva: Cobranças fora do combinado ou injustificado, além de confusões entre cobranças cobertas por convênio e realizadas de maneira particular;
  • Receitas e atestados falsos: que podem prejudicar imensamente o médico;
  • Falta de respeito e humanidade no atendimento;
  • Promover exercício ilegal da medicina: por exemplo, delegar a terceiro não habilitado a condução de tratamentos, procedimentos ou exames.
  • Entre outros.

Podemos observar, pela lista acima, que grande parte da atuação médica pode gerar riscos ou denúncias no CRM; por isso, é essencial que o Médico esteja bem assistido para poder minimizar os riscos de processos éticos e, caso aconteçam, seja realizada uma defesa completa e eficiente.

O texto continua após o vídeo.

Como um médico pode se proteger legalmente?

O primeiro passo para se proteger legalmente é agir sempre dentro dos ditames éticos da medicina, além de entender que o paciente e seus familiares tendem a estar em um momento de fragilidade e o que parece simples de entender ou de aceitar, pode ser mais difícil para o paciente. Além disso, é importante:

Manter um prontuário médico detalhado

O prontuário é um documento essencial para a prática médica. Sua utilidade e importância é significativa tanto para o atendimento, mas também para a proteção jurídica do médico. Por ser um material relevante, ele deve registrar toda a histórica clínica do paciente e deve ser conduzido e preenchido com cuidado pelo profissional da saúde.

O texto continua após as imagens.

Obtenha o consentimento livre e esclarecido

É essencial que o médico obtenha do paciente o consentimento informando na tomada de decisões sobre tratamentos, caminhos a seguir e alternativas.

Para garantir a melhor compreensão, é recomendado usar termos mais compreensíveis a leigos na medicina ou, em seguida à utilização de termos técnicos, utilizar a explicação.

É imprescindível que fique claro para o paciente ou seus familiares o real cenário médico, ou de saúde daquele paciente, bem como as consequências, caminhos e alternativas. Ainda que possa parecer redundante ou repetitivo ao médico, muitas das vezes, ser descritivo e até excessivo nas explicações pode minimizar riscos de processos judiciais futuros.

Mantenha-se em constante atualização científica

A constante atualização sobre técnicas, procedimentos e estudos científicos tem dupla função. A primeira, e mais óbvia, é a capacitação, que tem como consequência um melhor atendimento ao paciente.

Além desta primeira função mais clara, a constante atualização do Médico pode ser essencial para justificar condutas, evitar erros técnicos e mostrar responsabilidade profissional, o que certamente minimiza riscos de responsabilização judicial.

Priorize a comunicação afetiva e humanizada

Como já dissemos, são altas as chances de o paciente ou familiar estarem em abalados psicologicamente. Isso se intensifica a depender da especialidade do médico. Um oncologista, por exemplo, atende diariamente pacientes em situações mentais difíceis e a empatia e comunicação afetiva e humanizada são peça chave para cumprir com a esperada postura ética.

Um bom atendimento reduz e muito riscos de denúncias, mesmo quando o resultado não é o esperado.

Respeite o Código de Ética Médica e legislação

Pode parecer básico, mas muitas infrações acontecem por desconhecimento do Código de ética da Medicina. Estar dentro das regras que regem a profissão evita deslizes éticos ou legais que poderiam ser facilmente evitados.

Contrate um seguro de responsabilidade civil profissional

O seguro de responsabilidade civil profissional é um seguro que pode auxiliar imensamente em caso de ação judicial na esfera cível. Isso porque, dependendo da apólice e condições, havendo condenação judicial que preveja uma indenização financeira ao autor, o valor a ser pago a título de indenização pode ser inteira ou parcialmente coberto pelo seguro.

Buscar assessoria jurídica preventiva

Ter uma assessoria jurídica por perto, especialmente antes de o problema aparecer, pode mudar tudo. O apoio na tomada de decisão, orientação nas condutas adotadas, revisão de documentos, entre outros, além de minimizar riscos de problemas judiciais, pode, caso o problema ocorra, reduzir imensamente a possibilidade de perda dos processos.

O texto continua após o vídeo.

O que fazer em caso de processo no CRM?

Inicialmente é importante não se desesperar. Um processo ético no CRM é sempre delicado, mas pode ter desfecho favorável, especialmente se o médico tiver um histórico de atuação dentro da ética e dos parâmetros comuns da Medicina e também, se tiver um bom apoio jurídico ao seu lado.

Recebida a notificação de um Processo Ético-Profissional no CRM, é importante ler a notificação com atenção para entender bem o teor das denúncias e os prazos para a apresentação de defesa.

Após isso, se possível, deve acionar o quanto antes sua assessoria jurídica para auxiliar na reunião de documentos, prontuários, mensagens e provas que auxiliem na defesa do caso.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre prontuário médico: saiba comose proteger! Entenda por que o prontuário é a linha de defesa número um do médico — e como evitar erros que podem custar caro! Seção 1: O QUE É O PRONTUÁRIO MÉDICO? Texto: Documento técnico que registra todo o histórico clínico do paciente; Deve ser preenchido de forma clara, objetiva e cronológica; É obrigatório e serve como prova em processos judiciais, sindicâncias e auditorias; A ausência ou má elaboração pode gerar responsabilização do profissional. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! 🟥 O prontuário é do hospital, então o médico não precisa se preocupar.” ✅ O médico é responsável direto pelo conteúdo que escreve. 🟥 “Só preciso escrever o básico. Quanto menos, melhor.” ✅ Prontuários genéricos prejudicam a defesa do médico. Quanto mais detalhado e preciso, mais segurança jurídica. 🟥 “O juiz sempre valoriza a palavra do médico.” ✅ A prova escrita é mais forte no processo. 🟥 “Posso corrigir ou completar o prontuário depois.” ✅ Registros devem ser feitos em tempo real. Alterações tardias podem levantar suspeitas de fraude ou má-fé. 🟥 “Não existe punição se eu esquecer de preencher algo.” ✅ Omissões podem configurar negligência ou imperícia, com repercussão ética, civil e até criminal. Seção 3: COMO MANTER UM PRONTUÁRIO LEGALMENTE SEGURO? Faça os registros no ato do atendimento, sem atrasos; Use linguagem técnica, clara e livre de julgamentos pessoais; Evite rasuras ou anotações subjetivas; Garanta o sigilo das informações, conforme a LGPD e o Código de Ética; Em caso de dúvidas, consulte o setor jurídico do hospital ou seu advogado. Seção 4: E SE O PRONTUÁRIO FOR QUESTIONADO? Uma assessoria jurídica especializada deve ser acionada; Mesmo com falhas no prontuário, é possível montar uma estratégia de defesa com outros documentos e testemunhas; Prontuário bem feito é o melhor método de segurança para o profissional da saúde; Prevenir é mais barato e eficaz do que remediar um processo; Ter auxílio de um advogado especialista, sempre presente, pode ser a chave da tranquilidade!

Feita a defesa, o médico, preferencialmente representado por seu advogado, deve atentar-se aos prazos para manifestações adicionais, tomada de depoimentos e sessões de julgamento.

Uma defesa e estratégia bem estruturada, somando a experiência e conhecimento técnico do Médico, mais a especialização legal do advogado, pode ser decisiva no desfecho favorável do caso.

Importante dizer que o Médico deve, sempre que possível, evitar responder ao processo ou manifestar-se nos autos sem orientação jurídica. Muitas das vezes uma manifestação equivocada, com o uso errado de palavras, pode ser irreversível.

Como funciona uma defesa médica?

A forma de defender o médico depende da esfera (cível, criminal ou ética) em que estiver sendo processado. Isso porque há procedimentos que dependem essencialmente de provas documentais, como prontuário, imagens, conversas, dentre outros. Há procedimentos que demandam provas orais, como testemunhas ou depoimento do próprio médico. Em resumo:

  • Processos Éticos-Profissionais: tramitam no CRM, podem comer com sindicância (investigação prévia). Tem etapas como defesa prévia, instrução e julgamento;
  • Processos cíveis: são ações movidas normalmente por pacientes ou familiares para buscar indenização. Costumam depender de perícia médica. Documentação e prontuário são fundamentais;
  • Processos Criminais: envolvem apuração de crimes (lesão corporal ou homicídio culposo, por exemplo). Nesses processos, além de documentos, as provas orais como testemunhas ou depoimento do próprio médico podem ser essenciais;
  • Processos administrativos: quando o médico é concursado ou atua em hospital público com contrato, pode sofrer sindicância interna ou PAD. Estes processos podem gerar demissão do cargo público.

O texto continua após o vídeo.

Como um advogado especialista em defesa médica pode ajudar?

De maneira geral, a assessoria jurídica especializada pode auxiliar o médico de duas formas:

  • Atuação preventiva: a assessoria preventiva comumente envolve auxílio na tomada de decisões delicadas, orientações sobre condutas, comunicação médica, contratos, publicidade médica dentro do Código de Ética, dentre outros. A intenção é prevenir litígios;
  • Atuação reativa: neste caso, o litígio já está instaurado (como um processo nas áreas mencionadas anteriormente). Neste caso o advogado a assessoria jurídica irá auxiliar o médico nas defesas escritas e orais dentro dos processos judiciais ou no CRM.

Quanto custa um advogado de defesa médica?

O valor de um advogado para defesa médica pode variar bastante a depender da experiência do profissional, do tipo e complexidade do caso, além da região.

Para a atuação preventiva (assessoria jurídica mensal), os valores são geralmente fixos. Ou seja, de forma similar a um plano de saúde, o médico paga um valor mensal e passa a ter a tranquilidade de uma assessoria jurídica quando necessário.

Para defesa reativa (sindicância, processo), normalmente há honorários iniciais ou por etapas e, muitas das vezes, honorários finais.

O mais importante é a compreensão de que a atuação médica é essencial à sociedade. Mas por trás dessa relevância, há uma exposição muito grande a riscos jurídicos. Independentemente do valor dos honorários para defesa médica, que podem variar caso a caso, é certo que o custo de não ter uma assessoria jurídica costuma ser maior.

Por isso é importante que o médico conte com uma assessoria jurídica de confiança que auxilie na minimização de riscos de problemas judiciais. Ou seja, por meio da assessoria jurídica preventiva e, caso o problema surja, esteja lado a lado do médico no combate a eventual processo, por meio da assessoria jurídica reativa.

Conclusão

A verdade é que ninguém entra na medicina pensando em se defender juridicamente. O foco é salvar vidas, cuidar das pessoas, fazer o que é o certo.

Mas, na prática, o médico está exposto e o risco existe e está sempre presente. Um atendimento delicado mal conduzido pode arruinar uma reputação de anos. E isso não depende só do que o médico faz ou fala, mas de como aquilo é interpretado, documentado ou exposto.

Por isso entender como funciona a defesa médica e como se proteger de forma inteligente não é exagero. É cuidado, estratégia e proteção. É principalmente respeito com tudo que o médico construiu em sua própria carreira.

Buscar orientação e ter uma assessoria jurídica de confiança é parte da prática médica responsável. Isso permite ao profissional exercer sua função com segurança, tranquilidade e confiança no que faz.

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Emigrante e imigrante: quais as diferenças e o que é refugiado https://koetz.digital/emigrante-e-imigrante/ https://koetz.digital/emigrante-e-imigrante/#respond Wed, 23 Jul 2025 15:00:31 +0000 https://koetz.digital/?p=48967 Muitas pessoas se deslocam de seu lugar de nascimento, buscando melhores condições de vida, oportunidades de trabalho, mais segurança e até mesmo para sair de conflitos ou desastres naturais. Ou seja, migrações, sejam elas nacionais ou internacionais, são fenômenos sociais, econômicos e até mesmo políticos. Mas você sabe a diferente entre imigrante, emigrante e refugiado?… Emigrante e imigrante: quais as diferenças e o que é refugiado

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Muitas pessoas se deslocam de seu lugar de nascimento, buscando melhores condições de vida, oportunidades de trabalho, mais segurança e até mesmo para sair de conflitos ou desastres naturais. Ou seja, migrações, sejam elas nacionais ou internacionais, são fenômenos sociais, econômicos e até mesmo políticos. Mas você sabe a diferente entre imigrante, emigrante e refugiado? No geral, estes termos causam certa confusão, trazendo dúvidas gerais. 

O importante é tentar se informar ao máximo para não cometer erros quando o assunto é este. Afinal, as palavras e o que elas significam possuem relações diferentes quando o assunto é jurídico e social. Compreender, exatamente, importante tanto para quem pensa em se mudar de país, quanto para aqueles que se confundem nos termos e querem entender de vez por todas quais são os direitos dos migrantes e refugiados.

Até porque, pessoas mudam de país diariamente e a informação é uma ferramenta preciosa para evitar dores de cabeça e na busca pelos seus direitos. Agora, você vai ler as diferenças entre imigrante, emigrante e refugiado, além de entender quais tipos de migrações existem e o que o Governo Brasileiro estipulou como regra, quando o assunto é o refúgio. Acompanhe!

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Qual é a diferença entre imigrante e emigrante?

A diferença entre emigrante e imigrante está relacionada com a geografia. Ou seja, o emigrante é a pessoa que sai de seu país de origem para viver em outro. Do ponto de vista do país de saída, ela está emigrando, deixando aquele país para viver em outro. 

Já no caso do imigrante, é quando um indivíduo chega em um país estrangeiro com o objetivo de morar naquele novo lugar, sendo vista como imigrante pela nação de destino.

Em outras palavras, se trata do mesmo movimento migratório descrito de formas diferentes.

Vamos a um exemplo?

Imagine que uma pessoa nascida na Bolívia e se mudou para o Brasil, esta pessoa é emigrante boliviana e imigrante no Brasil. Essa distinção é importante, especialmente em documentos oficiais e processos legais de regularização migratória.

O que é ser um imigrante?

Ser imigrante é se estabelecer em um novo país por motivos diversos, cada pessoa vai ter um motivo específico. Mas as principais causas de imigração, no geral, são:

  • Trabalho e renda: busca de melhores condições de emprego e salário;
  • Educação: ingresso em instituições de ensino de maior prestígio ou acesso ao sistema educacional;
  • Reunião familiar: mudança para viver com familiares que já residem no país de destino;
  • Condições políticas ou sociais: fuga de situações de instabilidade, repressão ou violência.

No Brasil, o número de imigrantes vem crescendo, especialmente de países da América Latina e do Caribe. A legislação brasileira, por meio da Lei n.º 13.445/2017 (Lei da Migração), garante a esses indivíduos uma série de direitos, como acesso à saúde, à educação e ao mercado de trabalho formal, além de mecanismos para conquistar a residência legal.

A Lei da Migração de 2017, substituiu o Estatuto do Estrangeiro, possuindo um caráter mais humanizado e focado em auxiliar os estrangeiros que escolhem o Brasil como nova casa. Portanto, o imigrante que vier ao Brasil possuem direitos assegurados e pode viver legalmente, desde que siga os requisitos estabelecidos pelo Governo Brasileiro.

O que é ser um migrante?

Ser migrante, já se qualifica como um termo abrangente, que inclui todas as pessoas que mudam de lugar, dentro ou fora de um país. Dessa forma, tanto uma mudança de estado no território brasileiro (por exemplo, de Pernambuco para São Paulo), quanto uma mudança de país (como do Brasil para a Itália), são consideradas formas de migração.

Esse conceito amplo é usado por organismos internacionais como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que considera migrantes todos os que se deslocam temporária ou permanentemente de sua residência habitual, independentemente da situação legal ou motivo da mudança.

Mas cuidado! Todos os emigrantes e imigrantes são migrantes, mas nem todos os migrantes são imigrantes ou emigrantes, dependendo da abrangência geográfica da movimentação.

Quando usamos o termo migrante internacional

O termo migrante internacional pode ser usado a quem atravessa uma fronteira nacional, seja de maneira voluntária ou forçada. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como trabalho, estudos, crises econômicas, guerras ou desastres naturais.

O migrante internacional pode ter situação regular ou irregular, dependendo se conquistou ou não autorização legal para ingressar e permanecer no país de destino. Essa situação influencia diretamente no acesso a direitos fundamentais, como saúde, educação e proteção jurídica.

No caso do Brasil, ser migrante irregular traz sérios problemas, como multa e até mesmo a deportação. Caso você esteja pensando em vir ao país, entenda exatamente qual é o motivo da sua viagem e, depois, escolha o visto mais apropriado. Já no Brasil, se consegue ter a possibilidade de autorização de residência e até mesmo de naturalização, por exemplo, caso seja o seu objetivo.

A OIM estima que mais de 280 milhões de pessoas são migrantes internacionais em todo o mundo atualmente, um número que reflete não somente as desigualdades globais, mas também as oportunidades oferecidas por países receptores.

Qual a diferença entre emigrar e imigrar?

Os verbos emigrar e imigrar também são muitas vezes confundidos, mas guardam a mesma lógica das palavras já explicadas:

Emigrar significa deixar o país de origem para viver em outro. Exemplo: “Ela emigrou do Brasil para a Dinamarca.”

Imigrar significa chegar a um novo país para nele residir. Exemplo: “Ele imigrou para a França com a família.”

Ambos os verbos descrevem o deslocamento geográfico de um indivíduo, mas a escolha de como você vai usar depende do país que está sendo considerado como ponto de referência. Ou seja, se a pessoa está deixando ou chegando de um país. 

Tipos de migração

A migração pode ser classificada por diversos critérios. Quanto à motivação, existem várias, até porque, cada pessoa ou família possui seus motivos específicos para mudar de país. Entretanto, confira as categorizações:

  • Voluntária: quando ocorre por decisão pessoal ou familiar;
  • Forçada: motivada por guerra, perseguição, desastres naturais ou graves crises econômicas.
  • Quanto à duração: temporária: com retorno previsto ou limite contratual;
  • Permanente: com o objetivo de fixar residência definitiva. Quanto ao sentido do fluxo: Interna: dentro do mesmo país;
  • Internacional: cruzando fronteiras nacionais.

Tipos de emigração

A emigração pode ocorrer por diferentes razões, entre as principais, se destacam:

  • Emigração econômica: busca por melhores oportunidades de trabalho, maior remuneração ou condições mais favoráveis de vida;
  • Emigração acadêmica: realizada com fins de estudo, intercâmbio cultural ou pesquisa. Emigração política: fuga de regimes autoritários ou instabilidade política;
  • Emigração ambiental: provocada por eventos como secas extremas, enchentes, terremotos, entre outros fenômenos naturais.

Lembrando que um indivíduo pode ter mais de um motivo para se deslocar de um país, tornando o fenômeno migratório ainda mais complexo do ponto de vista jurídico e humanitário.

O que é refugiado

Refugiado se refere a uma categoria jurídica especial, definida pela Convenção de Genebra de 1951, assinada pelo Brasil. Segundo a norma internacional, é considerado refugiado quem: “Devido a fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e não pode ou não quer regressar a ele.”

No Brasil, a Lei nº 9.474/1997 regulamenta o reconhecimento da condição de refugiado, e o órgão responsável por esse processo é o CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), vinculado ao Ministério da Justiça.

Além da definição clássica, o Brasil adota uma abordagem mais ampla e protetiva, reconhecendo também como refugiados pessoas vindas de:

  • Regiões em conflito armado;
  • Países com grave e generalizada violação de direitos humanos;
  • Contextos de instabilidade institucional duradoura.

O refugiado tem direito à proteção legal, documentos brasileiros (como CPF e carteira de trabalho), acesso à saúde, educação, e possibilidade de solicitar naturalização após um período de residência legal, conforme a legislação nacional. Portanto, o Brasil possui uma abordagem totalmente alinhada aos direitos humanos, quando o assunto é refúgio. 

Conclusão

Agora você sabe quais são as diferenças entre os termos de mobilidade de pessoas. Afinal, a compreensão correta dos termos emigrante, imigrante e refugiado é importante para quem está pensando em se mudar de país ou até mesmo para àqueles que desejam entender melhor as características migratórias do mundo. 

Enquanto emigrar e imigrar são ações descritas sob olhares diferentes do mesmo processo, o conceito de migrante internacional abrange todos os indivíduos que cruzam fronteiras em busca de novos horizontes. Já o refugiado possui uma situação jurídica específica, sendo protegido por convenções internacionais e pela legislação brasileira.

Diante dos desafios migratórios contemporâneos, é essencial que governos, sociedade civil e indivíduos compreendam mais sobre o assunto, já que qualquer pessoa pode, um dia, ter um migrante. Políticas públicas, assim como maior conhecimento sobre o assunto, podem ser de grande ajuda para qualquer pessoa.

E, se você estiver com dúvidas sobre sua situação específica, o auxílio de um advogado especialista em Direito Internacional pode ser a chave para um deslocamento mais tranquilo e eficaz. Até porque, este profissional tem profundo conhecimento sobre leis internacionais e sabe quais as possíveis possibilidades para cada caso.

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Nacionalidade e naturalidade: quais as diferenças e como mudar https://koetz.digital/nacionalidade-e-naturalidade/ https://koetz.digital/nacionalidade-e-naturalidade/#respond Mon, 21 Jul 2025 15:00:25 +0000 https://koetz.digital/?p=48939 Muitas pessoas ainda possuem dúvidas com os termos “nacionalidade” e “naturalidade”, confundindo os dois termos, por justamente parecerem similares. Entretanto, cuidado! Estas palavras possuem significados diferentes, principalmente jurídica e administrativamente, ainda mais quando falamos de registro civil, documentos oficiais e sobre os direitos à cidadania. Apesar dos conceitos estarem relacionados à origem de uma pessoa,… Nacionalidade e naturalidade: quais as diferenças e como mudar

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Muitas pessoas ainda possuem dúvidas com os termos “nacionalidade” e “naturalidade”, confundindo os dois termos, por justamente parecerem similares.

Entretanto, cuidado! Estas palavras possuem significados diferentes, principalmente jurídica e administrativamente, ainda mais quando falamos de registro civil, documentos oficiais e sobre os direitos à cidadania. Apesar dos conceitos estarem relacionados à origem de uma pessoa, eles possuem diferentes conceitos na vida jurídica e social.

Agora, você vai entender de forma detalhada o que diferencia nacionalidade de naturalidade, como eles são registrados e até mesmo utilizados em documentos pessoais e se há opções para realizar qualquer alteração deles no Brasil.

Entender esses conceitos sem possuir dúvidas é uma forma de evitar dores de cabeça quando o assunto é imigração, registros em Consulados, concursos públicos e até mesmo em certidões. Acompanhe!

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Qual a diferença entre nacionalidade e naturalidade?

Atenção! Não confunda! Embora esses termos podem aparecer juntos, eles não são sinônimos! Nacionalidade e naturalidade possuem aspectos diferentes quando falamos da identidade civil de um indivíduo.

Nacionalidade

A nacionalidade, por exemplo, se define por ser um vínculo jurídico e político entre o cidadão e um Estado soberano. No Brasil, este vínculo é registrado pelo artigo 12 da Constituição Federal, idealizada no de 1988.

Sendo assim, a nacionalidade pode ser conseguida de duas formas principais: por nascimento, ou seja, brasileiros natos ou por naturalização, estrangeiros que escolheram se naturalizar brasileiros.

A nacionalidade, por sua vez, é o que oferece a um indivíduo a situação de cidadão, portanto, confere os principais direitos, como:

  • Participar da vida política do país (como votar e ser votado);
  • Acesso a direitos básicos, como educação, saúde, segurança e até mesmo proteção diplomática em outros países.

Além disso, a nacionalidade é um critério importante, o qual define quem pode ocupar determinados cargos públicos no Brasil, como:

  • Presidente da República;
  • Oficiais das Forças Armadas;
  • Membros da carreira diplomática;
  • Entre outros.

Ou seja, funções reservadas exclusivamente para os brasileiros natos, que nasceram de fato no Brasil.

Naturalidade

Já a naturalidade, por sua vez, é um dado geográfico e civil, que informa o local de nascimento do indivíduo, isso quer dizer que, determina o município e o estado no qual a pessoa nasceu.

Esse dado é importante para coletas estatísticas, identificação pessoal e pode, em alguns casos, ser utilizado para definir critérios de regionalização, como políticas públicas locais, cotas regionais em concursos e até elegibilidade a programas sociais estaduais.

Diferentemente da nacionalidade, a naturalidade não cria vínculo jurídico com o Estado e não afeta a cidadania ou o exercício de direitos políticos. Portanto, se trata de um dado descritivo, inserido no registro civil de nascimento e nos documentos pessoais como RG, CPF e passaporte.

Como a nacionalidade e naturalidade são usadas em documentos?

Tanto a nacionalidade, como a naturalidade são usados em documentos oficiais, mas com propósitos distintos:

  • Nacionalidade: indica a cidadania do indivíduo. Aparece no passaporte, RG, certidão de nascimento, sendo exigida em registros de imigração, matrículas escolares, concursos públicos e processos eleitorais;
  • Naturalidade: Reflete o município e o estado onde a pessoa nasceu. Por exemplo: São Paulo — São Paulo. Também aparece na certidão de nascimento, no RG e no passaporte, sendo útil na identificação civil, genealogia e acesso a determinados direitos regionais.

Vale ressaltar que é comum, no caso de alguns brasileiros, adquirirem outra nacionalidade por ascendência ou casamento, por exemplo, tenham dupla cidadania. Sendo assim, esse dado também pode constar em documentos consulares e afetar sua condição migratória.

Como saber a nacionalidade e naturalidade de uma pessoa?

Agora, você vai entender como saber a nacionalidade e naturalidade de uma pessoa, com base em documentos oficiais. Caso possua dúvidas, selecione alguns documentos pessoais e verifique as partes que dizem nacionalidade e/ou naturalidade.

Nacionalidade

A nacionalidade é usualmente declarada em:

  • Certidão de nascimento (no caso de brasileiros natos);
  • Documentos de naturalização, como o Certificado de Naturalização expedido pelo Ministério da Justiça;
  • Passaporte e RG, que mencionam a nacionalidade declarada;
  • Registros migratórios e autorizações de residência, para estrangeiros.

Para estrangeiros naturalizados, a nacionalidade só é efetiva após a publicação da portaria de naturalização no Diário Oficial da União e o registro no cartório civil.

Naturalidade

A naturalidade, por ser vinculada ao local de nascimento, consta na:

  • Certidão de nascimento original;
  • RG e passaporte, que repetem os dados do registro civil;

Em casos de retificação, ou seja, mudança, pode ser atualizada em todos os documentos, desde que autorizado judicial ou administrativamente. Caso você entenda a necessidade de alteração, a ajuda de um advogado especializado pode ser de grande valor, para o profissional poder verificar, de fato, seus documentos e fazer uma análise completa do seu caso.

Como funciona a mudança de nacionalidade e naturalidade?

A alteração de qualquer desses dados depende de motivos legais justificados e processos formais diferentes. Ou seja, você não irá conseguir mudar a sua nacionalidade ou naturalidade se comprovar, de forma clara e objetiva, o motivo da alteração.

Mudança de Nacionalidade

A nacionalidade pode ser:

  • Adquirida por naturalização, conforme as regras da Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017);
  • Renunciada, o que pode acarretar perda da nacionalidade brasileira, salvo em situações excepcionais previstas na Constituição (como necessidade legal para permanecer em outro país);
  • Reconhecida por filiação ou ascendência, nos casos de nacionalidade estrangeira, por jus sanguinis (direito de sangue), conforme as leis do país de origem dos antepassados.

A perda da nacionalidade brasileira exige ato formal da Presidência da República, após processo administrativo, e pode ser revertida por meio de pedido de reaquisição, conforme o artigo 85 da Lei de Migração.

Mudança de Naturalidade

A alteração da naturalidade é mais restrita. Só é admitida nos seguintes casos:

  • Erro evidente de registro — Quando a certidão apresenta informação equivocada;
  • Nascimentos fora do domicílio dos pais, conforme art. 97 da Lei n.º 6.015/1973 — Nesses casos, os pais podem declarar que a naturalidade será do local de residência da família, mesmo que o parto tenha ocorrido em outra cidade;
  • Via judicial, nos casos em que se comprove que houve erro material ou omissão.

A mudança de naturalidade não pode ser feita por simples vontade do titular, exceto quando amparada legalmente. Mesmo nos casos permitidos, exige processo administrativo em cartório ou ação judicial de retificação de registro civil, com documentação comprobatória.

Quais as implicações legais na mudança de nacionalidade e naturalidade?

As implicações da mudança de nacionalidade são mais profundas, ao afetarem:

  • O direito ao voto e à elegibilidade;
  • O acesso a cargos públicos;
  • A possibilidade de usufruir de proteção consular brasileira no exterior;
  • A obrigatoriedade de serviço militar;
  • As obrigações fiscais e legais com o país.

Já a mudança de naturalidade possui implicações mais limitadas, mas pode ser relevante em:

  • Concursos públicos estaduais, quando há exigência de naturalidade ou residência mínima em determinada unidade da federação;
  • Programas de incentivo regionais, como bolsas de estudo ou benefícios municipais;
  • Identidade civil e registros históricos, como em casos de reconhecimento de origem étnica ou territorial.

Por envolver aspectos legais, é sempre recomendado contar com assessoria jurídica especializada, especialmente nos casos de naturalização, perda de nacionalidade ou retificação (mudança) judicial de naturalidade.

Conclusão

Nacionalidade e naturalidade são conceitos diferentes, mas igualmente relevantes no contexto jurídico e civil brasileiro, que afetam todos os cidadãos do Brasil. Enquanto a nacionalidade está relacionada ao vínculo jurídico com o país e pode influenciar diretamente os direitos políticos e a cidadania, a naturalidade se refere ao local de nascimento e cumpre papel importante na identificação pessoal e em algumas políticas públicas.

Ambas as informações constam nos documentos civis e, em certas circunstâncias, podem ser alteradas por vias legais específicas. Para quem deseja ajustar seus dados pessoais ou está passando por processo de naturalização, ou retificação, compreender essas diferenças é o primeiro passo para alcançar segurança jurídica e correção documental.

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Proteção jurídica para médicos: o que é e qual a importância? https://koetz.digital/protecao-juridica-para-medicos/ https://koetz.digital/protecao-juridica-para-medicos/#respond Mon, 21 Jul 2025 11:46:54 +0000 https://koetz.digital/?p=50948 O trabalho do médico está entre aqueles com maior exposição a riscos jurídicos. Isso se dá porque lida diretamente com pessoas, suas respectivas vidas. As decisões e condutas do médico impactam diretamente no paciente e seus familiares e as boas práticas implicam diretamente na longevidade dos pacientes. Por isso, hoje, vamos falar sobre proteção jurídica… Proteção jurídica para médicos: o que é e qual a importância?

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O trabalho do médico está entre aqueles com maior exposição a riscos jurídicos. Isso se dá porque lida diretamente com pessoas, suas respectivas vidas. As decisões e condutas do médico impactam diretamente no paciente e seus familiares e as boas práticas implicam diretamente na longevidade dos pacientes. Por isso, hoje, vamos falar sobre proteção jurídica para médicos.

Ou seja, pela própria responsabilidade que é inerente à profissão de médico, cada vez mais pacientes estão – de maneira justa ou não – recorrendo ao Judiciário ou ao CRM quando estão insatisfeitos. A insatisfação pode vir tanto do paciente quanto de seus familiares.

O médico, por sua vez, pode responder por várias frentes. Tanto na esfera Cível, cenário no qual o paciente/familiar insatisfeito busca normalmente indenização financeira, mas também nas esferas criminal e ética (junto ao CRM).

Esse texto vai mostrar o que é a proteção jurídica e, porque ela é essencial para a tranquilidade no desenvolvimento das atividades da medicina.

Se acaso você desejar assistência jurídica da nossa equipe nos envie uma mensagem no WhatsApp.

O que é a proteção jurídica para médicos?

Por trabalhar em uma área profissional sensível, que lida diretamente com a saúde e vida das pessoas, o profissional da medicina acaba por ocupar uma posição essencial na sociedade.

Justamente por isso o médico acaba se tornando alvo de cobranças e insatisfações constantes por parte do paciente e familiares. Esta cobrança e fiscalização acaba, por muitas das vezes, gerando questionamentos jurídicos, mesmo quando o médico atua com total zelo e responsabilidade.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre a responsabilidade civil do médico. Título: Responsabilidade civil do médico: entenda como funciona e como se proteger! Descubra o que é, quando se aplica e quais cuidados podem evitar ações judiciais na sua carreira. Seção 1: O QUE É A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO? É a obrigação de reparar um dano causado no exercício da profissão, se houver conduta considerada inadequada; Não depende, necessariamente, de má-fé ou intenção de causar prejuízo; Pode gerar dever de indenizar danos morais, estéticos ou materiais; Para existir, exige conduta culposa, dano comprovado e nexo causal entre a conduta e o dano; É de natureza subjetiva, o médico tem pleno direito à defesa. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! Se não houve intenção, não existe responsabilidade civil.” Mesmo sem má-fé, condutas imprudentes, negligentes ou imperitas podem gerar responsabilidade. “O paciente precisa provar tudo sozinho.” O prontuário, exames e registros médicos são provas fundamentais e podem ajudar ou prejudicar o médico. “Só erros graves geram responsabilidade civil.” Pequenas falhas com consequências relevantes para o paciente também podem motivar processos. “É só prometer resultado para o paciente que ele vai confiar mais.” Promessas de resultado podem ser usadas contra o médico em caso de complicações. “Se o paciente assinou um termo, estou 100% protegido.” O consentimento informado é essencial, mas não substitui a boa prática médica e o cuidado técnico. Seção 3: COMO EVITAR A RESPONSABILIDADE CIVIL? Registre tudo no prontuário, de forma técnica, clara e cronológica; Sempre colha consentimento esclarecido por escrito, explicando, riscos e limites do procedimento; Mantenha comunicação empática e respeitosa com paciente e familiares; Siga protocolos e recomendações médicas reconhecidas; Nunca prometa resultados, explique riscos e incertezas; Busque apoio jurídico preventivo para orientações específicas. Seção 4: E SE VOCÊ FOR ACIONADO JUDICIALMENTE? Procure imediatamente um advogado especializado em Direito Médico; Apresente toda a documentação, incluindo prontuário, exames, consentimentos e registros; Um prontuário bem elaborado é a principal linha de defesa; Prevenção é mais eficiente e econômica do que reagir a um processo; Ter assessoria jurídica constante aumenta a segurança e tranquilidade no exercício da medicina. Lembre-se que procurar uma assistência jurídica especializada não é luxo e, sim, uma proteção estratégica. Não deixe para depois!

É neste ponto que a proteção jurídica do médico é, não somente importante, mas essencial para garantir a tranquilidade no desenvolvimento de sua atividade profissional, pois a proteção jurídica envolve um conjunto de medidas preventivas e defensivas que garantem segurança ao médico no exercício da profissão.

A proteção jurídica, então, envolve consultoria, orientações sobre condutas éticas, análise de riscos, até mesmo defesa em processos disciplinares ou judiciais, dentre outros.

O objetivo de uma Assessoria Jurídica voltada a médicos não é apenas “defender quando algo dá errado”, mas sim evitar que o problema aconteça. Na medicina, nenhum médico espera o paciente adoecer para só então orientar sobre cuidado e prevenção. Então por que agir diferente quando o assunto é sua própria segurança jurídica?

O texto continua após o vídeo.

O que é Direito Médico?

O Direito Médico é uma área do direito voltado à proteção jurídica do profissional de medicina e suas instituições. É uma área desenvolvida por um especialista na atuação jurídica ao lado de médicos, pacientes, hospitais, planos de saúde, clínicas, dentre outros. Ou seja, é uma proteção jurídica para médicos.

É, portanto, um segmento do Direito que trata de normas, obrigações, responsabilidades e direitos envolvidos na prática da medicina. Esta área cresceu e se desenvolveu a partir da crescente judicialização de casos médicos.

Ou seja, é um ramo específico do Direito extremamente especializado que vai muito além da defesa de médicos em caso de processos.

Trata-se de um ramo que estuda e envolve a relação jurídica entre:

  • Médico e paciente;
  • Médico e CRM;
  • Médico e Hospitais;
  • Médico e órgãos de controle (CRM, SUS, Ministério Público);
  • Médico e o Estado (em vínculos Públicos, concursos, etc).

O texto continua após o infográfico.

A imagem traz um infográfico sobre o Conselho Regional de Medicina. Título: Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? Saiba o que esperar de uma sindicância e como se proteger desde o primeiro momento. Seção 1: O QUE É O CRM E O QUE ELE FAZ? O Conselho Regional de Medicina (CRM) é o braço estadual do Conselho Federal de Medicina; Fiscaliza o exercício ético da medicina e defende a dignidade da categoria; Registra médicos, apura denúncias e julga condutas éticas; Pode aplicar desde advertência até cassação do registro profissional; Não julga indenizações nem aplica penas criminais, isso cabe à Justiça. Seção 2: QUANDO O CRM PODE INVESTIGAR UM MÉDICO? Negligência, imprudência ou imperícia; Violação de sigilo profissional; Publicidade sensacionalista; Assédio moral ou sexual; Abandono de paciente; Prescrição ou tratamento fora da literatura validada; Fraude em atestados ou receitas. Seção 3: COMO FUNCIONA O PROCESSO NO CRM? Denúncia recebida: nem toda denúncia vira processo; Sindicância instaurada: investigação preliminar para apurar a conduta; Resposta do médico: pode encerrar o caso ou levar a processo ético-profissional; Processo ético: análise aprofundada e julgamento pelo CRM; Decisão: arquivamento, advertência, suspensão ou cassação do registro. Seção 4: ALERTAS E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Não subestime a sindicância: ela pode definir todo o rumo do caso; Respeite prazos: ignorar notificações é caminho certo para condenação; Prepare provas desde o início: prontuários, laudos, conversas e documentos de apoio; Trate o CRM como instituição, não como inimigo: postura arrogante prejudica a defesa; Una técnica médica e estratégia jurídica: resposta genérica enfraquece sua posição; Trabalhe com tempo e calma: respostas feitas às pressas tendem a ser incompletas. Seção 5: MELHORES PRÁTICAS PARA UMA DEFESA EFICAZ Busque apoio jurídico especializado desde a primeira notificação; Mantenha prontuários e documentos em ordem; Responda de forma clara, fundamentada e embasada tecnicamente; Seja cordial e objetivo em depoimentos e comunicações; Encare a defesa no CRM como parte da proteção da sua carreira. A cada momento que você passa sem aconselhamento jurídico especializado é um risco! Não deixe sua carreira sofrer as consequências.

O profissional do Direito que atua no Direito Médico é especializado em diversas legislações e mecanismos legais que auxiliam o médico no desenvolvimento de sua atividade profissional, como:

  • Responsabilidade civil e criminal do Médico;
  • Regulamentação sobre preenchimento e guarda do prontuário médico;
  • Consentimento informado;
  • Sigilo profissional;
  • Publicidade Médica;
  • Relação entre médicos e hospitais/entidades públicas e privadas;
  • Atuação em processos ético-disciplinares junto ao CRM e muito mais.

O Direito médico está muito mais presente na vida do profissional de medicina do que se dá conta. Isso porque mesmo sem perceber o médico lida com o Direito Médico diariamente quando, por exemplo, preenche prontuário, solicita atendimento, faz publicação em redes sociais ou conduz um atendimento delicado, precisando informar o paciente/familiar sobre tratamentos e alternativas. Tudo isso envolve aspectos jurídicos e pode trazer consequências legais se conduzidos sem o conhecimento necessário.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre prontuário médico: saiba comose proteger! Entenda por que o prontuário é a linha de defesa número um do médico — e como evitar erros que podem custar caro! Seção 1: O QUE É O PRONTUÁRIO MÉDICO? Texto: Documento técnico que registra todo o histórico clínico do paciente; Deve ser preenchido de forma clara, objetiva e cronológica; É obrigatório e serve como prova em processos judiciais, sindicâncias e auditorias; A ausência ou má elaboração pode gerar responsabilização do profissional. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! 🟥 O prontuário é do hospital, então o médico não precisa se preocupar.” ✅ O médico é responsável direto pelo conteúdo que escreve. 🟥 “Só preciso escrever o básico. Quanto menos, melhor.” ✅ Prontuários genéricos prejudicam a defesa do médico. Quanto mais detalhado e preciso, mais segurança jurídica. 🟥 “O juiz sempre valoriza a palavra do médico.” ✅ A prova escrita é mais forte no processo. 🟥 “Posso corrigir ou completar o prontuário depois.” ✅ Registros devem ser feitos em tempo real. Alterações tardias podem levantar suspeitas de fraude ou má-fé. 🟥 “Não existe punição se eu esquecer de preencher algo.” ✅ Omissões podem configurar negligência ou imperícia, com repercussão ética, civil e até criminal. Seção 3: COMO MANTER UM PRONTUÁRIO LEGALMENTE SEGURO? Faça os registros no ato do atendimento, sem atrasos; Use linguagem técnica, clara e livre de julgamentos pessoais; Evite rasuras ou anotações subjetivas; Garanta o sigilo das informações, conforme a LGPD e o Código de Ética; Em caso de dúvidas, consulte o setor jurídico do hospital ou seu advogado. Seção 4: E SE O PRONTUÁRIO FOR QUESTIONADO? Uma assessoria jurídica especializada deve ser acionada; Mesmo com falhas no prontuário, é possível montar uma estratégia de defesa com outros documentos e testemunhas; Prontuário bem feito é o melhor método de segurança para o profissional da saúde; Prevenir é mais barato e eficaz do que remediar um processo; Ter auxílio de um advogado especialista, sempre presente, pode ser a chave da tranquilidade!

Por isso o suporte jurídico, especialmente quanto ao Direito Médico, é essencial para a tranquilidade do profissional da medicina na condução e no desenvolvimento da sua profissão, minimizando riscos e dando segurança na tomada decisões apoiadas.

Quem protege os médicos?

Médicos lidam com decisões difíceis, dilemas técnicos e morais e riscos imprevisíveis todo dia. A pressão de acertar é constante e um pequeno detalhe ou descuido pode virar motivo para uma denúncia ou repercussão negativa em redes sociais.

O texto continua após o vídeo.

A pressão é ainda maior quando o médico é recém-formado, ou seja, acabou de iniciar na profissão e ainda não está 100% habituado com riscos e deveres, o que é comum.

Além disso, no início da carreira médica, há uma busca constante por residências e todos os desafios da construção de uma imagem profissional sólida e respeitada.

Sendo assim, nós da Koetz Advocacia, recomendamos com segurança o AgrupaMED, que realiza um trabalho minucioso de facilitação da pesquisa e preparo para editais de residência médica. Também, o AgrupaMED divulga diariamente, em sua página do Instagram, diversas oportunidades de residência e networking na área médica. Vale apena conferir!

Costumamos dizer para nossos clientes que o AgrupaMED te ajuda a construir a sua carreira, enquanto o MedicSafe, por sua vez, te ajuda a preservar, amadurecer e proteger esse seu patrimônio profissional.

Mas enquanto salvam vidas todo dia, quem protege os médicos? Portanto, o AgrupaMED te ajuda a construir sua carreira médica, o Medic Safe te ajuda a protegê-la, com assessoria jurídica completa.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) e também o CFM, tecnicamente, não têm como função principal a defesa do médico individualmente falando, mas têm um papel essencial na defesa da medicina enquanto profissão.

O texto continua após o vídeo.

Quando falamos em aspecto jurídico, especialmente quando o Médico enfrenta problemas judiciais ou de imagem, a assessoria jurídica especializada, por meio de advogados atuantes no Direito Médico, são aqueles mais capazes de caminhar junto do Médico na solução de seus problemas jurídicos.

O advogado especialista atua não somente na solução de problemas, mas também – e principalmente – na prevenção de problemas de natureza jurídica, apoio na tomada de decisões e resguardo da imagem pública do médico. Por isso o apoio de uma Assessoria Jurídica especializada não é gasto. Como o seguro de veículo e plano de saúde, é um investimento na própria segurança e tranquilidade médico.

Quais são as esferas em que existe responsabilidade jurídica do médico?

O Médico lida com vidas. O direito (enquanto área jurídica) protege a vida. Isso faz com que a atuação do médico esteja diretamente ligada a um bem protegido pela legislação. A vida.

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Por isso, grande parte da atuação médica tem repercussão jurídica, o que pode gerar uma responsabilização jurídica e judicial do médico. Portanto, verificar os benefícios de uma proteção jurídica para médicos é importante.

Em suma, o Médico pode ser responsabilizado em três esferas:

  • Responsabilidade Cível: nesta área, o paciente buscará responsabilizar o médico por uma má conduta e tentará obter do médico uma indenização ou compensação financeira, como dano moral, dano material ou dano estético;
  • Responsabilidade Criminal: nesta área o Ministério Público ou Polícia investigarão um crime cometido pelo Médico e, se provado o crime, poderá gerar pena de prisão ao profissional da Medicina. O médico pode ser responsabilizado tanto por condutas dolosas (com intenção), o que é mais raro, mas principalmente por condutas culposas (sem intenção, mas agiu com imprudência, imperícia ou negligência);
  • Responsabilidade ética: neste caso, o Médico será responsabilizado junto ao CRM por meio de Processo Ético-Profissional. Esta responsabilização pode, em último caso, gerar suspensão ou cassação do Registro Médico.

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Como se proteger de processos médicos?

De maneira geral, o médico pode minimizar riscos ao atuar na ética e com zelo. Além disso, é importante:

  • Documentar tudo no prontuário de forma clara, objetiva e especialmente cronológica;
  • Comunicação transparente e clara com o paciente ou familiar;
  • Sempre obter o consentimento informado na tomada de decisões;
  • Não prometer resultados. Medicina é obrigação de meio e não de fim;
  • Ter assessoria jurídica preventiva para orientar na tomada de decisões e acionar o apoio jurídico especializado no primeiro sinal de problema.

Em suma, o médico sempre estará suscetível a problemas judiciais, mesmo que tenha atuado corretamente, dentro da técnica e dos estudos existentes, mas os cuidados acima certamente irão colaborar para um desfecho positivo para o Médico em eventual processo judicial.

Ser processado não significa ser culpado, mas na ausência de documentos bem feitos e de uma defesa jurídica adequada, até o médico que sempre agiu corretamente pode sair prejudicado. 

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Qual é a importância da proteção jurídica na carreira médica?

A medicina é uma profissão nobre e de valor, mas que carrega um peso enorme nas costas. Lidar com saúde e vida da população significa também assumir alguns riscos. O Médico pode estar exposto a todo momento, mesmo quando faz tudo corretamente.

Um detalhe no prontuário, uma comunicação apressada ou mal interpretada, uma falha na estrutura do local de trabalho pode gerar questionamento judicial.

Por isso a proteção jurídica não é um luxo. É uma proteção importante. Ela dá a segurança que o Médico precisa para exercer sua profissão com tranquilidade e responsabilidade, sabendo que, caso algo fuja do controle, terá suporte garantido para lhe auxiliar a resolver problemas jurídicos da melhor maneira.

Além disso, com uma assessoria preventiva, o profissional da medicina pode se antecipar aos problemas, reduzindo e muito qualquer risco de responsabilização judicial ou Ética.

No fim das contas, a assessoria jurídica especializada não auxilia somente na carreira do médico, mas também sua saúde mental. 

Conclusão

Em um mundo interconectado, em que as informações chegam cada vez mais rápido aos quatro cantos do planeta, não dá mais para exercer a medicina sem entender que o risco jurídico existe e faz parte da profissão. Portanto, a importância de uma proteção jurídica para médicos.

O médico não precisa ter receio, mas deve estar preparado e isso começa antes mesmo de o problema aparecer. A proteção jurídica é como um bom acompanhamento clínico: evita complicações, ajuda a mudar hábitos e está lá, dando suporte nas crises ou quando problemas aparecerem.

Se você é médico e quer ter esse tipo de apoio, não deixe de contar com uma assessoria especializada, que cuide de você do mesmo jeito que você cuida dos seus pacientes.

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Médico pode ser processado civil e criminalmente? Como evitar um processo? https://koetz.digital/medico-pode-ser-processado-civil-e-criminalmente/ https://koetz.digital/medico-pode-ser-processado-civil-e-criminalmente/#respond Fri, 18 Jul 2025 11:29:16 +0000 https://koetz.digital/?p=50929 No mundo atual os médicos estão cada vez mais expostos por conta das redes sociais, prontuários médicos e pacientes litigiosos. Além disso, o fácil acesso a câmeras e gravadores — hoje presentes em qualquer celular — aumenta o risco de acusações baseadas em trechos isolados, muitas vezes sem o devido respaldo técnico. Além dessa exposição… Médico pode ser processado civil e criminalmente? Como evitar um processo?

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No mundo atual os médicos estão cada vez mais expostos por conta das redes sociais, prontuários médicos e pacientes litigiosos. Além disso, o fácil acesso a câmeras e gravadores — hoje presentes em qualquer celular — aumenta o risco de acusações baseadas em trechos isolados, muitas vezes sem o devido respaldo técnico.

Além dessa exposição desenfreada, muitos médicos não sabem, mas podem ser processados civil e criminalmente por condutas ligadas à profissão. E o pior: muitas vezes de maneira injusta.

Diante desse cenário, é essencial entender como funciona a responsabilização jurídica do médico e principalmente como se proteger, pois qualquer ato, por mais inocente que seja, pode virar um processo judicial. Por exemplo, sabia que uma anotação errada no prontuário pode virar um processo?

Quer saber como minimizar os riscos e entender melhor a situação? Então continua lendo que vai te interessar.

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Um médico pode ser processado civil e criminalmente?

A resposta simples é: Sim, pode! Especialmente em uma profissão que, por lidar com vidas, pode ser facilmente exposta a condutas judiciais.

Muita gente acha que a responsabilização judicial somente pode ocorrer com quem comete erros grosseiros na profissão, mas não é bem assim.

Situações do cotidiano como atraso no atendimento ou até uma falha de comunicação podem desencadear processos judiciais. Por isso a crescente judicialização na medicina tem colocado cada vez mais profissionais na posição de réus, mesmo atuando corretamente ou sem intenção de prejudicar e uma defesa inadequada pode gerar consequências graves à profissão. 

O texto continua após o vídeo.

Quando um médico pode ser processado?

Inicialmente é importante entender que processar alguém é um direito básico do cidadão, portanto o Médico pode ser mesmo atuando corretamente, na ética esperada e com cautela.

Apesar disso, dentre os mais comuns motivos que estão gerando o aumento na judicialização contra médicos, temos:

  • Os erros de diagnóstico, especialmente quando o tempo perdido entre o diagnóstico equivocado e a descoberta da doença correta gera um agravamento na enfermidade;
  • Tratamento inadequado ou falha técnica, como a indicação/uso incorreto de medicamentos, procedimentos equivocados ou decisões clínicas sem o devido respaldo;
  • Ausência de consentimento informado, ou seja, a falta de comunicação ou explicação adequada ao paciente, especialmente sobre riscos e alternativas;
  • Omissão no atendimento, principalmente em casos urgentes;
  • Complicações mal conduzidas em pós-operatórios, especialmente quando o médico não acompanha corretamente a evolução de um paciente recém-operado, nega ou demora de maneira desarrazoada a dar retorno em caso de complicações;
  • Exposição em redes sociais em geral, inclusive vídeos ou comentários que coloquem em cheque a conduta e as boas práticas do médico.

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Além destes, há outras várias razões — justas ou não — para um paciente processar um médico; por isso, é essencial que o profissional da medicina esteja sempre bem instruído do ponto de visto jurídico para minimizar os riscos de judicialização.

O texto continua após o vídeo.

Como funcionam a responsabilidade civil e penal do médico?

As mais comuns áreas do direito em que um médico pode ser processado é a Cível e a Criminal e vamos explicar as implicações de ser acionado judicialmente em cada uma delas.

Responsabilidade civil do médico

Nesta área, o paciente buscará responsabilizar o médico por uma má conduta e tentará obter do médico uma indenização ou compensação financeira, como dano moral, dano material ou dano estético.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre a responsabilidade civil do médico. Título: Responsabilidade civil do médico: entenda como funciona e como se proteger! Descubra o que é, quando se aplica e quais cuidados podem evitar ações judiciais na sua carreira. Seção 1: O QUE É A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO? É a obrigação de reparar um dano causado no exercício da profissão, se houver conduta considerada inadequada; Não depende, necessariamente, de má-fé ou intenção de causar prejuízo; Pode gerar dever de indenizar danos morais, estéticos ou materiais; Para existir, exige conduta culposa, dano comprovado e nexo causal entre a conduta e o dano; É de natureza subjetiva, o médico tem pleno direito à defesa. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! Se não houve intenção, não existe responsabilidade civil.” Mesmo sem má-fé, condutas imprudentes, negligentes ou imperitas podem gerar responsabilidade. “O paciente precisa provar tudo sozinho.” O prontuário, exames e registros médicos são provas fundamentais e podem ajudar ou prejudicar o médico. “Só erros graves geram responsabilidade civil.” Pequenas falhas com consequências relevantes para o paciente também podem motivar processos. “É só prometer resultado para o paciente que ele vai confiar mais.” Promessas de resultado podem ser usadas contra o médico em caso de complicações. “Se o paciente assinou um termo, estou 100% protegido.” O consentimento informado é essencial, mas não substitui a boa prática médica e o cuidado técnico. Seção 3: COMO EVITAR A RESPONSABILIDADE CIVIL? Registre tudo no prontuário, de forma técnica, clara e cronológica; Sempre colha consentimento esclarecido por escrito, explicando, riscos e limites do procedimento; Mantenha comunicação empática e respeitosa com paciente e familiares; Siga protocolos e recomendações médicas reconhecidas; Nunca prometa resultados, explique riscos e incertezas; Busque apoio jurídico preventivo para orientações específicas. Seção 4: E SE VOCÊ FOR ACIONADO JUDICIALMENTE? Procure imediatamente um advogado especializado em Direito Médico; Apresente toda a documentação, incluindo prontuário, exames, consentimentos e registros; Um prontuário bem elaborado é a principal linha de defesa; Prevenção é mais eficiente e econômica do que reagir a um processo; Ter assessoria jurídica constante aumenta a segurança e tranquilidade no exercício da medicina. Lembre-se que procurar uma assistência jurídica especializada não é luxo e, sim, uma proteção estratégica. Não deixe para depois!

Responsabilidade penal do médico

Nesta área o Ministério Público ou Polícia investigarão um crime cometido pelo Médico e, se provado o crime, poderá gerar pena de prisão ao profissional da Medicina. O médico pode ser responsabilizado tanto por condutas dolosas (com intenção), o que é mais raro, mas principalmente por condutas culposas (sem intenção, mas agiu com imprudência, imperícia ou negligência).

Importante entender que processos diferentes sobre o mesmo fato podem caminhar ao mesmo tempo, nas duas áreas, ou seja, um médico pode ser responder criminalmente pela conduta e também, em que o paciente solicita indenização na área cível. 

Como funciona um processo por erro médico?

O processo por erro médico é um dos mais temidos pelos profissionais da medicina e com razão, pois se trata de uma das espécies de processos judiciais com o maior risco de gerar danos ao médico e à sua reputação.

Bem, o processo por erro médico geralmente inicia com uma insatisfação ou reclamação do paciente, ou familiar. Essa reclamação pode ser diretamente na justiça, no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou até mesmo no Ministério Público e Polícia, caso haja suspeita de crime.

O texto continua após o infográfico.

A imagem traz um infográfico sobre o Conselho Regional de Medicina. Título: Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? Saiba o que esperar de uma sindicância e como se proteger desde o primeiro momento. Seção 1: O QUE É O CRM E O QUE ELE FAZ? O Conselho Regional de Medicina (CRM) é o braço estadual do Conselho Federal de Medicina; Fiscaliza o exercício ético da medicina e defende a dignidade da categoria; Registra médicos, apura denúncias e julga condutas éticas; Pode aplicar desde advertência até cassação do registro profissional; Não julga indenizações nem aplica penas criminais, isso cabe à Justiça. Seção 2: QUANDO O CRM PODE INVESTIGAR UM MÉDICO? Negligência, imprudência ou imperícia; Violação de sigilo profissional; Publicidade sensacionalista; Assédio moral ou sexual; Abandono de paciente; Prescrição ou tratamento fora da literatura validada; Fraude em atestados ou receitas. Seção 3: COMO FUNCIONA O PROCESSO NO CRM? Denúncia recebida: nem toda denúncia vira processo; Sindicância instaurada: investigação preliminar para apurar a conduta; Resposta do médico: pode encerrar o caso ou levar a processo ético-profissional; Processo ético: análise aprofundada e julgamento pelo CRM; Decisão: arquivamento, advertência, suspensão ou cassação do registro. Seção 4: ALERTAS E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Não subestime a sindicância: ela pode definir todo o rumo do caso; Respeite prazos: ignorar notificações é caminho certo para condenação; Prepare provas desde o início: prontuários, laudos, conversas e documentos de apoio; Trate o CRM como instituição, não como inimigo: postura arrogante prejudica a defesa; Una técnica médica e estratégia jurídica: resposta genérica enfraquece sua posição; Trabalhe com tempo e calma: respostas feitas às pressas tendem a ser incompletas. Seção 5: MELHORES PRÁTICAS PARA UMA DEFESA EFICAZ Busque apoio jurídico especializado desde a primeira notificação; Mantenha prontuários e documentos em ordem; Responda de forma clara, fundamentada e embasada tecnicamente; Seja cordial e objetivo em depoimentos e comunicações; Encare a defesa no CRM como parte da proteção da sua carreira. A cada momento que você passa sem aconselhamento jurídico especializado é um risco! Não deixe sua carreira sofrer as consequências.

Iniciado o processo judicial, o médico será notificado para se manifestar e apresentar defesa. É um momento muito importante e relevante, ao ser o primeiro e principal momento para de defender. A estratégia adotada aqui será essencial para uma eventual decisão favorável ao médico.

O texto continua após as imagens.

Após a apresentação da defesa, haverá a perícia médica, onde um especialista analisa o caso e emite um laudo técnico para auxiliar o juiz em sua decisão final.

Além disso, o médico, paciente, familiares e testemunhas poderão ser ouvidos em audiência para melhor esclarecimento dos fatos.

O processo pode durar anos, causando um imenso desgaste emocional e profissional ao médico, principalmente porque a maioria dos processos são públicos e podem ser consultados inclusive pelos pacientes.

Como consequência de um processo por erro médico perdido, o médico pode ser condenado a pagar indenizações por danos morais, materiais, etc., na esfera cível. Na esfera criminal pode ser condenado à prisão e ainda há a esfera ética, no CRM, que pode suspender ou cassar o registro profissional.

Por isso é essencial que o médico conte com a assessoria de advogados especializados na área, não somente durante o processo judicial, mas também de forma consultiva, para minimizar os riscos de uma judicialização.

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Quem julga os médicos?

Quem decide os processos judiciais são Juízes (em primeira instância) e Desembargadores em segunda instância (Quando há recurso). Em alguns casos os processos sobem até os tribunais superiores (STF e STJ) onde são julgados pelos Ministros de cada um desses Tribunais sediados em Brasília.A imagem mostra um banner do Medic Safe, assistência jurídica para médicos. Com um botão do WhatsApp.

Além disso, no caso dos Tribunais Éticos (CRM), os médicos podem ser julgados por violações aos deveres legais da Medicina e ao Código de Ética, podendo receber penas de suspensão ou cassação do registro. Nesses casos são julgados em um processo de sindicância por pares eleitos para uma Comissão de Ética.

Como evitar um processo de um paciente?

Sabemos que ser processado por um paciente, especialmente por erro médico, é um dos maiores receios dos profissionais da medicina, pois a judicialização pode abalar profundamente o médico e gerar embaraços à profissão, principalmente em relação à reputação do profissional.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre prontuário médico: saiba comose proteger! Entenda por que o prontuário é a linha de defesa número um do médico — e como evitar erros que podem custar caro! Seção 1: O QUE É O PRONTUÁRIO MÉDICO? Texto: Documento técnico que registra todo o histórico clínico do paciente; Deve ser preenchido de forma clara, objetiva e cronológica; É obrigatório e serve como prova em processos judiciais, sindicâncias e auditorias; A ausência ou má elaboração pode gerar responsabilização do profissional. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! 🟥 O prontuário é do hospital, então o médico não precisa se preocupar.” ✅ O médico é responsável direto pelo conteúdo que escreve. 🟥 “Só preciso escrever o básico. Quanto menos, melhor.” ✅ Prontuários genéricos prejudicam a defesa do médico. Quanto mais detalhado e preciso, mais segurança jurídica. 🟥 “O juiz sempre valoriza a palavra do médico.” ✅ A prova escrita é mais forte no processo. 🟥 “Posso corrigir ou completar o prontuário depois.” ✅ Registros devem ser feitos em tempo real. Alterações tardias podem levantar suspeitas de fraude ou má-fé. 🟥 “Não existe punição se eu esquecer de preencher algo.” ✅ Omissões podem configurar negligência ou imperícia, com repercussão ética, civil e até criminal. Seção 3: COMO MANTER UM PRONTUÁRIO LEGALMENTE SEGURO? Faça os registros no ato do atendimento, sem atrasos; Use linguagem técnica, clara e livre de julgamentos pessoais; Evite rasuras ou anotações subjetivas; Garanta o sigilo das informações, conforme a LGPD e o Código de Ética; Em caso de dúvidas, consulte o setor jurídico do hospital ou seu advogado. Seção 4: E SE O PRONTUÁRIO FOR QUESTIONADO? Uma assessoria jurídica especializada deve ser acionada; Mesmo com falhas no prontuário, é possível montar uma estratégia de defesa com outros documentos e testemunhas; Prontuário bem feito é o melhor método de segurança para o profissional da saúde; Prevenir é mais barato e eficaz do que remediar um processo; Ter auxílio de um advogado especialista, sempre presente, pode ser a chave da tranquilidade!

Bem, para evitar ser processado por um paciente, é essencial ter uma boa comunicação tanto com o paciente quanto com os familiares, principalmente em caso de internações ou cirurgias, momentos em que o paciente pode estar impossibilitado de se manifestar e conversar.

E ainda, é imprescindível que o médico obtenha sempre o consentimento devidamente informado. Ou seja, que informe ao paciente ou familiares todas as consequências, riscos e alternativas antes da tomada de cada decisão, ao ser justamente a falta de consentimento claro e documentado que costuma ser o estopim de muitos processos judiciais por erro médico.

É importante que o médico perceba que sempre será mais benéfico e econômico a prevenção. Ou seja, atuar de forma consciente e apoiada (especialmente por advogados especializados e de confiança), para minimizar os riscos de enfrentar uma longa batalha judicial por uma acusação de erro que muitas das vezes sequer cometeu.

Conclusão

Foi possível perceber que o Médico pode ser processado mesmo sem qualquer culpa, desde que o resultado do seu trabalho (mesmo que tecnicamente correto), tenha gerado insatisfação de pacientes.

Ainda sem culpa, um processo judicial sempre representa um risco ao médico, especialmente porque muitas das vezes será julgado por um Juíz de Direito, que não tem profundo conhecimento das especificidades da Medicina.

Por isso o melhor caminho sempre será a proteção prévia, com orientações que auxiliem o médico a atuar com segurança, clareza e respaldo em todas as etapas de sua prática, porque quem cuida da saúde dos outros também merece ter sua própria tranquilidade protegida.

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Perguntas frequentes sobre médico poder ser processado civil e criminalmente

Entenda as agora as principais perguntas frequentes que recebo sobre o assunto. Reuni todas elas em um tópico para que você se informe melhor e evite maiores dores de cabeça. Confira!

Quem tem ficha criminal pode ser médico?

Normalmente, sim, mas há exceções. Em caso de crimes dolosos (com intenção) contra a vida ou contra o patrimônio público, por exemplo, pode levar ao impedimento ao exercício da Medicina ou cassação do registro pelo CRM. 

Antecedentes antigos ou leves tendem a ser relevados e não serão problemas ao exercício da medicina.

Médico pode processar paciente?

Com certeza. Médico também tem seus direitos e havendo razão para tal, certamente pode processar pacientes, inclusive por calúnia, difamação, agressão ou danos morais. 

Em caso de comentários maldosos ou ofensivos em redes sociais, o médico também pode processar o autor dos comentários, exigindo, além de indenização, a remoção dos conteúdos.

O texto continua após o vídeo.

Erro médico é crime culposo?

Na maioria dos casos, sim, pois o erro tende a ser cometido sem intenção. Se o erro médico ocorrer por negligência, imprudência ou imperícia, pode ser caracterizado como crime culposo.

O diagnóstico errado é crime?

Nem sempre um diagnóstico errado por si só não é crime, desde que o médico tenha seguido os ditames éticos e técnicos para alcançar o diagnóstico, mesmo que errado. Se comprovado que houve negligência ou imperícia, pode haver responsabilização criminal, cível ou ética.

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Imigrante: o que é, quais as causas e como conseguir visto? https://koetz.digital/imigrante-o-que-e-quais-as-causas-e-como-conseguir-visto/ https://koetz.digital/imigrante-o-que-e-quais-as-causas-e-como-conseguir-visto/#respond Wed, 16 Jul 2025 15:00:53 +0000 https://koetz.digital/?p=48858 A imigração é um fenômeno social, econômico e até mesmo jurídico, que acontece na humanidade desde os primeiros momentos da civilização. Entretanto, o motivo desse deslocamento é variado, fazendo com que pessoas se mudem por melhores condições de vida, evitando, conflitos ou até mesmo para ficar mais perto de familiares ou amigos. O que importa… Imigrante: o que é, quais as causas e como conseguir visto?

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A imigração é um fenômeno social, econômico e até mesmo jurídico, que acontece na humanidade desde os primeiros momentos da civilização. Entretanto, o motivo desse deslocamento é variado, fazendo com que pessoas se mudem por melhores condições de vida, evitando, conflitos ou até mesmo para ficar mais perto de familiares ou amigos.

O que importa é que esse fluxo internacional de pessoas tem moldado culturas, economias e fronteiras, trazendo mais diversidade e modelos diferentes de se viver.

Agora, você vai entender, com base na legislação brasileira, tratados internacionais e até mesmo nos princípios dos direitos humanos, o que, na verdade, significa ser um ingrante. Além disso, vou comentar sobre os diferentes tipos de migração e como você pode conseguir um visto de forma regular e segura.

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O que é ser um imigrante?

Ser um imigrante, significa se mudar e permanecer em um país diferente daquele que você nasceu ou viva. Se levarmos em conta o olhar do país que você escolher, por exemplo, se trata de uma pessoa estrangeira que tem o interesse de morar temporária ou permanentemente neste novo local.

A Lei n.º 13.445/2017, conhecida como Lei de Migração de 2017, regulamente atualmente a política migratória brasileira, substituindo o antigo Estatuto do Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), promovendo uma abordagem mais humanitária e acolhedora aos estrangeiros, alinhada com tratados internacionais de direitos humanos.

A Lei de Migração brasileira reconhece a migração como um direito humano e assegura direitos como a não criminalização da condição migratória, a igualdade de tratamento com brasileiros natos e a proteção à unidade familiar. Dessa maneira, o imigrante é visto não somente como alguém que atravessa fronteiras e se restabelece em um novo país, mas como um sujeito de direitos.

Quando é considerado imigrante?

Se é considerado imigrante estabelece quando uma pessoa atravessa fronteiras internacionais e se instala em outro país com o objetivo de morar neste novo país, seja de forma permanente ou temporária. 

Diferente do turista, o imigrante busca permanência prolongada, seja por motivos de trabalho, estudo, refúgio, reunião familiar, entre outros. Porém, o Governo Brasileiro exige a regularização migratória, que se concretiza por meio da regulamentação e obtenção de vistos apropriados ou da aprovação de residência por outros mecanismos legais, como acordos multilaterais ou acolhimento humanitário.

Ou seja, se você está pensando em se mudar para o Brasil e é estrangeiro, vale entender qual tipo de visto é o mais adequado para a sua entrada no país. Depois, naturalmente, vem o processo de autorização de residência e, se você desejar, da naturalização.

Qual a diferença entre migrante, emigrante, imigrante e refugiado?

A diferença entre migrante, emigrante, imigrante e refugido sempre gera dúvidas e confusões, mas cada termo possui especificidade jurídica, sociológica e política. Portanto, conseguir diferenciar pode te ajudar a escolher um país com maior facilidade ou até mesmo entender melhor sobre o assunto. Vou explicar melhor abaixo.

Migrante

O migrante é qualquer pessoa que se desloca de um local para outro, independentemente da causa. Inclui migrações internas (dentro do mesmo país – ou seja, entre estados) e internacionais. Pode ser voluntário ou forçado e a ONU usa esse termo como guarda-chuva para diversos tipos de deslocamentos que acontecem com as pessoas. Portanto, é possui um significado mais “geral”. 

Emigrante

Já o emigrante é aquela pessoa que deixa seu país de origem para se estabelecer em outro. Ou seja, é aquela pessoa que literalmente cruza fronteira internacionais para viver em outro local. Por exemplo, um brasileiro que vai morar na Alemanha é considerado emigrante para o Brasil.

Imigrante

O imigrante é o indivíduo que entra em um novo país para residir, assim, é a visão do país de destino. Explicando melhor, o mesmo brasileiro que foi morar na Alemanha é um imigrante para o Estado alemão. Uma mesma pessoa pode ser simultaneamente emigrante (no país que deixa) e imigrante (no país onde chega).

Refugiado

Agora, o refugiado, conforme a Convenção de Genebra de 1951, o Protocolo de 1967 e a Lei n.º 9.474/1997, refugiado é aquele que se encontra fora de seu país devido a ameaças reais de perseguição. Seja por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou pertencimento a determinado grupo social.

O Brasil, signatário da Conveção de Genebra, garante a possibilidade de solicitação de refúgio por meio do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), assegurando direitos básicos e proteção internacional.

Quais as causas da imigração

As causas da imigração são variadas, interligadas e refletem tanto fatores de expulsão quanto de atração. Além disso, o processo de imigração pode ser classificado em causas econômicas, sociais, políticas, ambientais, familiares e até culturais.

Entre as causas econômicas estão a busca por emprego, melhores salários, condições de trabalho dignas e estabilidade financeira. Causas sociais incluem o desejo por melhor qualidade de vida, acesso à saúde, educação e segurança pública.

Motivos políticos, como perseguições, ditaduras, guerras e instabilidade institucional, também impulsionam fluxos migratórios. Além disso, desastres naturais e mudanças climáticas têm produzido ondas de migração ambiental.

Dados e estatísticas

Só para você ter uma ideia do fluxo migratório mundia, segundo dados da Organização Internacional para Migrações (OIM), havia cerca de 281 milhões de migrantes internacionais em 2023, representando 3,6% da população global.

No Brasil, o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) mostra que, entre 2011 e 2022, houve um aumento expressivo na concessão de vistos de residência, especialmente para nacionais de países do Mercosul, Haiti, Venezuela e África lusófona.

Em 2022, mais de 150 mil imigrantes receberam autorização de residência no Brasil, número que reflete tanto a atratividade do país quanto sua política de acolhimento.

Como conseguir visto de imigrante?

Para conseguir o um visto brasileiro de imigrante, você precisa entender exatamente qual é o motivo da sua vinda ao Brasil, além das normas estabelecidas pela Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017) e, também, pelas resoluções normativas do Conselho Nacional de Imigração (CNIg).

O Brasil oferece diferentes tipos de vistos, adaptados a cada situação migratória, com exigências documentais específicas e critérios objetivos de elegibilidade. A seguir, você vai conhecer os principais tipos. Acompanhe!

Visto de Trabalho

Destinado a estrangeiros que venham trabalhar em empresa estabelecida no Brasil. Requer contrato ou carta de oferta de emprego, comprovação de qualificação profissional e autorização prévia do Ministério do Trabalho e Emprego. Pode ser temporário ou por prazo indeterminado, dependendo do vínculo contratual.

Visto de Investidor

Já esse tipo de visto é para quem pretende investir capital em empresa no Brasil, com valor mínimo definido por norma específica. Atualmente, exige-se o investimento de R$ 500 mil em atividades produtivas, ou R$ 150 mil em startups, ou setores estratégicos. O visto permite residência por prazo indeterminado e pode incluir dependentes.

Visto de Reunião Familiar

Esse visto tem como objetivo reunir familiares de brasileiros ou de estrangeiros residentes no Brasil. Abrange cônjuges, filhos, pais e, em alguns casos, irmãos e netos. Além disso, possui a missão de proteger a unidade familiar, direito consagrado na Constituição Federal e na Lei de Migração.

Visto de Estudante

Permitido a estrangeiros regularmente matriculados em instituições de ensino reconhecidas, para cursos regulares, técnicos, universitários ou de pós-graduação. O visto tem validade vinculada à duração do curso e não autoriza trabalho formal, salvo se houver permissão específica.

Visto de Aposentado

Concedido a estrangeiros que comprovem renda mensal suficiente para residir no Brasil sem necessidade de exercer atividade laborativa. O valor mínimo gira em torno de US$ 2.000 mensais, conforme instruções normativas. É comum entre aposentados europeus e norte-americanos.

Visto de Refugiado

Solicitado junto ao CONARE, com apresentação de indícios de perseguição, conforme critérios da Lei n.º 9.474/1997. Enquanto o pedido está em análise, o solicitante recebe uma autorização provisória de residência, com acesso a serviços públicos e possibilidade de trabalho.

Visto de Talento

Destinado a profissionais altamente qualificados, com formação superior e experiência comprovada em áreas de interesse do Brasil, como tecnologia, engenharia, saúde, ciência e inovação. Tem como propósito atrair talentos e fomentar o desenvolvimento nacional, para aqueles que tiveram impacto no Brasil.

Visto de Missionário

Oferecido a representantes de instituições religiosas oficialmente reconhecidas no país de origem que desejam exercer atividades missionárias no Brasil. Exige comprovação da entidade e do propósito religioso.

Visto de Artista ou Esportista

Concedido para realização de atividades culturais, artísticas ou esportivas, com ou sem remuneração, por tempo determinado. Abrange músicos, dançarinos, atletas, técnicos e outros profissionais da cultura.

Visto de Pesquisador

Destinado a cientistas e pesquisadores estrangeiros que venham ao Brasil desenvolver projetos acadêmicos, científicos ou tecnológicos. Requer vínculo com instituição de ensino ou pesquisa credenciada e plano de trabalho.

Conclusão

A imigração é um direito humano reconhecido internacionalmente, mas o imigrante precisa estar atento a regras, requisitos jurídicos  e políticos que variam conforme o país de destino. No Brasil, a legislação atual busca equilibrar a segurança nacional com os direitos dos migrantes, promovendo inclusão, dignidade e integração.

Compreender as diferenças entre os tipos de migração, as causas que motivam a saída do país de origem e os caminhos legais para a regularização migratória é essencial tanto para o migrante quanto para a sociedade que o recebe.

A atuação conjunta de governos, sociedade civil, empresas e organismos internacionais é pode ser de grande ajuda para criar políticas migratórias eficazes, justas e sustentáveis.

A migração, quando gerida com responsabilidade, é fator de desenvolvimento humano, social e econômico — não só para quem migra, mas também para os países de acolhida.

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Prontuário médico e responsabilidade legal: como funciona? https://koetz.digital/prontuario-medico-responsabilidade-legal/ https://koetz.digital/prontuario-medico-responsabilidade-legal/#respond Wed, 16 Jul 2025 11:52:21 +0000 https://koetz.digital/?p=50899 O prontuário é um documento essencial para a prática médica. Sua utilidade e importância é significativa tanto para o atendimento, mas também para a proteção jurídica do médico. Além disso, em muitos casos, é importante também para o paciente e sua família. Por ser um material relevante, ele deve registrar toda a história clínica do… Prontuário médico e responsabilidade legal: como funciona?

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O prontuário é um documento essencial para a prática médica. Sua utilidade e importância é significativa tanto para o atendimento, mas também para a proteção jurídica do médico. Além disso, em muitos casos, é importante também para o paciente e sua família.

Por ser um material relevante, ele deve registrar toda a história clínica do paciente e deve ser conduzido e preenchido com cuidado pelo profissional da saúde.

O prontuário não pode ser preenchido de qualquer maneira. Há regras éticas e legais sobre o preenchimento, inclusão de informações e elaboração do prontuário médico. Há diversos regramentos também sobre a guarda, manutenção e acesso às informações contidas no prontuário.

Mas afinal, o que diz a lei e como o profissional da saúde pode ser proteger?

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O que é o prontuário médico?

O prontuário médico é um documento que guarda o histórico do paciente. Nele o médico registra todo o trajeto do paciente. Onde começou as dores ou sintomas, quais procedimentos foram adotados e por quê, quais as decisões, medicamentos e dosagens utilizadas, dentre outras informações.

Trata-se de um documento sigiloso, técnico e obrigatório que registra todo o histórico do paciente sob cuidados médicos. Nele devem constar informações como:

  • Queixas do paciente;
  • Medicamentos prescritos e suas respectivas dosagens;
  • Resultados de exames;
  • Condutas adotadas e a razão;
  • Evolução do quadro clínico;
  • Histórico clínico;
  • Quaisquer intercorrências.

Importante compreender que o prontuário tem uma dupla função: A primeira assistencial, especialmente voltada para as condutas médicas do paciente; a segunda, muita das vezes negligenciada, é a função jurídica, de servir como prova em sindicâncias, processos judiciais e perícias médicas.

O texto continua após o vídeo.

Qual a lei do prontuário médico?

Não existe uma lei do prontuário médico. Existem várias leis gerias que contém algum dispositivo ou conjunto de artigos que tratam do prontuário. Por exemplo:

  • Resolução Conselho Federal de Medicina n.º 2.217/2018: traz regras de sigilo, acesso, guarda e manuseio do Prontuário Médico;
  • Lei n.º 13.787: dispõe sobre digitalização e informatização no uso, guarda, armazenamento e manuseio de prontuário médico;
  • Resolução CDF n.º 1.821/2007: estabelece que o prontuário médico em suporte de papel deve ser guardado por um prazo mínimo de 20 anos.

O que diz o artigo 89 do Código de Ética Médica?

O artigo 89 e também o artigo 88 do Código de Ética da Medicina tratam sobre vedações/proibições no exercício da medicina. No caso específico dos artigos 88 e 89 do Código de ética, temos:

A imagem mostra um banner do Medic Safe, assistência jurídica para médicos. Com um botão do WhatsApp.

É vedado ao médico:

  • Artigo 88: negar ao paciente ou, na sua impossibilidade, a seu representante legal, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros;
  • Artigo 89: liberar cópias do prontuário sobre sua guarda, exceto para atender a ordem judicial ou para sua própria defesa, assim como quando autorizado por escrito pelo paciente.

Os artigos do Código de Ética da Medicina acima tratam sobre o direito de acesso ao prontuário pelo paciente ou seu representante legal, além de acesso à justiça, caso haja ordem judicial neste sentido.

O ponto central é que, conforme o Código de Ética da Medicina, o médico e a instituição de saúde têm o dever ético de garantir ao paciente — ou representante legal — o acesso às informações registradas no prontuário médico. É, ainda, responsável por proteger esses dados de usos indevidos por meio do equilíbrio entre transparência e confidencialidade.

O texto continua após infográfico.

A imagem mostra um infográfico sobre prontuário médico: saiba comose proteger! Entenda por que o prontuário é a linha de defesa número um do médico — e como evitar erros que podem custar caro! Seção 1: O QUE É O PRONTUÁRIO MÉDICO? Texto: Documento técnico que registra todo o histórico clínico do paciente; Deve ser preenchido de forma clara, objetiva e cronológica; É obrigatório e serve como prova em processos judiciais, sindicâncias e auditorias; A ausência ou má elaboração pode gerar responsabilização do profissional. Seção 2: CUIDADO COM AS FALSAS CRENÇAS! 🟥 O prontuário é do hospital, então o médico não precisa se preocupar.” ✅ O médico é responsável direto pelo conteúdo que escreve. 🟥 “Só preciso escrever o básico. Quanto menos, melhor.” ✅ Prontuários genéricos prejudicam a defesa do médico. Quanto mais detalhado e preciso, mais segurança jurídica. 🟥 “O juiz sempre valoriza a palavra do médico.” ✅ A prova escrita é mais forte no processo. 🟥 “Posso corrigir ou completar o prontuário depois.” ✅ Registros devem ser feitos em tempo real. Alterações tardias podem levantar suspeitas de fraude ou má-fé. 🟥 “Não existe punição se eu esquecer de preencher algo.” ✅ Omissões podem configurar negligência ou imperícia, com repercussão ética, civil e até criminal. Seção 3: COMO MANTER UM PRONTUÁRIO LEGALMENTE SEGURO? Faça os registros no ato do atendimento, sem atrasos; Use linguagem técnica, clara e livre de julgamentos pessoais; Evite rasuras ou anotações subjetivas; Garanta o sigilo das informações, conforme a LGPD e o Código de Ética; Em caso de dúvidas, consulte o setor jurídico do hospital ou seu advogado. Seção 4: E SE O PRONTUÁRIO FOR QUESTIONADO? Uma assessoria jurídica especializada deve ser acionada; Mesmo com falhas no prontuário, é possível montar uma estratégia de defesa com outros documentos e testemunhas; Prontuário bem feito é o melhor método de segurança para o profissional da saúde; Prevenir é mais barato e eficaz do que remediar um processo; Ter auxílio de um advogado especialista, sempre presente, pode ser a chave da tranquilidade!

De quem é a responsabilidade do prontuário médico?

De maneira geral, a responsabilidade pela guarda e preenchimento do Prontuário Médico é compartilhada entre o médico, quanto à elaboração correta, ética e completa e também da instituição de saúde que fará a guarda e eventual entrega de cópias caso solicitado.

Naturalmente essa dinâmica pode variar conforme a realidade do profissional de saúde. Em um Consultório Particular, o médico será o responsável direto pelo preenchimento e também pela guarda por 20 anos.

Importante compreender é que há uma dupla responsabilidade: a de preenchimento e a de guarda. Um erro de guarda do hospital ou um erro do responsável pelo preenchimento pode gerar implicação para ambos, portanto é essencial haver controle mútuo, dentro do possível, sobre as informações e dados constantes dos prontuários médicos dos pacientes.

O texto continua após as imagens.

O que fazer quando o hospital nega o prontuário?

Conforme o artigo 88 do Código de Ética da Medicina e a Lei 13.787/2018, o paciente ou seu responsável legal tem direito de acesso e cópia do prontuário médico. Caso o Hospital ou a clínica responsável pela guarda do Prontuário negar acesso ao paciente, este poderá solicitar por escrito com protocolo ou via e-mail. Em caso de nova negativa, poderá:

  • Fazer denúncia no Conselho Regional de Medicina (CRM);
  • Acionar a ouvidoria da instituição médica (hospital, clínica, consultório particular, etc);
  • Em último caso, ajuizar ação judicial com objetivo de obrigar a instituição a entregar a documentação desejada.

O texto continua após o infográfico.

A imagem traz um infográfico sobre o Conselho Regional de Medicina. Título: Defesa no Conselho Regional de Medicina: como funciona? Saiba o que esperar de uma sindicância e como se proteger desde o primeiro momento. Seção 1: O QUE É O CRM E O QUE ELE FAZ? O Conselho Regional de Medicina (CRM) é o braço estadual do Conselho Federal de Medicina; Fiscaliza o exercício ético da medicina e defende a dignidade da categoria; Registra médicos, apura denúncias e julga condutas éticas; Pode aplicar desde advertência até cassação do registro profissional; Não julga indenizações nem aplica penas criminais, isso cabe à Justiça. Seção 2: QUANDO O CRM PODE INVESTIGAR UM MÉDICO? Negligência, imprudência ou imperícia; Violação de sigilo profissional; Publicidade sensacionalista; Assédio moral ou sexual; Abandono de paciente; Prescrição ou tratamento fora da literatura validada; Fraude em atestados ou receitas. Seção 3: COMO FUNCIONA O PROCESSO NO CRM? Denúncia recebida: nem toda denúncia vira processo; Sindicância instaurada: investigação preliminar para apurar a conduta; Resposta do médico: pode encerrar o caso ou levar a processo ético-profissional; Processo ético: análise aprofundada e julgamento pelo CRM; Decisão: arquivamento, advertência, suspensão ou cassação do registro. Seção 4: ALERTAS E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Não subestime a sindicância: ela pode definir todo o rumo do caso; Respeite prazos: ignorar notificações é caminho certo para condenação; Prepare provas desde o início: prontuários, laudos, conversas e documentos de apoio; Trate o CRM como instituição, não como inimigo: postura arrogante prejudica a defesa; Una técnica médica e estratégia jurídica: resposta genérica enfraquece sua posição; Trabalhe com tempo e calma: respostas feitas às pressas tendem a ser incompletas. Seção 5: MELHORES PRÁTICAS PARA UMA DEFESA EFICAZ Busque apoio jurídico especializado desde a primeira notificação; Mantenha prontuários e documentos em ordem; Responda de forma clara, fundamentada e embasada tecnicamente; Seja cordial e objetivo em depoimentos e comunicações; Encare a defesa no CRM como parte da proteção da sua carreira. A cada momento que você passa sem aconselhamento jurídico especializado é um risco! Não deixe sua carreira sofrer as consequências.

No entanto, como, em regra, o Hospital é a entidade responsável pela guarda, recomendamos que o médico oriente o paciente sobre o direito de obter seu prontuário médico, mas evite entregá-lo pessoalmente ao paciente sem estar devidamente respaldado pela instituição. 

Qual o prazo para entrega de prontuário médico ao paciente

Não há um prazo pré-estabelecido na legislação. A maioria dos hospitais e clínicas entregam os prontuários médicos no prazo de 5 a 15 dias, dependendo da complexidade ou forma de acesso (papel, e-mail, pen-drive, etc.). Esse também é o entendimento médio dos Tribunais pelo Brasil.

Importante destacar que a demora excessiva pode ser interpretada como uma retenção desnecessária e abusiva por parte da instituição, o que pode gerar responsabilização ética ou medida judicial.

O texto continua após o vídeo.

Quem pode ter acesso ao prontuário do paciente?

A resposta direta é clara: Somente o próprio paciente pode acessar seu prontuário. Demais pessoas só têm acesso se:

  • Tiver autorização por escritura do paciente;
  • Tiver procuração com poderes específicos;
  • Houver decisão judicial concedendo direito à pessoa diversa;
  • O paciente for incapaz ou menor de idade (acesso pelos responsáveis legais);
  • Em caso de óbito, pelos herdeiros diretos ou cônjuge (com comprovação).

Ou seja, em regra, somente o paciente e ninguém mais, visto que o prontuário médico carrega, em regra, informações sigilosas e confidenciais. A entrega à pessoa diversa, fora das hipóteses de exceção, pode levar à responsabilização judicial ou junto ao CRM.

Família pode ter acesso ao prontuário do paciente internado?

Este cenário segue a regra geral: na maioria das vezes, não. Especialmente se o paciente estiver consciente e capaz.

Ocorre que, em algumas situações como coma ou incapacidade geral, o paciente não pode, diretamente, acessar o documento em virtude da incapacidade. Neste caso, o acesso é possível somente aos representantes legais ou responsável.

Quais são as exceções ao sigilo profissional envolvendo prontuários?

Quando se trata de Prontuário Médico, o sigilo é a regra, porém pode ser quebrado em casos muito específicos, como:

  • Por ordem judicial;
  • Para a própria defesa do médico em processos éticos, civis ou penais;
  • Quando há claro risco de saúde pública ou a terceiros (como doenças infectocontagiosas).

Em suma, salvo estas raríssimas exceções, o Prontuário Médico deve manter-se sigiloso e devidamente guardado pela instituição responsável.

Divulgar prontuário médico é crime?

A guarda e manutenção do sigilo do Prontuário Médico é um dever legal. A violação deste dever pode incorrer no crime do artigo 154 do Código Penal, intitulado Violação do Segredo Profissional, que prevê pena de três meses a um ano de detenção.

Pode também gerar indenizações na esfera cível, especialmente por dano moral, além de ser infração ética grave, punível na esfera ética (CRM).

É importante saber que publicar trechos de prontuário médico na internet, grupos de WhatsApp ou apresentações públicas, como palestras, sem consentimento do paciente é ilegal. O sigilo ainda se mantém após o óbito do paciente.

O texto continua após o vídeo.

Conclusão

Foi possível observar que o prontuário não é somente um registro de atendimento, mas um instrumento essencial para garantir a qualidade na assistência do paciente e também a segurança jurídica do médico.

Qualquer falha no preenchimento ou na guarda do documento pode gerar condenações, processos éticos, cíveis e criminais.

Conhecer os direitos e deveres do profissional da medicina quanto ao preenchimento e guarda do Prontuário Médico é essencial para prover ao paciente um atendimento correto e minimizar os riscos de implicações judiciais.

Se você é médico e tem dúvidas sobre como se proteger juridicamente no uso e entrega do Prontuário Médico, é essencial contar com advogado especializado em Direito Médico que poderá instruir corretamente quanto ao preenchimento e manuseio das informações.

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Posso ter investimentos no Brasil se moro no exterior? https://koetz.digital/posso-ter-investimentos-no-brasil-se-moro-no-exterior/ https://koetz.digital/posso-ter-investimentos-no-brasil-se-moro-no-exterior/#respond Tue, 15 Jul 2025 10:00:29 +0000 https://koetz.digital/?p=50864 Neste post, exploraremos as possibilidades de investimento no Brasil para investidores estrangeiros. Aprofundaremos as nuances legais, como a definição correta de estrangeiro, bem como as oportunidades de investimento e as obrigações fiscais. No mundo cada vez mais globalizado em que vivemos, é comum que muitas pessoas busquem oportunidades além das fronteiras de seus países de… Posso ter investimentos no Brasil se moro no exterior?

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Neste post, exploraremos as possibilidades de investimento no Brasil para investidores estrangeiros. Aprofundaremos as nuances legais, como a definição correta de estrangeiro, bem como as oportunidades de investimento e as obrigações fiscais.

No mundo cada vez mais globalizado em que vivemos, é comum que muitas pessoas busquem oportunidades além das fronteiras de seus países de origem.

Seja para trabalho, estudo ou escolha pessoal, o fenômeno da internacionalização tem se tornado uma realidade cada vez mais prevalente. Soma-se a isso o fato de o Brasil ser um país emergente com crescente valor de investimento, seja em empresas com atuação no mercado, imóveis, valores mobiliários e diversas outras modalidades.

No entanto, uma dúvida que frequentemente surge para quem opta por residir no exterior é: “Posso ter investimentos no Brasil mesmo morando fora do país?” 

Neste artigo, exploraremos os aspectos legais e regulatórios que envolvem essa questão, esclarecendo as possibilidades e limitações para quem deseja manter vínculos financeiros com o Brasil enquanto reside no exterior.

Se precisar de assistência jurídica da nossa equipe, entre em contato conosco pelo WhatsApp.

Contribuição de autoria: Leonardo Almeida Lacerda de Melo

 

Definição de Estrangeiro Residente e Diferenças Legais

Quando se trata de investir no Brasil enquanto se vive no exterior, um dos principais fatores que determinam as possibilidades e limitações é o conceito de residência fiscal. A legislação brasileira define critérios específicos para estabelecer se um indivíduo é considerado residente ou não residente no país.

Geralmente, o tempo que uma pessoa passa no Brasil durante um ano fiscal determina sua residência fiscal. Para aqueles que desejam manter investimentos no país, este é um ponto crucial a ser compreendido.

A definição de residência fiscal não se baseia apenas no tempo passado no Brasil, mas também pode incluir fatores como atividade profissional, centro de interesses econômicos e laços familiares.

A determinação correta da residência fiscal é essencial, pois influencia diretamente a gama de investimentos que você está autorizado a fazer.

Para aqueles considerados residentes fiscais, as opções são mais amplas, abrangendo desde a aquisição de imóveis até a negociação de ações. No entanto, para não residentes fiscais, certos investimentos podem estar sujeitos a restrição ou até mesmo proibidos.

Outro cuidado a ser considerado ao avaliar a residência fiscal é a declaração correta do Imposto de Renda, que é obrigatória para residentes fiscais e abrange toda a renda do residente, incluindo rendimentos fora do Brasil.

Em outras palavras, se o investidor busca residência fiscal no Brasil, deve estar ciente de que toda a sua renda, inclusive no país de origem, deve ser declarada ao Imposto de Renda brasileiro. 

 

Restrições para o Investidor Estrangeiro

Quando se trata de investir no Brasil, seja para estrangeiros residentes ou não residentes, é crucial entender as restrições que podem moldar suas escolhas de investimento. Embora existam oportunidades atraentes, algumas limitações específicas exigem atenção cuidadosa.

Para investidores estrangeiros residentes e não residentes, o Brasil oferece portas abertas para investimentos em títulos públicos, fundos de investimento e ações listadas em bolsa de valores.

No entanto, é importante observar que certos tipos de investimentos, como a aquisição de imóveis rurais, não são acessíveis a estrangeiros não residentes.

Para obter um imóvel rural, o estrangeiro deve inicialmente adquirir residência fiscal no país, conforme descrito no tópico anterior.

No entanto, mesmo após a obtenção da residência fiscal, existem diversas limitações que a aquisição de um imóvel rural deve respeitar, como o limite de módulos de exploração.

Outras limitações para estrangeiros podem surgir no exercício de atividades em setores-chave para a segurança nacional ou na aquisição de terras em zonas de fronteira.

Além disso, algumas transações financeiras podem exigir a intermediação de instituições financeiras registradas no Banco Central do Brasil, garantindo a conformidade e a transparência nas operações.

 

Facilitando a Residência: A Possibilidade de Vistos de Investidor

Investir no Brasil não só traz oportunidades financeiras, como também pode garantir a possibilidade de uma autorização de residência no país. A obtenção de um visto específico de investidor pode ser um caminho viável para aqueles que desejam estabelecer laços mais profundos com o Brasil, tanto em termos de investimentos quanto de residência.

Por meio de determinados programas de visto de investidor, o governo brasileiro visa atrair investimentos estrangeiros para impulsionar o desenvolvimento econômico do país. Esses programas geralmente exigem um valor mínimo de investimento em áreas específicas, como imobiliário, agronegócio ou inovação.

Ao atender aos requisitos do programa, os investidores podem obter um visto que não apenas lhes permite residir no Brasil, mas também pode oferecer benefícios fiscais e de mobilidade.

Além disso, um investidor que obteve o visto também pode solicitar o visto de reunificação familiar para sua família.

Essas possibilidades agilizam o processo de residência para investidores estrangeiros, ampliando o leque de operações que eles podem realizar no Brasil caso pretendam migrar permanentemente para o país. Mais informações sobre vistos de investidor estão em nossa publicação.

 

Obrigações Tributárias

Investir no Brasil enquanto se vive no exterior envolve não apenas escolher os tipos certos de investimentos, mas também entender as implicações tributárias desse processo. A tributação para investidores estrangeiros pode ser complexa e requer atenção especial para evitar problemas futuros.

No Brasil, investidores estrangeiros podem estar sujeitos a impostos como o Imposto de Renda (IR) sobre ganhos de capital obtidos com investimentos. A alíquota e o tratamento tributário podem variar de acordo com o tipo de investimento, o período de detenção e o status de residência fiscal do investidor estrangeiro.

Além disso, a existência de acordos de dupla tributação entre o Brasil e o país de residência do investidor pode impactar a forma como os impostos são pagos e mitigados.

No caso de um investidor estrangeiro com residência fiscal no Brasil, seu tratamento tributário será semelhante ao de um brasileiro comum, exigindo que ele declare o Imposto de Renda em sua declaração anual. Nesse caso, vantagens relacionadas a acordos de dupla tributação com seu país de origem podem ser utilizadas para compensar valores de Imposto de Renda já pagos.

Por outro lado, um investidor sem residência fiscal no Brasil estará sujeito a diferentes alíquotas de Imposto de Renda dependendo de seu investimento, necessitando de uma abordagem diferenciada para o pagamento de impostos, como a emissão de um DARF (Documento de Recolhimento de Impostos) pelo site da Receita Federal do Brasil.

 

Planejamento Financeiro e Consultoria Especializada

Quando se trata de navegar pelo complexo cenário de investir no Brasil enquanto se reside no exterior, é crucial buscar orientação especializada para tomar decisões informadas e evitar armadilhas legais.

Nesse sentido, uma consultoria jurídica especializada em tributação e investimentos internacionais torna-se essencial para manter a operação o mais eficiente possível, gerando maior rentabilidade para o investidor.

Investidores estrangeiros se encontrarão em um ambiente em que precisarão planejar tanto os investimentos que desejam realizar, quanto a viabilidade legal da aplicação desejada, quais impostos se aplicam ao investimento desejado e qual a melhor estratégia para reduzir a tributação.

Com ampla expertise em áreas como direito tributário, direito internacional e direito empresarial, os advogados da Koetz Advocacia podem personalizar abordagens que se alinhem aos seus objetivos financeiros, considerando o cenário jurídico em constante mudança. Dessa forma, o investidor pode aproveitar ao máximo seus ganhos, mantendo total conformidade com sua situação tributária no país.

Se precisar de assistência jurídica da nossa equipe, entre em contato conosco pelo WhatsApp.

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Pensão brasileira para viúvo ou viúva estrangeiro https://koetz.digital/pensao-brasileira-para-estrangeiro/ https://koetz.digital/pensao-brasileira-para-estrangeiro/#respond Fri, 11 Jul 2025 14:00:42 +0000 https://koetz.digital/?p=50107 Cônjuges ou companheiros estrangeiros de brasileiros também têm direito à pensão por morte no Brasil, se atendarem aos requisitos previstos na legislação previdenciária. Entenda abaixo as principais informações sobre pensão brasileira para estrangeiro. Se precisar de assistência jurídica da nossa equipe, entre em contato conosco pelo WhatsApp. Todo estrangeiro pode receber pensão por morte deixada… Pensão brasileira para viúvo ou viúva estrangeiro

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Cônjuges ou companheiros estrangeiros de brasileiros também têm direito à pensão por morte no Brasil, se atendarem aos requisitos previstos na legislação previdenciária. Entenda abaixo as principais informações sobre pensão brasileira para estrangeiro.

Se precisar de assistência jurídica da nossa equipe, entre em contato conosco pelo WhatsApp.

Todo estrangeiro pode receber pensão por morte deixada por companheiro(a) ou cônjuge, segurado(a) pela previdência social brasileira?

Sim, desde que você comprove sua condição de companheiro(a) ou cônjuge. Isso porque, em resumo, os dependentes, cônjuges e/ou companheiros(as) do segurado(a) do INSS que falecer têm direito à pensão por morte. Ou seja, a pensão brasileira para estrangeiro(a) deve ser possível.

Além disso, existem prioridades para o recebimento da pensão, como cônjuge/companheiro(a), filhos e pessoas afins até 21 anos de idade ou com deficiência, ou deficiência mental, ou grave em qualquer idade. No entanto, na ausência de tais dependentes/parentes, pais ou irmãos também podem receber o benefício.

Quais requisitos o(a) falecido(a) precisa cumprir para ter direito à pensão por morte para estrangeiro(a)?

Para ter direito à pensão por morte, o(a) segurado(a) falecido(a) precisa estar segurado(a) pelo INSS. O(A) dependente ou cônjuge/companheiro(a) precisa comprovar a condição de parentesco com o(a) falecido(a) e comprovar o seu falecimento. Em outras palavras, a pensão brasileira para estrangeiro é possível se você comprovar o parentesco.

Ou seja, ele deve comprovar a união estável ou o casamento.

Por quanto tempo receberei a pensão brasileira para estrangeiros, sendo cônjuge ou companheiro(a) do segurado brasileiro?

Para companheiros(as) do falecido(a) que contribuíram por menos de 18 meses ou nos casos em que a união estável durou menos de 2 anos antes do falecimento, a duração da pensão é de somente 4 meses.

No entanto, se o falecido pagou INSS por mais de 18 meses e o relacionamento durou mais de 2 anos, a duração do benefício por morte para o(a) companheiro(a) ou cônjuge dependerá da idade na data do falecimento do segurado.

Entenda a duração segundo a idade do sobrevivente na tabela:

Relação com o falecido e idade do dependente na data do óbito Duração do pagamento da pensão por morte
Ex-cônjuge ou ex-companheiro(a) que recebia pensão alimentícia por decisão judicial Pelo mesmo período fixado para a pensão alimentícia
Se a relação durou menos de 2 anos ou o segurado contribuiu apenas 18 meses para o INSS 4 meses
Cônjuge ou companheiro(a) com menos de 22 anos de idade 3 (três) anos
Cônjuge ou companheiro(a) entre 22 e 27 anos de idade 6 (seis) anos
Cônjuge ou companheiro(a) entre 28 e 30 anos de idade 10 (dez) anos
Cônjuge ou companheiro(a) entre 31 e 41 anos de idade 15 (quinze) anos
Cônjuge ou companheiro(a) entre 42 e 44 anos de idade 20 (vinte) anos
Cônjuge ou companheiro(a) com 45 anos ou mais Vitalícia

Outras durações:

  • O segurado deve ter contribuído por 18 meses ou menos, ou ter contraído casamento, ou união estável há menos de 2 anos antes do falecimento, para os benefícios serem concedidos em até 4 meses;
  • Em caso de invalidez ou incapacidade, a cessação ou a remoção da incapacidade respeitarão as regras do ponto 1;
  • A pensão alimentícia deve ser paga ao ex-cônjuge ou ex-companheiro(a) pelo tempo que ainda resta a ser pago.

Existe um tempo mínimo de relacionamento para receber o benefício por morte nesses casos?

Sim. De acordo com a legislação brasileira, se a união estável durou pelo menos 2 anos antes do falecimento do segurado (se ele contribuiu por mais de 18 meses), você pode receber a pensão por um período maior. Esse tempo varia segundo a tabela apresentada no item acima.

No entanto, se você manteve uma união estável com o falecido por menos de 2 anos, você pode receber o benefício por 4 meses.

Portanto, esse tempo mínimo de relacionamento é necessário para evitar fraudes e garantir que a pensão por morte seja concedida apenas àqueles que de fato mantinham relação de afeto e/ou dependência econômica com o segurado falecido.

Aliás, é importante destacar que a pensão por morte só pode ser concedida ao cônjuge ou companheiro(a). No entanto, caso haja mais interessados ​​em receber a pensão, a pessoa deverá comprovar a existência da união estável e o direito à pensão por morte.

Se estivermos separados, mas eu receber pensão alimentícia, tenho direito à pensão por morte?

Primeiramente, você pode ter direito à pensão por morte, desde que atenda a todos os outros requisitos para ter direito ao benefício.

Conforme a lei, para que o direito à pensão por morte seja reconhecido, você deve comprovar a dependência econômica. Portanto, você, como requerente da pensão, precisa comprovar sua dependência do segurado falecido. Pode ser união estável ou casamento válido, desde que a existência do relacionamento seja comprovada por documentos.

Em caso de separação, a pensão alimentícia pode ser considerada uma dependência econômica entre o segurado falecido e o requerente da pensão por morte. Mas você deve verificar se os outros requisitos estão preenchidos e se existem documentos que comprovem a existência da união estável ou casamento.

Casais do mesmo sexo têm direito à pensão por morte deixada por segurado brasileiro?

Sim, casais do mesmo sexo têm direito à pensão brasileira para estrangeiro deixado por segurado brasileiro da Previdência Social.

A partir de 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo como equivalente à união estável heterossexual. Desde então, casais do mesmo sexo têm direito aos mesmos benefícios previdenciários, incluindo a pensão por morte.

Em princípio, para receber a pensão por morte, é necessário comprovar a existência de união estável entre o segurado falecido e o requerente da pensão. Dessa forma, isso pode ser feito por meio de documentos que comprovem a convivência duradoura, a dependência econômica e a relação afetiva entre as pessoas.

Documentos que comprovem União Estável/Casamento

  • Comprovante de residência em ambos os nomes (por exemplo: conta de água em nome de um e conta de luz em nome do outro, no mesmo endereço/data);
  • Declaração de Imposto de Renda do segurado, que o indique como seu dependente;
  • Disposições testamentárias;
  • Perfis em redes sociais;
  • Fotos em eventos sociais;
  • Cartas românticas manuscritas;
  • Anotação constante na Carteira de Trabalho;
  • Declaração especial prestada perante Tabelião;
  • Anotação constante na Folha ou Livro de Registro de Empregados;
  • Certidão de nascimento de filho em comum;
  • Certidão de Casamento Religioso;
  • Comprovação de responsabilidades domésticas evidentes e existência de união estável ou comunhão nos atos da vida civil;
  • Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
  • Conta bancária conjunta;
  • Inscrição em associação de qualquer natureza no qual o interessado conste como dependente do segurado;
  • Apólice de seguro onde o segurado conste como iniciador do seguro e o interessado como seu beneficiário;
  • Registro de tratamento em instituição de assistência médica em que o segurado conste como responsável;
  • Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente e quaisquer outros documentos que possam levar à condenação do fato a ser comprovado.

Se eu receber pensão por morte de um segurado brasileiro, posso me casar?

Em princípio, se você recebe pensão por morte de um segurado do INSS, pode se casar sem afetar seu direito à pensão. No entanto, se for um RPPS, é preciso avaliar a regulamentação específica, pois algumas não permitem o casamento.

Além disso, caso haja alguma alteração em sua situação pessoal, como casamento, você deve informar a Previdência Social para ser verificada a continuidade do seu direito à pensão por morte. Essa informação deve ser fornecida mesmo no caso do INSS.

Em caso de dúvidas, consulte um advogado especializado em direito previdenciário sobre a melhor forma de lidar com o seu caso. Afinal, se você não notificar corretamente, poderá ser considerado fraude e a restituição dos valores recebidos indevidamente poderá ser cobrada.

Se eu receber pensão por morte de um segurado brasileiro, posso trabalhar?

Sim, você pode trabalhar enquanto recebe a pensão brasileira para um estrangeiro.

Portanto, a menos que o valor do salário elimine a condição de dependência econômica, o trabalho não afeta o direito à pensão por morte, mesmo que o requerente fosse ex-companheiro(a) no momento do falecimento. No entanto, se a dependência econômica for perdida, a pensão poderá ser suspensa ou reduzida, dependendo da situação.

Em outras palavras, se você é ex-cônjuge/companheiro(a), recebe pensão por morte, começou a trabalhar e seu trabalho lhe proporcionou meios suficientes para se sustentar, sua pensão poderá ser cancelada.

Se eu receber pensão por morte de um segurado brasileiro, posso me aposentar?

Se você recebe pensão por morte de um segurado da Previdência Social brasileira, pode se aposentar se atendar aos requisitos para aposentadoria.

No entanto, você receberá 100% do valor do benefício mais alto e somente uma parte do benefício mais baixo.

Consequentemente, o percentual do benefício menor seguirá a tabela:

Valor do benefício do menor Percentual que será recebido do benefício do menor
Até 1 salário mínimo Recebe 100% do benefício, ou seja, sem qualquer redução
Acima de 1 salário mínimo até 2 salários mínimos 60% do benefício
Acima de 2 salários mínimos até 3 salários mínimos 40% do benefício
Acima de 3 salários mínimos até 4 salários mínimos 20% do benefício
Acima de 4 salários mínimos 10% do benefício

Um estrangeiro precisa estar no Brasil para solicitar uma pensão brasileira para um estrangeiro?

Não é necessário que o estrangeiro esteja fisicamente presente no Brasil para solicitar a pensão brasileira para um estrangeiro. Após começar a receber a pensão, você pode realizar o processo de transferência do benefício para o exterior remotamente, desde que apresente todos os documentos necessários e comprove a dependência econômica do segurado falecido.

No entanto, é necessário analisar se o seu país impõe algum impedimento ou restrição ao recebimento de valores do Brasil.

Um estrangeiro precisa residir no Brasil para receber ou continuar recebendo o pagamento da pensão por morte?

Não é necessário que o estrangeiro resida no Brasil para receber ou continuar recebendo o pagamento da pensão por morte.

Em outras palavras, estrangeiros podem receber o benefício mesmo residindo em outro país.

Como o valor do benefício é transferido para o exterior em caso de mudança?

Resumidamente, a transferência do valor do benefício para o exterior pode ser realizada por transferência bancária ou por pagamento em moeda estrangeira em uma agência bancária no exterior.

Para isso, o beneficiário deve solicitar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a transferência dos valores para sua conta. No entanto, isso só pode ser feito se o país para onde você deseja enviar o dinheiro tiver um acordo previdenciário internacional firmado com o Brasil.

Se o país tiver um acordo, você deverá informar a mudança de endereço no exterior e fornecer os dados bancários do país onde reside e a conta na qual deseja receber o pagamento.

Portanto, o processo de transferência do benefício para o exterior pode levar algum tempo e o INSS pode solicitar informações adicionais, como comprovante de mudança de residência.

Em outros casos, quando não há acordo previdenciário internacional com o Brasil, você precisa enviar remessas mensais para o exterior, pagando as taxas e impostos devidos. Para isso, contrate um advogado no Brasil ou procure um serviço especializado em remessas desse tipo.

Quais são as provas que comprovam que a pessoa falecida era casada ou mantinha união estável com o INSS?

Em resumo, as provas que comprovam a existência de união estável ou casamento com o segurado do INSS falecido incluem:

  • Comprovante de residência em ambos os nomes (por exemplo: conta de água em nome de um e conta de luz em nome do outro, no mesmo endereço/data);
  • Declaração de Imposto de Renda do segurado, que indique o interessado como seu dependente;
  • Prescrições testamentárias;
  • Perfis em redes sociais;
  • Fotos em eventos sociais;
  • Cartas românticas manuscritas;
  • Anotação constante na Carteira de Trabalho;
  • Declaração especial prestada perante Tabelião;
  • Anotação constante na Folha ou Livro de Registro de Empregados;
  • Certidão de nascimento de filho em comum;
  • Certidão de Casamento Religioso;
  • Comprovante de responsabilidades domésticas evidentes e existência de união estável ou comunhão nos atos da vida civil;
  • Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
  • Conta bancária conjunta;
  • Inscrição em associação de qualquer natureza em que o interessado conste como dependente do segurado;
  • Apólice de seguro em que o segurado conste como iniciador do seguro e o interessado como seu beneficiário;
  • Registro de tratamento em instituição de assistência médica em que o segurado conste como responsável;
  • Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente e quaisquer outros documentos que possam levar à condenação do fato a ser comprovado.

Preciso traduzir provas do meu país de origem? Quais são as regras para tradução?

Sim, é necessário traduzir provas em outro idioma para o português, incluindo documentos provenientes de outro país, caso você precise da pensão brasileira para estrangeiro. Portanto, a tradução deve ser realizada por tradutor público devidamente credenciado pelo Conselho Regional de Tradutores e Intérpretes (CRTI) ou pelo Ministério da Justiça.

Além disso, a tradução deve incluir a identificação do tradutor público, sua assinatura e o carimbo oficial. Além disso, é importante que a tradução seja fiel ao original e comprove a autenticidade do documento.

Por exemplo, em alguns casos, o INSS pode exigir a apresentação de uma cópia autenticada do documento original, além da tradução. Nesse caso, a autenticação deve ser realizada por um consulado ou cartório.

Portanto, recomenda-se verificar as regras específicas para tradução de documentos no país de origem e consultar um profissional da Previdência Social.

Qual o prazo máximo para solicitar o benefício após a data do falecimento?

Não há prazo máximo para solicitação, mas há um prazo para receber o valor do benefício a partir da data do falecimento.

Em outras palavras, há um prazo para você receber os valores em atraso a partir do falecimento. Caso não cumpra esse prazo, você só receberá a pensão após a solicitação ao INSS.

Portanto, você tem até 90 dias após o falecimento para solicitar o benefício do INSS e receber o pagamento a partir da data do falecimento.

No entanto, quanto antes o pedido for feito, melhor. Solicitar a pensão por morte logo após o falecimento do segurado reduz o risco de o pedido ser rejeitado e possibilita o recebimento de valores retroativos a partir da data do falecimento.

Qual o valor da pensão brasileira para um estrangeiro?

O valor da pensão por morte será calculado com base na pensão que o falecido recebia ou no benefício por invalidez permanente a que teria direito se tivesse sobrevivido.

Em geral, para óbitos ocorridos após a reforma da previdência, o valor da pensão por morte equivale a 50% do salário-de-benefício do segurado, acrescido de 10% para cada dependente adicional, até o limite de 100% do salário-de-benefício.

Em outras palavras, se 3 pessoas forem receber o benefício, digamos, uma mãe e dois filhos, o valor será de 50% da pensão a que o falecido tinha direito, acrescido de 10% para cada dependente. Assim, o valor total da pensão será de 80% (50% + 30%).

Como é dividido o valor da pensão por morte para estrangeiros?

As regras de divisão do valor da pensão por morte aplicadas a cônjuges ou companheiros brasileiros também se aplicam ao requerente estrangeiro; Em outras palavras, será pago um valor igual para cada dependente que tiver direito à pensão.

O que devo fazer se meu pedido de pensão por morte for negado/rejeitado?

Se a Previdência Social negar ou rejeitar sua pensão brasileira para um pedido estrangeiro, é possível entrar com um recurso administrativo contra a decisão ou entrar com uma ação judicial.

De fato, o recurso deve ser encaminhado ao Conselho de Recursos da Previdência Social no prazo de 30 dias a partir da data da notificação da decisão.

Portanto, no recurso, você deve apresentar todos os argumentos e provas que comprovem seu direito à pensão por morte, incluindo documentos que comprovem o vínculo familiar com o segurado falecido e sua situação econômica.

Além disso, você pode entrar com uma ação judicial sem passar pelo recurso administrativo. No Brasil, para entrar com um pedido na justiça, você precisa de um advogado. Além disso, no caso de pensão por morte, o advogado ideal é um advogado da Previdência Social.

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Advogado especialista em contratos: o que faz e benefícios https://koetz.digital/advogado-especialista-em-contratos/ https://koetz.digital/advogado-especialista-em-contratos/#respond Fri, 27 Jun 2025 14:00:05 +0000 https://koetz.digital/?p=50325 Em um mundo cada vez mais regulamentado, a formalização de acordos por meio de contratos se tornou indispensável para garantir segurança jurídica nas relações pessoais e empresariais. Desde uma simples prestação de serviço até grandes negócios empresariais, a figura do advogado especialista em contratos é fundamental para prevenir litígios e assegurar que os termos acordados… Advogado especialista em contratos: o que faz e benefícios

O post Advogado especialista em contratos: o que faz e benefícios apareceu primeiro em Koetz Internacional e Cível.

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Em um mundo cada vez mais regulamentado, a formalização de acordos por meio de contratos se tornou indispensável para garantir segurança jurídica nas relações pessoais e empresariais. Desde uma simples prestação de serviço até grandes negócios empresariais, a figura do advogado especialista em contratos é fundamental para prevenir litígios e assegurar que os termos acordados sejam válidos e executáveis.

Mas afinal, o que exatamente faz um advogado contratualista? Por que contratar esse profissional? Quanto custa? E quais os reais benefícios de sua atuação? Neste texto, você encontrará todas essas respostas de forma detalhada.

Se acaso você desejar assistência jurídica da nossa equipe nos envie uma mensagem no WhatsApp.

O que faz um advogado especialista em contratos?

O advogado especialista em contratos é o profissional do Direito cuja atuação é focada na elaboração, análise, revisão e negociação de contratos. Ele é responsável por garantir que os documentos contratuais estejam juridicamente corretos, respeitem a legislação vigente, protejam os interesses de seu cliente e minimizem riscos.

Suas principais atribuições incluem:

  • Redigir cláusulas contratuais com segurança técnica;
  • Prevenir conflitos por meio de previsões claras e equilibradas;
  • Interpretar cláusulas em contratos complexos;
  • Negociar condições contratuais mais vantajosas para o cliente;
  • Propor soluções jurídicas para situações contratuais atípicas;
  • Atuar em disputas judiciais ou extrajudiciais relativas a contratos.

Seja em contratos civis, comerciais, imobiliários, trabalhistas ou de prestação de serviços, o advogado contratualista atua como uma ponte entre a vontade das partes e os limites da lei, garantindo segurança e previsibilidade.

O que torna um advogado especialista?

O diferencial do especialista está no conhecimento aprofundado das normas contratuais e na experiência prática com diferentes tipos de negócios. Em geral, trata-se de um advogado que:

  • Estudou Direito Civil e Empresarial com ênfase em contratos;
  • Possui pós-graduação ou cursos específicos em Direito Contratual;
  • Já atuou na elaboração ou negociação de dezenas ou centenas de contratos;
  • Domina técnicas de redação jurídica e linguagem contratual;
  • Acompanha decisões judiciais e atualizações legislativas que impactam contratos.

Esse conjunto de competências é o que torna sua atuação estratégica e diferenciada.

Como funciona o contrato com advogado?

Ao contratar um advogado para elaboração de contrato, o processo é feito em etapas:

  • Entendimento do caso: o advogado realiza uma reunião inicial para entender o objetivo do contrato, as partes envolvidas e os riscos específicos da operação;
  • Análise jurídica do contexto: são avaliadas as leis aplicáveis, as obrigações legais e possíveis limitações;
  • Redação do contrato: o profissional elabora o contrato com cláusulas claras, objetivas e juridicamente válidas;
  • Revisões e ajustes: caso necessário, o contrato pode ser ajustado conforme sugestões das partes;
  • Assinatura e registro: o advogado pode orientar sobre assinaturas, reconhecimento de firma, registros em cartório ou órgãos públicos.

O processo pode ser feito de forma presencial ou online, e geralmente é rápido quando as informações estão bem definidas.

Por que contratar um advogado especialista em contratos?

Contratar um advogado para elaboração ou análise de um contrato é uma medida preventiva que pode evitar sérios prejuízos futuros. Muitas vezes, o erro não está na má-fé das partes, mas na ausência de um contrato bem redigido, que dê margem para interpretações equivocadas ou que omita direitos e obrigações essenciais.

Entre os motivos mais importantes para contar com esse profissional estão:

  • Prevenir litígios judiciais;
  • Evitar cláusulas abusivas ou nulas;
  • Formalizar obrigações de forma clara;
  • Adequar os contratos às regras legais atualizadas;
  • Garantir equilíbrio nas relações contratuais;
  • Ter respaldo jurídico desde a negociação até a execução do contrato.

Quais os benefícios de ter um advogado para elaborar um contrato?

Os benefícios de contar com um advogado contratualista vão muito além da simples redação do documento. Veja os principais:

Prevenção de litígios futuros

Um contrato bem elaborado reduz drasticamente o risco de disputas judiciais ou extrajudiciais, já que as obrigações de ambas as partes estarão claramente estabelecidas.

Personalização contratual

Modelos prontos nem sempre atendem às especificidades do seu caso. O advogado personaliza o contrato conforme sua realidade, ajustando cláusulas, prazos e penalidades.

Amparo jurídico em caso de inadimplemento

Se uma das partes não cumprir o contrato, o advogado já antecipa cláusulas que facilitam a resolução do problema, como previsão de multa, rescisão automática ou foro de eleição.

Redução de riscos fiscais e regulatórios

No caso de contratos empresariais, o advogado também cuida para não haver incongruências com as obrigações fiscais, tributárias e regulatórias.

Segurança jurídica

Você terá certeza de que o contrato é válido, eficaz e executável judicialmente.

Que tipo de advogado faz contrato?

Embora qualquer advogado com inscrição ativa na OAB possa redigir contratos, os mais indicados são os advogados especializados em Direito Contratual, Direito Civil ou Direito Empresarial. Eles têm conhecimento técnico e experiência para lidar com diferentes tipos de contratos, como:

  • Contrato de prestação de serviços;
  • Contrato de compra e venda;
  • Contrato de locação;
  • Contrato de parceria comercial;
  • Contrato de confidencialidade (NDA);
  • Contrato de trabalho ou prestação de serviço PJ;
  • Contrato de comodato, mútuo, financiamento e mais.

Quanto custa fazer um contrato com um advogado?

O valor cobrado por um advogado para elaboração de contrato pode variar bastante, dependendo de fatores como:

  • Complexidade do contrato;
  • Urgência do serviço;
  • Especialização e experiência do profissional;
  • Região de atuação;
  • Tamanho da operação envolvida.

De forma geral, os preços partem de R$ 500,00 a R$ 1.500,00 para contratos simples. Em contratos mais complexos (como societários ou imobiliários de alto valor), os honorários podem ultrapassar R$ 5.000,00 ou serem definidos por percentual sobre o valor negociado.

Vale destacar que muitos escritórios oferecem consultorias personalizadas, pacotes mensais para empresas ou modelos pré-aprovados com revisão pontual, o que pode tornar o serviço mais acessível.

Conclusão

O contrato é o pilar das relações jurídicas. Ele define regras, protege interesses, evita disputas e dá segurança às partes. Nesse cenário, o papel do advogado especialista em contratos é absolutamente essencial, seja para a elaboração de um novo contrato, análise de uma proposta recebida ou revisão de cláusulas antes de assinar qualquer documento.

Seja você empreendedor, profissional liberal ou mesmo pessoa física, contar com esse tipo de assessoria garante não apenas segurança jurídica, mas também tranquilidade para focar no que realmente importa: o desenvolvimento de suas atividades com confiança.

Na dúvida, opte sempre pela prevenção. Contratar um advogado para redigir ou revisar contratos pode ser o diferencial entre o sucesso de uma negociação e anos de disputa judicial.

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Contrato terceirizado: o que é, como funciona e como fazer https://koetz.digital/contrato-terceirizado/ https://koetz.digital/contrato-terceirizado/#respond Wed, 25 Jun 2025 14:00:20 +0000 https://koetz.digital/?p=50321 A terceirização é uma prática consolidada no mercado de trabalho brasileiro, que permite às empresas contratar serviços de outras empresas especializadas, ao invés de manter uma equipe interna para todas as suas atividades. Essa estratégia, do contrato terceirizado, além de reduzir custos e aumentar a eficiência operacional, também exige atenção jurídica, principalmente no momento de… Contrato terceirizado: o que é, como funciona e como fazer

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A terceirização é uma prática consolidada no mercado de trabalho brasileiro, que permite às empresas contratar serviços de outras empresas especializadas, ao invés de manter uma equipe interna para todas as suas atividades. Essa estratégia, do contrato terceirizado, além de reduzir custos e aumentar a eficiência operacional, também exige atenção jurídica, principalmente no momento de redigir um contrato de prestação de serviços terceirizados.

Neste texto, vamos explicar o que é um contrato de serviços terceirizados, como ele funciona, os principais benefícios, dizendo a legislação brasileira, qual a duração permitida, como elaborar esse tipo de contrato de maneira segura e ainda apresentar um modelo prático.

Se acaso você desejar assistência jurídica da nossa equipe nos envie uma mensagem no WhatsApp.

O que é um contrato de serviços terceirizados?

Um contrato de serviços terceirizados é o instrumento jurídico que formaliza a relação entre uma empresa contratante e uma empresa prestadora de serviços. Ele determina, de forma clara e precisa, quais atividades serão realizadas, o prazo, as condições de pagamento, responsabilidades de cada parte, penalidades e cláusulas específicas de proteção legal.

Na terceirização, a empresa contratante não estabelece vínculo empregatício com os trabalhadores da empresa prestadora. Isso significa que a responsabilidade pela contratação, remuneração, encargos trabalhistas e previdenciários permanece exclusivamente com a empresa terceirizada, embora a contratante tenha a obrigação de fiscalizar o cumprimento das obrigações legais.

Esse tipo de contrato é amplamente utilizado em atividades como limpeza, segurança, recepção, tecnologia da informação, logística, manutenção predial, entre outras.

Como funciona um contrato de terceirizado?

O funcionamento de um contrato terceirizado baseia-se na prestação de um serviço específico por uma empresa especializada, sem que haja subordinação direta entre os trabalhadores terceirizados e a empresa contratante.

A empresa prestadora de serviços disponibiliza seus funcionários para desempenharem determinadas tarefas na estrutura da empresa contratante. No entanto, essa prestação de serviço deve seguir as diretrizes contratuais, respeitando a autonomia administrativa da empresa prestadora.

Entre os principais elementos do funcionamento de um contrato terceirizado estão:

  • A descrição clara dos serviços a serem prestados;
  • A não existência de vínculo empregatício entre o trabalhador terceirizado e a contratante;
  • A obrigatoriedade do cumprimento da legislação trabalhista pela empresa prestadora;
  • A fiscalização constante da contratante, que pode responder subsidiariamente por eventuais irregularidades trabalhistas;
  • A definição de prazos, metas e condições de pagamento acordadas entre as partes.

Esse modelo contratual é essencial para garantir segurança jurídica às partes e evitar questionamentos futuros.

Quais são os benefícios da terceirização de serviços?

A terceirização oferece diversas vantagens operacionais, estratégicas e financeiras para as empresas. Veja os principais benefícios:

Redução de custos operacionais

Ao terceirizar determinados serviços, a empresa contratante evita custos com recrutamento, folha de pagamento, encargos trabalhistas e treinamentos, repassando essas responsabilidades à prestadora.

Foco na atividade-fim

A terceirização permite que a empresa concentre seus recursos e esforços na sua atividade principal, enquanto especialistas cuidam das atividades-meio.

Acesso a mão de obra especializada

As empresas terceirizadas geralmente possuem experiência e profissionais treinados em áreas específicas, o que pode resultar em serviços de maior qualidade.

Flexibilidade contratual

É possível ajustar prazos e escopos de serviços de acordo com a demanda, facilitando a adaptação a momentos de expansão ou retração do negócio.

Maior produtividade e eficiência

Com equipes qualificadas e processos mais ágeis, a terceirização tende a aumentar a eficiência das operações.

O que diz a nova lei sobre o contrato de terceirização de serviços?

A Lei n.º 13.429/2017, posteriormente alterada pela Lei n.º 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), regulamentou a terceirização no Brasil, permitindo a contratação de empresas para prestação de serviços tanto nas atividades-meio quanto nas atividades-fim da empresa contratante.

A legislação também impõe algumas exigências:

  • A empresa prestadora deve estar devidamente registrada e possuir CNPJ ativo;
  • Deve comprovar capacidade econômica compatível com o número de empregados;
  • A contratante é responsável subsidiária pelos direitos trabalhistas não pagos pela prestadora;
  • Os trabalhadores terceirizados devem ter condições seguras de trabalho e acesso aos mesmos benefícios que os empregados da contratante (como refeitórios e transporte).

A lei trouxe maior segurança jurídica para empresas e trabalhadores, desde que as normas sejam cumpridas corretamente.

Quanto tempo pode durar um contrato terceirizado?

A legislação brasileira não estipula um prazo máximo para contratos de prestação de serviços terceirizados. A duração pode ser definida livremente pelas partes, desde que compatível com a natureza do serviço prestado e que não configure fraude trabalhista.

É comum que contratos tenham validade inicial de 12 a 24 meses, com possibilidade de prorrogação mediante aditivos contratuais.

Porém, é essencial que a prestação de serviço seja contínua, lícita e bem fundamentada, para não caracterizar subordinação ou vínculo disfarçado com a contratante.

Como elaborar um contrato terceirizado?

Elaborar um contrato terceirizado exige atenção aos detalhes e clareza nas cláusulas. Veja o passo a passo:

Passo 1: Identificação das partes

Informe os dados completos da contratante e da empresa prestadora (razão social, CNPJ, endereço, representante legal).

Passo 2: Objeto do contrato

Descreva de forma precisa o serviço a ser prestado, especificando o escopo, prazos e locais de execução.

Passo 3: Obrigações da contratada

Liste as responsabilidades da prestadora, como fornecimento de mão de obra qualificada, equipamentos, uniformes e cumprimento da legislação trabalhista.

Passo 4: Obrigações da contratante

Estabeleça a obrigação de fiscalização da execução dos serviços, o fornecimento de condições adequadas e o pagamento das faturas.

Passo 5: Condições de pagamento

Determine valores, formas de pagamento, vencimentos, reajustes e multas por atraso.

Passo 6: Prazos e vigência

Defina a data de início, duração do contrato e possibilidade de prorrogação.

Passo 7: Penalidades e rescisão

Inclua cláusulas sobre multas por descumprimento, hipóteses de rescisão e deveres em caso de encerramento do contrato.

Passo 8: Foro e legislação aplicável

Estabeleça o foro competente para dirimir conflitos e a legislação vigente.

Modelo de contrato terceirizado

A seguir, um modelo básico de cláusula de contrato de terceirização:

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

CONTRATANTE: [Razão Social], com sede em [endereço], inscrita no CNPJ sob o n.º […], neste ato representada por seu representante legal [nome completo];

CONTRATADA: [Razão Social da prestadora], com sede em [endereço], inscrita no CNPJ sob o n.º […], neste ato representada por seu representante legal [nome completo];

CLÁUSULA 1 – OBJETO: O presente contrato tem como objeto a prestação dos serviços de [descrição], a serem realizados nas dependências da contratante ou em outro local por ela indicado;

CLÁUSULA 2 – OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA: A contratada obriga-se a disponibilizar equipe capacitada, com os devidos registros trabalhistas, e a fornecer todos os materiais e equipamentos necessários à realização dos serviços;

CLÁUSULA 3 – OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE: A contratante compromete-se a fornecer as condições adequadas para execução dos serviços, bem como efetuar os pagamentos conforme estipulado;

CLÁUSULA 4 – PAGAMENTO: O valor mensal da prestação de serviços será de R$ […], pagos até o dia […], mediante emissão de nota fiscal;

CLÁUSULA 5 – VIGÊNCIA: O contrato terá início em [data] e vigorará por [12/24 meses], podendo ser prorrogado por igual período, mediante aditivo;

CLÁUSULA 6 – RESCISÃO: O contrato poderá ser rescindido por qualquer das partes, mediante aviso prévio de 30 dias, ou por justa causa, com efeitos imediatos;

CLÁUSULA 7 – FORO: Fica eleito o foro da comarca de [cidade/estado] para dirimir quaisquer controvérsias decorrentes do presente contrato.

E por estarem de acordo, firmam o presente em duas vias de igual teor.

Este é apenas um modelo referencial. Recomenda-se a orientação jurídica para ajustes conforme o caso concreto.

Conclusão

O contrato de serviços terceirizados é um instrumento indispensável para garantir segurança jurídica nas relações entre empresas e prestadoras de serviços. Quando bem elaborado, ele protege ambas as partes, organiza a prestação do serviço e reduz os riscos trabalhistas e fiscais.

Além disso, a terceirização é uma estratégia eficiente para aumentar a produtividade e competitividade empresarial, desde que adotada dentro dos parâmetros legais. Por isso, o apoio de um advogado especialista é essencial para estruturar cláusulas claras, garantir o cumprimento da legislação e proteger o patrimônio da empresa contra eventuais litígios.

Se sua empresa deseja terceirizar com segurança, conte com suporte jurídico qualificado desde a elaboração do contrato até o acompanhamento da execução.

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